sexta-feira, 31 de março de 2006

Perguntas ao Chefe

Na sequência da primeira janela de pop-up de todos os tempos da Aldeia, que me apareceu quando abri este blogue agora, caríssimo chefe, gostaria de saber:
1.º Impuseram-nos a coisa ou contratualizaste?
2.º No caso de contrato, quanto é que a "Hipergrana" te pagou?
3.º No caso de nos terem pago, quanto é que me deves?
4.º No caso de não nos terem pago, como é que os sacanas da "Hipergrana" plantaram aqui uma janela?
5.º No caso de contratualização, já existe alguma oferta de sites de vistas de praias?
Com os melhores cumprimentos e desejos de um bom fim-de-semana.

Hoje não há fotos da praia

Curtas

Uma das grandes notícias do dia é que o Canadá vai devolver mais um português. Ainda não li hoje os jornais romenos, mas parece que ninguém escreveu hoje qualquer parangona pela devolução de uns quantos romenos àquele país pelo SEF português como é habitual (diariamente).
Um magistrado do Ministério Público foi internado num Hospital Psiquiátrico depois de se ter descoberto que andava a ameaçar duas juizes (continuo sem ir à bola com a palavra "juizas") de morte. Desconhecia que a simples ameaça a juizes já dava origem a inimputabilidade automática. Assim sendo, e como eu suspeitava, mais de 90% da população portuguesa é inimputável (100% entre os advogados, obviamente).
Um ministro canadiano decidiu vedar uma conferência de imprensa a jornalistas portugueses. Alguém já se perguntou porque é que os estrangeiros, na linha dos treinadores do Benfica e do Porto, falam para toda a gente menos para a comunicação social portuguesa?
A Polícia Judiciária manteve as suas competências após a reunião de ontem do Conselho de Ministros. Alberto Costa já veio dizer que a alegria da PJ não é para durar muito e que "oportunamente" se mexerá na coisa. O que estará acima do patamar da "lata descarada"?
Duas velhinhas passaram por mim na auto-estrada, num Peugeot 206 TD, a 190 Km/h. Continuo a pensar que a culpa destas coisas, bem com das aventuras radicais em contra-mão, é dos "Morangos com Açucar". Que saudades dos tempos da "TV Rural"...

quinta-feira, 30 de março de 2006

Chavascal interno

Isto há que chamar os bois pelos nomes e está visto que tenho de ser eu.
Como já devem ter notado os residentes habituais e os turistas acidentais, o Chefe, que é o único que tem o direito de mexer no grafismo do Blogue, já anda a fazer porcaria gráfica desde há muito.
Primeiro foi aquela coisa lá em cima, do correio electrónico, com uma linha enorme completamente inestética.
Depois, começou a brincar com o grafismo do contador. Depois de termos tido uma cor discreta, que soube meter o contador "in su sitio", ou seja, sem que se desse por ele, eis que o Chefe puxa dos galões e dá uma de Castelo Branco, primeiro pondo aquilo a vermelho berrante e agora com tons ilegíveis em fundo fluorescente e uma coisa a dizer 1 "ursos" (ainda não percebi o que está ali escrito) online.
Chefe, em primeiro lugar garanto-te que não gosto de ser chamado de urso.
Segundo, não achas que está na altura de te deixares de mariquices coloridas? Devo confessar que esta tua atitude, depois do elogio público ao Diogo Infante, está a dar-me muito que pensar...

Sobre os “Contratos de Fidelização”

De há uns anos a esta parte tornou-se vulgar neste chavascal que é Portugal as grandes empresas obrigarem os consumidores a subscreverem “contratos de fidelização” para lhes ser fornecido determinado serviço. Deste modo, assistimos a empresas de TV por cabo a exigirem a permanência dos utilizadores durante um ano, ou companhias de telecomunicações a obrigarem os utilizadores a uma “fidelidade” de 2 anos ou a lojas a lançarem constantemente os conhecidos “cartões de fidelização”.
Ora, antes de tudo cumpre dizer que fiéis são os cães, pelo que o próprio nome dos “contratos de fidelização” já deixa bem patente a falta de respeito e consideração que as empresas têm pelas pessoas que as sustentam.
Numa outra vertente, se uma empresa tiver confiança na qualidade dos seus produtos e serviços, por um lado, e na competitividade dos seus preços, por outro, não tem de se preocupar em obrigar por via legal os seus clientes a continuarem a consumir o que produz: serão os clientes a, naturalmente, manterem os seus hábitos de consumo perante quem bem os serve. Ou seja, se a empresa exige a fidelização dos clientes por via legal é porque reconhece que a qualidade do que vende e o respectivo preço não são competitivos ou poderão não vir a sê-lo a curto prazo. E se assim é, torna-se altamente injusto obrigar - por via legal - os consumidores a continuarem a gastar o seu dinheiro de forma irracional.
Parece-me que, como quase tudo em Portugal, também aqui os cidadãos estão a ser lixados e nem se apercebem porque, como tantas outras coisas, “é assim”!

quarta-feira, 29 de março de 2006

SERÁ QUE VIMOS TODOS O MESMO JOGO?





Vocês desculpem lá estes títulos todos com ponto de interrogação, mas é que, ao ler os jornais (para quando uma Ma Temática dos diários da Aldeia), penso que cada vez sei menos, daí tanta pergunta.

Vi o jogo de ontem entre o Benfica e o Barcelona, e aquilo, meus amigos, esteve à beira de um massacre: ele foram bolas no poste, ele foram golos falhados de forma incrível, ele foram fintas aos três de cada vez, ele foram 10 cantos contra 1, ele foi tudo...
Sejamos justos: em termos de oportunidades claras de golo o resultado dava uns 2-9 (já contando com o penalti)!

Os lampiões, porque viram o árbitro roubar-lhes um penalti descarado (aí têm razão), aqui del rei, que até podíamos ter ganho, que vamos ao Neu Camp discutir a eliminatória, que está tudo em aberto, eu sei lá.

Eu se fosse aos rapazes, metia um requerimento à UEFA, solicitando dispensa do jogo. É que se vão a Barcelona jogar, cá para nós não há defesa que lhes valha... ou então contratem o bruxo do Vitória de Gumarães para fazer uns mau olhados ao Ronaldinho e C.ª, porque contra a equipa B do Barça ainda acredito (desde que não alinhe o Laurrent Robert).

E não pensem que estou de má vontade, porque até torço pelos encarnadinhos, mas agora ver espectáculos tristes como o do saudoso Tavares aqui há uns anos não contem comigo.

Caros amigos, nem que levem a águia toda engripada se safam. Mas continuem a sonhar, que vivem felizes e contentes mais 15 dias.

(e já agora, que percam uns pontitos em Belém no próximo fim de semana)

ISTO É QUE É APOIAR A RETOMA ECONÓMICA???

ESCÂNDALO na Aldeia!

Li ontem, num pasquim do nosso reduto, que foi desmantelada pela polícia uma fábrica que se dedicava à produção de cocaína.
Atão é assim que o Eng. Sócrates fomenta a retoma da nossa economia?
Dando cabo do nosso tecido produtivo?
Levando para o desemprego os pobres operários e ao desespero as suas famílias?
Porventura prendendo alguns deles - sobretudo os mais empreendedores, certamente - agravando consequentemente a despesa pública?

Tá mal!

Isto só vai aumentar o nosso grau de dependência das importações vindas do exterior, agravando ainda mais o défice da balança comercial com países como a Colômbia, a Venezuela, o Equador (já não bastavam as bananas!) e outros que tais.

Senhor Engenheiro, deixe as nossas empresas em paz, incentive mesmo a sua expanção e o aumento da sua capacidade produtiva.
Ao invés, desvie os recursos para a detecção e aprensão da coca que todos os dias entra na Aldeia, por ar, terra ou mar, pois são esses contrabandistas que minam a nossa economia.

Apoiemos os nossos empreendedores e imaginativos empresários da Cova da Moura.
Abaixo os tios sul-americanos.
Snif.



Sai daí, Argúcia, que isso que tás a cheirar não é farinha!!!

Bute abusar

Hoje, está toda a gente satisfeita porque as vítimas da Casa Pia vão ser indemnizadas pelo Estado.
Eu, pelo menos, não estou satisfeito.
Uns badamecos andaram a divertir-se com os putos da Casa Pia.
Nós, contribuintes, é que pagamos o divertimento dos badamecos.
Sendo certo que ninguém do Estado vai exercer qualquer direito de regresso (é mais que certo) contra os abusadores.
Penso que já estivemos mais longe de serem atribuidas indemnizações aos cônjuges dos políticos por motivo de ausência forçada destes últimos do seu lar conjugal durante o período temporal do exercício do mandado.

terça-feira, 28 de março de 2006

Desburocratização da Justiça segundo Sócrates (via internet)

(Despacho de arquivamento proferido pelo Ministério Público no inquérito 450/06)
"Os presentes autos iniciaram-se com a apresentação de queixa enviada por internet pelo senhor Zé Porvinho contra a cadela Argúcia Acutilante, porquanto, no dia 29 de Junho de 2006, cerca da uma da manhã, e após uma discussão verbal/canina sobre quem deveria urinar sobre o único barril disponivel no exterior da Taberna Lusitana, a denunciada mordeu o queixoso no utensílio que o mesmo se preparava para utilizar no acto.
Indicou como testemunhas o senhor Jacinto, dono da Taberna, e a sua companheira de comas alcoólicos, Maria (simplesmente).
Foi sujeito a tratamento hospitalar.
Dadas as novas disposições do Código de Processo Penal, tentou-se inquirir o queixoso e as testemunhas pela internet, verificando-se que tal não foi possível devido ao servidor da Taberna, que registava constante avaria.
Não foi possível localizar o correio electrónico da denunciada, nem mesmo apurar se a mesma possuía correio electrónico.
Solicitados elementos clínicos ao Hospital Lusitano sobre o tratamento a que o queixoso foi sujeito na sequência da agressão, os ditos foram recebidos nestes serviços com vírus, razão pela qual foram imediatamente eliminados, sem possibilidade de recuperação.
Não sendo legalmente possível o depoimento pessoal no nosso sistema jurídico, e dada a falta de elementos probatórios, determina-se o arquivamento dos autos.
Comunique o arquivamento ao queixoso por via electrónica ou, não sendo tal comunicação viável, afixe editais electrónicos para comunicação no “Google”.
Aldeia Lusitana, 29 de Junho de 2006"

(ouep, por via electrónica os inquéritos findam no próprio dia em que se iniciam)

Canadá – Payback Time

Praia de Quarteira, início da época balnear. O cabo Silva e o soldado Pereira (nomes fictícios) encontram-se de patrulha aos eventos da praia. Passeiam pela calçada quando avistam um sujeito, com ar britânico, aproximar-se de fato de banho com um cornetto na mão.
- Olha-me para este, Pereira. Este gajo não tem ar de canadiano?
- Não sei, meu cabo. Só conheço os de cá e mal.
- Vamos lá a isto. Ó bife, anda cá.
O sujeito olha estupefacto para o cabo Silva, olha em redor, e fala ao cabo:
- Are you talking to me?
- Sim, pá, tou a falar contigo. Ouve lá, pá, és canadiano?
- Sorry?
- Mas eu tou a falar inglês ou quê? Usted ser canadiano?
- I don´t understand what you are saying, sorry.
- Ó Pereira, o que é o que o gajo disse?
- Que não percebe o que o senhor cabo está a dizer-lhe.
- Soooonso o gajo. Documentes, plise!
- Why?
- Olha, afinal o sonso do canadiano fala algarvio. Esta do “Uái” não engana ninguém. Onde é que estão os teus documentos, pá?
- I think you want to see my papers. They´re in my bag ahead. As you can see I don´t have anything with me but my pens.
- Agora é que não percebi nada. Pereira, percebeste alguma coisa?
- Meu cabo, só percebi ele falar de bagas e pénis.
- Estes canadianos têm mesmo a mania de que são superiores aos portugueses. Mas aqui em Portugal a coisa pia mais fininho. Aqui mandamos nós. Só para termos a certeza do que vamos fazer a seguir, ó Pereira, pergunte-lhe de onde é que ele é.
- Uére iu fromi?
- I`m a citizen of the noble land of Scotland.
- E então?
- Pareceu-me que ele disse que era da terra do scotch.
- Vê como eu tinha razão? O gajo afinal de contas sempre é canadiano! Está detido, meu caro, por injúrias à autoridade. E vai ser deportado já hoje para o Canadá! Não se hão-de ficar a rir pelo que fizeram ao meu cunhado, um gajo trabalhador, a quem lixaram a vida lá no Canadá com a mania que são bons e que nós somos pretos!
- What?
- Explica-lhe, Pereira.
- Iu are ander arresto.
- Why??
- Injuris to autoriti.
- I didn´t said nothing!
- Diz isso ao juiz quando o vires. Ó Pereira, tens aí o número do S.E.F. para lhes telefonarmos a dizermos que temos aqui detido um canadiano ilegal?
- Mas, meu cabo, como temos a certeza que ele está ilegal em Portugal?
- Ouve lá, meu idiota, o sujeito apresentou algum documento de identificação?
- Não.
- Tem na mão algum documento de identificação?
- Não.
- Então, tás a vér, é um canadiano ilegal sem sombra de dúvida!
E lá seguiram, levando o “canadiano” algemado para o Posto, cientes de que com aquela detenção tinham contribuindo para a elevação do amor próprio e da auto estima dos portugueses face aos sacanas dos canadianos...”

Triste é o blog...

Em que o Inspector fica feliz porque é 2ª Feira!
Em que o Marquês tem de se valer de fotografias!
Em que o Zé esgotou o vinho!
Em que o Chefe está sem tema!


P.S. - Hoje estou com verve fadista, caneco!

Homenagem Xinxera

Aqui fica a nossa homenagem xinxera a esse grande actor que é Diogo Infante, o homem que conseguiu ser a 1ª d... das pessoas portuguesas a ser Director Artístico de um grande Teatro neste ano 2006. Boa sorte, jovem talento, que descobriste realmente a melhor forma de ter sucesso neste chavascal que é Portugal.

“Simplex 2006”?! Ou “Complicadex 2007”??!!!

O nosso querido (salvo seja) Fuhrer, digo, 1º Ministro, anunciou com pompa e circunstância o programa “Simplex 2006”. São 333 medidas (engraçado, a exacta metade do número da besta) que vão desde acabar com as caríssimas e desnecessárias certidões até à comunicação electrónica de informações entre os diversos organismos da administração pública. Que bonito, que inteligente e que prático... no papel!!!
Conhecendo o nosso país como conhecemos, metade das vezes que nos dirigirmos a uma repartição pública a internet vai “estar em baixo”, pelo que não vai ser possível fazer nada nesse dia. A outra metade das deslocações vai ser para nos informarem de que ainda estão à espera do e-mail de X, ou que Y se enganou na informação fornecida, ou que Z exige uma autorização do próprio, por escrito, antes de fornecer a informação por via electrónica. Ou seja, o que demorava 5 dias vai passar a demorar 3 semanas. E não nos vamos poder queixar, afinal de contas é tudo moderno e os computadores têm sempre razão. Agora percebo como é que o homem pensava chocar-nos com a tecnologia: vai ser um choque perder 3 semanas inteiras de trabalho para conseguir registar a casa nova, por exemplo.
É caso para dizer que este programa, quando entrar em vigor, lá para o próximo ano, vai lixar muita gente.
Heil, digo, Viva Xócrates!

segunda-feira, 27 de março de 2006

HOJE ESTOU FELIZ PORQUE...

é 2ª FEIRA!
Isso mesmo, não leram mal.
É que depois de amanhã é antevéspera de 6.ª Feira.
(como diria o nosso amigo Zé, faz toda a diferença ver um copo meio cheio ou meio vazio - quando o conseguimos ver)

sábado, 25 de março de 2006

sexta-feira, 24 de março de 2006

Má Temática - Informativos Semanários (IV - Maria)

Bem podem vir com a história de que não é um informativo semanário. Errado, meus caros habitantes. Nenhum outro meio de comunicação social formou tanto os portugueses, nos anos 80, como a revista “Maria". Quem não se recorda do pessoal a ler todo à socapa o “correio sentimental”, onde quer que houvesse um português com a revista “Maria” nas mãos? Quem não se recorda das fabulosas perguntas ali colocadas, que nos levava a pensar que aquilo devia ser tudo inventado pelo pessoal lá da revista?
A "Maria" fez mais pelos conhecimentos sexuais dos portugueses que todo o conjunto de programas televisivos do Júlio Machado Vaz ou do Francisco Allen. Com a "Maria" tomámos conhecimento da ignorância dos portugueses na matéria.
Talvez a primeira revista portuguesa de gossips (a “Crónica Feminina” e a “TV Guia”, esta nos seus primórdios, nunca tiveram tal vocação), a "Maria" foi evoluindo no tempo e adaptando-se às diferentes e sucessivas gerações sem no entanto alterar o seu conteúdo: continuam lá os gossips, os programas televisivos, o correio sentimental, os contos eróticos e a melhor forma de satisfazer os desejos masculinos.
Por vezes penso na mistura explosiva que seria ter a “Maria” (ou mesmo a mítica revista "Gina") dirigida pelo José António Saraiva ...
E a melhor de tudo é que, em caso algum, falam de política! Querem melhor incentivo para a sua leitura?

O pessoal lá nos tribunais diverte-se de quando em quando!

Evangelho segundo o Zé Porvinho

quinta-feira, 23 de março de 2006

Má Temática - Informativos semanários (III - O Crime)

Pois é. Não estavam à espera desta, pois não?
É o meu semanário favorito. Mal amado por muitos, pouco considerado por outros, é um jornal cujas notícias são frequentemente aproveitadas por outros media que não indicam a origem da notícia, ao contrário do que acontece com os jornais tidos como “sérios”.
Tentam acompanhar a área da sua especialidade e fazer uma “perninha” em outras matérias.
Raramente têm notícias desmentidas, sinal de que as suas fontes são credíveis ou de que toda a gente pensa que as suas notícias não podem ser levadas a sério. Nada mais errado.
Têm uma primeira parte dedicada ao crime nacional, e normalmente uma reportagem ou uma entrevista de fundo nas partes centrais. Tem classificados que são anedóticos (o senhor de 47 anos que quer arranjar uma senhora casadoira já se tornou um clássico do jornal), uma zona desportiva com referência a factos que mais nenhum dos jornais desportivos normais faz alusão, uma secção dedicada aos grandes crimes internacionais e uma última página com fait-divers nacionais a que, mais uma vez, mais nenhum dos jornais tidos como sérios faz alusão.
Tem um caderno com entrevistas ao pessoal ligado ao espectáculo nacional, o fabuloso concurso dos “Reis da Música Nacional” e sim, um conto erótico semanal extraído de peças de obras verídicas e publicadas pelas editoras nacionais tidas como sérias.
Tem poucas páginas, mas consigo perder mais tempo a ler o “Crime” do que o “Expresso”.
Talvez por o achar mais sério.
São poucos, talvez mal pagos, mas parece-me pessoal dedicado e honesto.
Espero que o José António Saraiva não se lembre um dia de fazer uma OPA sobre o “Crime”.

É a crise, Senhores, é a crise!!!

Já experimentaram fazer uma simulação de viagem para as próximas férias da Páscoa? Não?! Iriam verificar que na maioria das agências os programas mais populares já estão esgotados e que mesmo os destinos mais incomuns estão a ter uma procura voraz.
Isto só é estranho se tivermos em consideração que os “calotes” estão a um nível nunca visto em Portugal: milhares não pagam o cartão de crédito, a prestação do carro, a mensalidade da casa, o merceeiro… e a desculpa é sempre a crise! Mas para viagens já há dinheiro…Será que a crise é um fenómeno económico selectivo nos bolsos de alguns devedores (leia-se irresponsáveis, vigaristas e maus-pagadores)??!!!

quarta-feira, 22 de março de 2006

Má Temática - Informativos semanários (II - O Independente)

Devo ser dos poucos que acompanhou o Independente desde o início. Nunca foi pelas notícias, foi sempre pelos comentadores que tiveram. Chegaram a ter, simultaneamente, Paulo Portas (o sujeito escreve como poucos, é pena ser o político que é), Miguel Esteves Cardoso, Vasco Pulido Valente e José Magalhães. Pensava-se política, respirava-se política, jogava-se com a política.
Eram irreverentes, independentes e, sublinhe-se, nada isentos. A maioria cavaquista sempre foi o principal adversário do jornal. A parte divertida é que nunca ninguém fez a contagem sobre se Cavaco havia feito cair mais ministros do seu governo, por si, do que as manchetes do “Indy”.
Quando Miguel Esteves Cardoso saiu para a “K”, o jornal perdeu metade da sua alma, inclusive para os leitores.
Quando Paulo Portas saiu, até a vertente política do jornal se atenuou.
O jornal entrou numa sensaboria, em que apenas os comentadores (sempre bem escolhidos) que foram ali escrevendo iam conseguindo fazer sobreviver o gosto dos leitores habituais pelo jornal, apesar das sucessivas mudanças de directores do jornal.
Com a entrada de Inês Serra Lopes para a direcção do jornal, ainda tive alguma esperança de que a vertente política fosse ressuscitada, tanto mais que alguns dos anteriores elementos do “Indy” até estavam no Governo de então. Nada mais errado, dado terem seguido o mesmo caminho do Governo Lopes e passado mais tempo a atacar a oposição socialista por fenómenos criados do que a fazerem verdadeira reportagem política. Por outro lado, o processo “Casa Pia” atravessou-se inevitavelmente no caminho do jornal, dada a relação filial da sua directora com um dos principais advogados do processo, com muitos maus resultados em termos de credibilidade para o jornal.
As demais notícias publicadas ou eram desinteressantes ou não eram relevantes. Apenas a economia e o novel caderno de saúde foram sendo motivo de interesse do leitor.
A parte dedicada ao lazer passou a ser uma zona moribunda, sendo que o Caderno 3 (outras vezes “Vidas”) não é mais do que um morto-vivo, em que as crónicas de Pimpinha Jardim representam a clara decadência da sucessão dos cronistas de envergadura de outrora.
Deixei de ler o “Indy” há quase dois anos. Como eu, outros devem ter seguido o caminho do desalento. Já não existe nada que justique a sobrevivência daquele jornal. Tal como o “Semanário”, vai continuar a perder eleitores todas as semanas até que alguém decida dar-lhe um tiro de misericórdia.

E quanto ao Porto-Sporting de mais logo...

...sem querer tomar partido é caso para dizer que o Sporting nunca teve tanta gente a "torcer" por si. Vão, lagartões, cada golo na baliza da galinha é uma bofetada no Pinto! Boa-sorte amigos lagartos!

Um artista do Séc. XXI

António Carrapatoso, Presidente da Vodafone Portugal, foi o feliz contemplado com a prescrição de uma divida ao fisco avaliada em mais de 740.000 Euros (para um português que inicie uma profissão aos 20 anos e se reforme ao 65 anos, portanto, com 45 anos de descontos e sacrifícios, seria o equivalente a ganhar 16.444 Euros todos os anos durante a sua vida activa – 16.444 : 14 = 1.174 Euros/Mês + subsidio de férias e de natal –). E isto só de uma penada! É claro que se o Zé mecânico ou o Tó marceneiro deverem 150 Euros de IRS são logo processados, penhorados, envergonhados, achincalhados, humilhados e ainda pagam 15 vezes o valor devido, 3 coimas, 5 multas e, com jeitinho, ainda são julgados em processo-crime e vão passar uns tempos à “pildra”… tudo normal, neste nosso Portugal!

terça-feira, 21 de março de 2006

Má Temática - Informativos semanários (I - Expresso)

Pouca gente em Portugal não conhece o jornal Expresso. Designadamente acima da denominada classe C. As pessoas que vivem em barracas continuam a pensar que é um comboio.
De facto, o Expresso sempre foi um jornal vocacionado para as elites ou com essa pretensão, e que sempre foi lido pelas elites e por quem algum dia sonha lá chegar.
Devo confessar que não faço parte de qualquer uma destas duas classes de leitores. As vezes em que fui obrigado a comprar o Expresso deveram-se a dois tipos de razões: a primeira, quando chegava à banca de jornais ao sábado e não havia mais nenhum semanário para ler, o que se foi tornando cada vez mais raro; a segunda razão, quando o meu progenitor me comunicava que estava na altura das pinturas e que faltavam folhas de jornal para tapar o chão e demais objectos.
E, nessas alturas, um tipo aproveitava para ver se aquilo tinha evoluído ou continuava na mesma.
Sempre continuou na mesma, a que não será alheio o facto do director do jornal ter sido ininterruptamente, durante décadas, o José António Saraiva.
Como era e sempre foi o Expresso?
Um primeiro caderno, supostamente de notícias, em que as curtas de primeira e última página eram normalmente mais interessantes que as notícias longas; as notícias longas regularmente cingiam-se a querelas partidárias ou a recados passados por alguém para publicação para aviso a terceiro, sendo que na parte final da “Direcção Saraiva” aquilo mais parecia o “Inimigo Público”, tantas eram as notícias que viriam a serem posteriormente desmentidas; e ainda tinha a parte do Desporto cuja parte mais relevante era o painel de figuras públicas que apostavam nos resultados futebolísticos do fim-de-semana em apreço.
Um caderno de economia, que normalmente tinha misturado o internacional, em que o mais interessante era, indiscutivelmente, a crónica de José Cutileiro.
Um caderno de arte e espectáculos que, sublinhe-se, era capaz de ser o ponto forte do jornal, e onde eu sempre perdi a maior parte do tempo na leitura.
Um caderno de emprego em que... bom, ainda bem que nunca tive de ir à procura de emprego com base nas ofertas do Expresso (diga-se o mesmo do caderno de imobiliário).
Uma revista que era uma feira de vaidades, de algumas figuras do regime e de algumas pessoas da casa.
Acompanhavam-no constantemente algumas coisitas avulsas que circulavam em virtude do mercado publicitário, mas que não serviam para tapar o chão na altura das pinturas.
E, finalmente, o que deu real fama ao Expresso, o saco de plástico. O qual dava sobretudo imenso jeito aos veraneantes na altura da praia, em que se podia seleccionar qual das partes do jornal não iria apanhar areia.
Mudou a direcção. Tive oportunidade de comprar uma das edições seguintes, com Henrique Monteiro na direcção do jornal. Foram buscar mais alguns comentadores de relevo, o resto continua tudo na mesma. Apesar disso, continua a ser o semanário mais vendido em Portugal. O que em meu entender justificaria um sério estudo de mercado.
Pior do que um Expresso, só dois. E é isso que José António Saraiva quer fazer, ao querer criar um novo jornal semanário. Eu sei que Portugal está mal. Mas estaremos assim tão mal? Será que a novel Entidade Reguladora da Comunicação Social não pode pôr um travão a essa pretensão?
Entretanto, o meu progenitor já começou a falar que tenho de arranjar jornais para nova pintura. Que saudades dos tempos em que a “Bola” tinha aquelas 8 folhas enormes por edição...

Um herói do Séc. XXI

Foi ontem que o Presidente da Venezuela verbalizou aquilo que milhões de pessoas pensam em todo o Mundo, Europa Ocidental incluida. Dizia aquele Chefe de Estado, dirigindo-se à pessoa que actualmente ocupa a casa branca, "Mister Danger, husted es un criminoso, un alcoolico, un borracho...husted es un genocida e un peligro para el Mundo".
Fica aqui a minha sincera admiração pelo Presidente da Venezuela, o qual disse o que há muito precisava de ser dito. Viva Chávez!

segunda-feira, 20 de março de 2006

O Chefe tá mais velho a partir de hoje! (Post de Parabéns)

(por razões de borga aniversariante, hoje não há "Má Temática)

QUEM PODE, MANDA...

sexta-feira, 17 de março de 2006

Versão pornotuga do "Spiderman"

As eleições do Sporting

Agora que se aproximam as eleições para Presidente do SCP, fiquei a saber que mais um candidato se perfila no horizonte.
Ontem, na Taberna da aldeia, quem é que eu vejo entrar, já noite cerrada?
The man himself: Zézé Camarinha por tudo quanto é tipa acima!
Como já tinha travado conhecimento com o espécime em causa (já o relatei em "post" anterior), o menino conheceu-me e vai de se sentar ao meu lado com o maior dos sorrisos.
Conversa puxa conversa e, pronto, o tipo descaíu-se (não foi nesse sentido que pensais, caros leitores, pois posso estar muito "tocado" mas o meu olfacto continua apurado): vai concorrer às próximas eleições para Presidente do SCP.
Quando ele se sai com esta, eu quase que caía da cadeira.
Aqui vai um resumo da conversa que tivemos, dado o interesse público da mesma:
ZP - Não acredito, Zézé... vais mesmo candidatar-te?
ZC - Evidente que sim, pá! Então eu por acaso sou menos que os outros?
ZP - Não... de facto não serás. Mas não te estou a ver como presidente de um clube de futebol, e muito menos do Sporting!
ZC - Ora essa, e porque não?
ZP - Primeiro, porque precisas de ter um projecto...
ZC - E quem te disse que não o tenho?
ZP - Ai sim? Então e qual é?
ZC - Ora bem, ainda bem que tocas nesse ponto. O meu projecto é algo de avançado para a época e passa, obviamente, pela introdução do elemento feminino no clube.
ZP - Desculpa?
ZC - Bom, primeiro muda-se o emblema. Um leão só não pode ser! Tem de ser um leão rodeado de leoas... e preparado para as montar!
ZP - Não sei se os sócios vão nessa, ó Zézé...
ZC - Então não hão-de ir?
ZP - Bom.. e mais?
ZC - Depois, o meu staff directivo será composto unicamente por gajas podres de boas! Porque eu entendo que só deve haver trabalho quando no mesmo também exista diversão!
ZP - Não me parece mal, de facto.
ZC - Depois, vou introduzir a figura da massagista da equipa profissional de futebol, que irá ser coadjuvada por outras duas coleguitas. Escusado será dizer que terão as duas de ser altamente jeitosas.
ZP - Escusado será, sim...
ZC - Depois, vou introduzir a figura das psicólogas durante os estágios de preparação para os jogos. Os jogadores, enquanto homens, não deverão estar privados de constante apoio psicológico para lhes levantar... a moral!
ZP - Não sei se estou a perceber, ó Zézé...
ZC - Ok... eu explico melhor. Agarras aí numas quantas mulheres de luxo, daquelas que professam a mais antiga profissão do mundo, e, num esquema de rotatividade, colocas as mesmas em contínuas sessões privadas de aumento da produtividade dos jogadores.
ZP - E porque não sessões colectivas, ó Zézé?
ZC - Se o treinador assim o entender, não vejo porque não. De qualquer das formas, não queria aqui intrometer-me em questões do foro técnico-táctico. Aliás, ainda bem que falamos na equipa técnica, pois entendo que a mesma terá, igualmente, de ter à sua volta mulheres bem proporcionadas fisicamente, as quais deverão contribuir para que se sintam bem no clube. Afinal, todos os colaboradores devem sentir-se acarinhados pelo clube.
ZP - Assim não tenho dúvidas que se sentiriam...
ZC - E mais, estou aqui a pensar num projecto megalómano, segundo o qual por cada sócio novo seria oferecida uma sessão de massagens tailandesas ao sócio proponente, completamente à borla, num salão próprio para o efeito a criar no Alvalade XXI.
ZP - E mais?
ZC - E criar, naquele amplo espaço comercial, uns bares com umas sessões de strip...
ZP - Póker?
ZC - Sim... também, mas estava mais a pensar no Tease.
ZP - Ahhhhh...
ZC - E tentar que a Passerelle fosse a patrocinadora oficial da equipa sénior de futebol e que o Elefante Branco criasse uma sucursal no próprio estádio. Seria, igualmente, importante conseguir-se negociar com essas entidades descontos na ordem dos 75% a 85% dos preços de tabela para todos aqueles que se fizessem acompanhar do cartão de sócio. Já para não falar da gratuitidade na prestação desses serviços para profissionais, atletas e dirigentes do clube.
ZP - E mais?
ZC - Os árbitros... esse trio solitário do futebol, também pensei neles. Para já, à chegada ao estádio seriam sumptuosamente recebidos por 9 meninas meio descascadas, que os levariam às respectivas cabines, as quais teriam hidromassagem e um privado. Depois, essas mesmas meninas, funcionárias do clube, ajudariam a equipa de arbitragem a trocar de roupa e, com o maior profissionalismo, despachariam o serviço a tempo e horas para o início da partida.
ZP - Já vi que pensaste em tudo, Zézé.
ZC - E mais, visiono um futuro em que, comigo à frente da grande família sportinguista, um sócio do clube se sentirá melhor no estádio do que em casa.
ZP - Explica lá.
ZC - Para já, passa a ser expressamente proibido fazer-se acompanhar da mulher no futebol. Proponho a criação de um local, assim tipo creche onde se deixam os putos quando vamos às compras, mas todo rodeado de grades e com muitos fogões e material de limpeza, onde o sócio deixaria ficar a sua esposa em segurança enquanto vai ver o jogo de futebol.
ZP - Ena pá...
ZC - Pois, e depois poderia optar entre a ida ao casino e aos vários bares e cafés existentes ou a ida à sala de convívio íntimo, onde bastava mostrar o cartão de sócio e logo duas "leoninas" se colocam de joelhos e iniciam um serviço que lhe permite ir ver o jogo em paz, caso lhe apeteça. Porque essa sala também tem um circuito fechado de TV onde passa em exclusivo todo o jogo, pois pode o sócio não lhe apetecer sair daquele local e ir constipar-se para as bancadas.
ZP - E o que fazer aos vendedores de gelados e de cervejas das bancadas?
ZC - Também tenho planos. Para já, deixam de vender gelados e cervejas. E deixam de ser homens. Vão passar a ser lindas moças que, sempre que solicitadas, e por um preço módico, prestarão serviços essenciais ao adepto, de maneira a que possam sair do estádio com a convicção de que foram bem recebidos.
ZP - Bom, com um programa desses...
ZC - É verdade, meu caro. E até te digo mais, com o meu "staff" directivo totalmente empenhado nesse objectivo, sou até capaz de garantir que deixaria de existir passivo no clube. Ficaríamos até credores dos que actualmente são credores do clube. Era garantido.
Eis uma candidatura que promete, diria eu.
Hic Hic Hurra

Aditamento ao "Má Temática"

Ainda mal um sujeito acaba um tema semanal e já existiram reclamações dos residentes pelo facto de eu não ter abordado o bestialismo ou a zoofilia.
Creio que o desenho abaixo diz tudo sobre o tema, quer do ponto vista masculino, quer do ponto de vista feminino, quer até do ponto de vista do animal.
Fiquem-se. Sobre pornografia não escrevo mais.

Descendo o nível

É verdade.
O Exmo. Senhor Marquês tem vindo a publicar uns "posts" assaz interessantes sobre pornografia (que pena serem escritos e não falados, senão até os poderíamos apelidar de sexo oral), pelo que resolvi descer o nível da coisa e falar de erotismo, que, como se sabe, fica abaixo da pornografia dura e crua.
Mais concretamente li recentemente num pasquim desta aldeia que existiu um Presidente de uma Junta de Freguesia que teve de se demitir do seu cargo em virtude de ter efectuado uma série de chamadas telefónicas, do telefone do seu gabinete presidencial (pois claro), para as chamadas linhas eróticas.
O nosso amigo Presidente só foi topado uns meses mais tarde quando chegou a continha do telefone: quase 50.000 € para pagar!
Intrigado com o sucedido, coloquei-me em campo na Taberna e consegui descobrir o paradeiro do tesoureiro da dita Junta, que ainda está a recuperar da apoplexia que o acometeu quando viu a conta da PT e olhou para o "parco" orçamento de que dispunha.
Eis o seu relato:
Nesse dia, logo de manhã, entornei o café com leite sobre as calças ao pequeno-almoço e, assim a título de premonição, até comentei para com a minha Alzira:
"- Já me viste isto?!!!! Hoje o dia está a prometer!"
Depois, ao chegar à Junta, verifiquei que me tinha esquecido da chave do cofre em casa e tive de voltar a pé até casa, uma vez que a minha mulher, como é hábito, já tinha levado o carro com o miúdo para o ir deixar à escola. Foram 2 Kms a pé, um para cada lado!
Chegado à Junta, no expediente diário, eis que verifico a presença de 300 envelopes da PT, o que não era de todo normal.
Abrindo-os um por um, verifiquei que trazia a facturação detalhada das chamadas efectuadas e ao fim de cada 200 páginas trazia a indicação: continua na próxima carta, com a referência XPTO, não interessa agora!
Quando cheguei à última é que foi o bom e o bonito. 49 mil € para pagar. Até me custa a dizer a quantia!!!!!
Pensei logo que tinha sido algum engano, ou então teria sido o Antunes que, contrariamente ao que lhe tinha sido dito, voltara a utilizar o telefone da Junta para ligar para a família na Madeira. Mas depois concluí que, ou a família se mudara para a Polinésia Francesa, ou então não podia ser.
Verificando o número de destino, achei-o muito estranho.
Verificando o número de origem, achei-o familiar: era o do gabinete do Senhor Presidente.
Antes do Senhor Presidente chegar, intrigado como tudo, resolvi fazer uma chamadita para o dito número estranho, ligando do gabinete do Senhor Presidente.
Do outro lado, respondeu-me uma voz feminina, que dizia:
"- Olá, de novo. És tu, meu Presidentezinho. Ajunta-te aqui a mim, que eu irei fazer-te o habitual tratamento de choque! Dá-me cá esse "mangalho"..."
Desliguei boquiaberto!
O Senhor Presidente?!!!!
Não podia ser!!!!
Mas foi!!!!
E agora o que fazer?
Lembro-me da cara do homem quando foi confrontado com as chamadas efectuadas. Lembro-me de ter balbuciado qualquer coisa como:
"- Ai não era à borla?"
ou
"- Tou fod...!!!!"
e ainda
"- Não mais te vou ouvir, Marilú!"
Conclusão: teve de se demitir e hoje ainda não pagámos a dívida.
Deixei-o com lágrimas nos olhos, totalmente derreado!
E assim se fez história com o erário público, uma vez mais, nesta nossa aldeia.
Hic Hic Hurra

Má Temática - Pornografia (V - O "home video")

Já ontem aqui expliquei o que se encontra na génese da realização dos denominados “home video”.
Os mais conhecidos, como devem saber, são, a nível mundial, o da Paris Hilton e o da Pamela Anderson, esta em “comboiadas” com o marido, a primeira com o sujeito de quem não me lembro o nome mas que se divertiu à brava; a nível nacional, o incontornável Taveira.
O do Taveira é, sem dúvida, o melhor “home video” dos três mencionados. Passo a explicar.
O da Paris Hilton e o da Pamela apenas possuem a monotonia do relacionamento entre o casal, em práticas habituais.
O do Taveira inova na quantidade de mulheres, na forma como aparecem despidas, na especialização do acto e, sobretudo, situa-se na vanguarda do que designo como faceta sucessora de Manuel de Oliveira: com um plano fixo durante mais de meia hora, o homem consegue ter mais acção naquele espaço que o mestre do cinema consegue nos seus filmes com o mesmo tipo de plano. Oliveira, quando muito, punha o pessoal durante vinte minutos a meia hora a olhar para o sofá, com a voz da Leonor Silveira em fundo a declamar Petrarca; Taveira era bem capaz de pôr a Leonor Silveira debruçada no sofá, com as nádegas destapadas, enquanto a mesma declamava Petrarca. Preferindo praticamente toda a gente este último tipo de cinema, continuo sem perceber porque é que Oliveira é que continua a ganhar prémios internacionais e Taveira continua a dedicar-se à arquitectura.
Apesar do escândalo na época, o “home video” de Taveira teve uma virtude: a de colocar a sociedade portuguesa, então ainda bastante conservadora, a discutir abertamente o sexo anal e o motivo de alguns homens, assumidamente heterossexuais, gostarem tanto desta prática.
Existe alguma razão para se preferir os “home video” aos filmes porno?
Por mim, e após a pesquisa efectuada para o “Má Temática”, os “home video” ganharam a minha consideração enquanto momentos puros de arte cinematográfica demonstrativas da realidade. De facto, e como salientei ontem, todas as pessoas sabem como acaba uma cena num filme porno (para os mais esquecidos, cumshot). Mas o “home video” é uma autêntica caixinha de surpresas, um thriller porno na verdadeira acepção da palavra. É que nem os intervenientes sabem muito bem o que pode acontecer.
O melhor de todos a meu ver, e que rapidamente ganhou na minha consideração o estatuto de “home video” de culto, é o de um casal jovem italiano, que pratica as manobras habituais de divertimento; só que, ao fim de vinte minutos, eles apercebem-se de que o jovem garanhão não consegue ter o orgasmo (soa mais intelectual do que o habitual “não consegue vir-se” – tenho que dedicar um dos “Má Temática” a esta coisa das expressões do sexo), falam, ela diz que não aguenta mais noutros lados, e então faz uma última tentativa através de sexo oral; ao fim de cerca de seis a oito minutos, o sujeito, desesperado, continua na mesma e ela diz que já não aguenta mais; confabulam, e então ela começa a tentar com a mão, a coisa dura mais cinco minutos e nada; ela diz que já não aguenta e então começa ele a masturbar-se; a gargalhada de quem está a ver já vai longa, será desta, pensa o público, quando, de repente, acontece o impensável. Pois é, a cassete da filmagem acaba ao fim de 35 minutos. Sem sabermos se o objectivo final foi conseguido. É o chamado final hitchcockiano. E sim, para os mais invejosos, o gajo esteve praticamente sempre em erecção durante os 35 minutos da filmagem (e não, eu não perdi 35 minutos do meu tempo a ver aquilo - vantagens do fast forward no wmp) .
Para quando um programa na televisão sobre os desastres nos “home video” sexuais, de preferência apresentado pela Soraia Chaves?

quinta-feira, 16 de março de 2006

FUTEBOLISTICAMENTE ACERTADO, POLITICAMENTE INCORRECTO

Porque é que o FCP ganha quando o Quaresma e o McCarthy jogam juntos?

Porque os defesas contrários não consequem estar com um olho no preto e outro no cigano!!!

A visão divina de cada um

Má Temática - Pornografia (IV - Os filmes)

Para se fazer um filme pornográfico são necessárias, em princípio, duas pessoas: um homem e uma mulher (no caso dos filmes para homossexuais são necessários dois homens ou duas mulheres, mas aqui vou-me regular pelo filme dito normal). Normalmente, o homem até possui uma câmara de vídeo e é assim que surgem os “home video” pornográficos.
Existem todavia algumas especialidades nos “home video” pornográficos, nomeadamente quando surge um terceiro indivíduo com a câmara, enquanto o casal se diverte, ou, aparecendo uma mulher, o homem passa para trás da câmara enquanto as miúdas se divertem (invariavelmente, as mulheres nunca estão atrás da câmara).
Quando aparece mais do que isto, normalmente abandonamos o plano do “home video” e passamos para o chamado filme.
Um filme tem vários participantes, normalmente em número nunca inferior a seis, sendo raras as ocasiões em que há uma mera interacção entre um casal; regularmente, aparece sempre um terceiro elemento a interagir enquanto um casal vai se divertindo, sendo aqui, creio, que residirá sempre o principal problema do argumentista: o que fazer com o terceiro elemento?
Cada cena de diversão entre os participantes dura cerca de 20 minutos a meia-hora, suficientes para pôr qualquer argumentista à beira de um ataque de loucura quando todos os participantes intervêm na mesma cena.
Seja pela frente, por trás ou de lado, por dentro ou por fora, invariavelmente todas as cenas terminam com o habitual cumshot (já dele falámos no início da semana), em que o homem parece sempre ter uma fábrica de esperma dentro dele, proporcional ao tamanho do pénis, tal a quantidade despejada (Será que o tamanho do pénis também funciona como condicionador do esperma acumulado? Tenho de ver o que a revista Maria publicou acerca disto).
E assim, depois de três cenas destas, o filme invariavelmente acaba.
E há pessoal que consegue ver isto repetida e constantemente!
Eu quase que partilho da mesma opinião de uma entrevistada pública, ao que penso Catarina Furtado enquanto apresentadora do “Top +” (lembram-se?) que, há alguns anos atrás, quando inquirida sobre o que pensava dos filmes pornográficos e se a excitavam, disse qualquer coisa do género de que nos primeiros cinco minutos apetecia-lhe saltar para cima do que estivesse em redor e de que na restante parte do tempo apetecia-lhe fazer outras coisas porque ficava enjoada e farta da repetitividade daquilo; eu ainda consigo aguentar mais dois ou três minutinhos além dos primeiros cinco.

quarta-feira, 15 de março de 2006

Má Temática - Pornografia (III - Bondage)


Não estavam à espera que eu me furtasse a esta, pois não? Tendo em conta que o Marquês de Sade foi um dos principais apologistas da coisa, obviamente que aqui a nobreza tinha de chamar o assunto à colação.
Curiosamente, a rede contêm poucas imagens desta natureza, mas os clips circulam. Isto deve-se, sobretudo, ao facto do bondage ser uma prática que exige algum tempo. Toda a tortura leva o seu tempo. O que é claramente incompatível com uma imagem pornofotográfica normal, na qual, ao contrário do que se passou com as imagens recolhidas nas prisões iraquianas, não se sabe se foi obtida sob tortura ou se se trata de pornografia aceite pelos directos intervenientes.
Não sou claramente a pessoa mais adequada para falar de bondage (talvez o Viriato fosse), exactamente por não ser apreciador. Já vi para saber do que falo neste post e bastou-me. Não vou insistir a perder o meu tempo a ver presente e futuramente coisas de que não gosto.
Características básicas:
Primeiro, o maltratante está sempre vestido. As maltratadas estão sempre despidas.
Segundo, o maltratante deleita-se com o que está a fazer. As maltratadas não, o que me faz pressupor que estas apenas participam nesta coisas única e exclusivamente por necessidade.
Terceiro, as maltratadas iniciam sempre as filmagens com a pele limpa, mas no final estão claramente capazes de acabar num hospital. Por acaso gostaria de saber o que lhes acontece posteriormente.
Há claramente público para estes filmes -veja-se o pessoal norte-americano nas prisões iraquianas.
Isto é doentio? Quase todos dirão que sim.
Todavia, é quase um comportamento normal na nossa sociedade.
Sim, meus caros, porque bondage, com uma ou outra excepção mais profissional (porque as há) de pessoal que realmente gosta de levar, mais não é do que um nome fino para um comportamento pornográfico equiparado à violência doméstica conjugal.
Apesar dos normais maltratantes conjugais afirmarem constantemente que não gostam de ver essas coisas de “gajos doentes”.
Nunca pensaram nisto, pois não?

Kafka esteve em Lisboa

É fantástico, mas é verdade! Franz Kafka, famoso escritor checo, autor de obras-primas como “A Metamorfose”, “O Castelo” e “América”, esteve efectivamente em Lisboa. Esta conclusão foi o resultado de um estudo de longos anos em que fui identificando formas de proceder e espaços físicos tipicamente portugueses e efectivamente retratados na obra daquele autor e especialmente em evidência no monumental “O Processo”. Não acreditam? Experimentem fazer uma visita ao Tribunal da Boa-Hora e depois digam-me se não identificam muitas das suas características retratadas naquele livro (recomendo uma visita às secções da 9ª Vara Criminal, ao cimo de umas periclitantes escadinhas de madeira, naquilo que é verdadeiramente o sótão do edifício). Quem diria que afinal “O Processo” se inspirou na justiça portuguesa?!

P.S. – Para todos os que trabalham no Tribunal em causa aqui fica o nosso abraço, palavra de solidariedade e votos de um futuro melhor.

PREVENÇÃO RODOVIÁRIA ALDEÃ

Quem já tenha visto as notícias de hoje, houve mais um acidente em auto-estrada por condução em contra-mão.
Pois é, foi na A4, entre Valongo (lê-se Balongu) e Amarante, um caramelo de 79 anos andou vários quilómetros em sentido contrário, provocou diversos acidentes e veio-se a espetar de frente com outro veículo. O dito teve morte imediata. Vários foram para o hospital.
Isto está a tomar proporções inaceitáveis!
Como disse Freitas do Amaral, «se não podes vencê-los, junta-te a eles»!
Assim, proponho que se mude a regra estradal segundo a qual a circulação automóvel se faz pelo lado direito das vias, passando nós, à imagem dos nossos mais antigos aliados, a conduzir pela esquerda. Acabavam-se os acidentes em contra-mão.
Talvez não saibam, mas o trânsito ferroviário já se faz assim e mesmo o rodoviário, nos primeiros anos do século XX, seguia tal regra.
E tinha a vantagem do Eng. Sócrates responder à letra a todos aqueles que o acusam de ter descaído para a direita.

Abracemos esta causa e façamos um Dia da Circulação pela Esquerda - No próximo dia 1 de Abril conduzamos os nossos veículos pela esquerda, seja na cidade, em estrada ou auto-estrada.
Mas divulguem isto, tá bem?, senão tou lixado!

terça-feira, 14 de março de 2006

Má Temática - Pornografia (II- Os pénis rolo da massa)

Outra das coisas com que nos deparamos na pornografia é que os homens, por mais broncos que sejam e apenas saibam dizer “ai” e “ui”, têm sempre pénis enormes e muitas vezes largos, do diâmetro de um rolo da massa.
Se repararmos, as mulheres que aparecem na pornografia são incaracterísticas: são de todos os feitos, tamanhos e diâmetros. Os homens não.
O que nos leva a ponderar o motivo de tal distinção na selecção dos actores/participantes.
Ora, tal como acontece no cumshot, a principal razão só se pode situar nos interesses comerciais. Sendo muito difícil filmar um acto sexual, a coisa só consegue efectivamente ser filmada, em termos de movimento, quando o instrumento masculino é grande. Entenda-se num tamanho médio superior a 22 cm. Ponto final, parágrafo.
Todavia, não cientes deste motivo, a maior parte dos que assistem a isto geram uma enorme trapalhada psicológica. A começar pelas mulheres, que julgam que a maior parte dos homens devem ter umas coisas daquele tamanho, e a terminar na maior parte dos homens, que, não tendo o visionado tamanho de pénis, começam a entrar em delírio pensando que são diferentes do resto da humanidade e que qualquer mulher irá se rir deles (o que, na maior parte das vezes, até é verdade, por causa da primeira parte desta frase).
Esquecem-se a maioria dos homens, e particularmente as mulheres, que o tamanho médio escolhido pela UE para o tamanho dos preservativos foi 12 cm; que a maior parte dos vibradores têm o tamanho médio de 12 cm; e que, curiosamente, numa sondagem publicada há cerca de 5 anos e realizada por uma marca de preservativos, foi apontado como tamanho médio do pénis lusitano os 15 cm (é verdade, o tuga tem um pénis superior à média europeia).
Como todos dizem, não importa o tamanho, importa é o que se faz com ele. Afinal de contas, o clitóris está sempre ali tão perto (2 a 4 cm de profundidade).
Todavia, há sempre mulheres que continuaram à espera, umas do seu príncipe encantado, outras do seu pénis encantado. Se aparecer um sujeito com ambas as características, é caso para colocar a hipótese de o mesmo ser capaz de ser homossexual.

Já se nota a retoma, disse ele!

Ontem fui surpreendido por um discurso do nosso “primeiro” em que o mesmo afirmava que o clima de optimismo já se faz notar na economia portuguesa e que são já evidentes os sinais de retoma. Como deve ser maravilhoso o planeta dos ricos e poderosos. Vêem aquilo que mais ninguém vê e percebem o que nós, povinho, não temos capacidade para apreender por mais que nos esforcemos. Então a inflação a aumentar brutalmente é um sinal de retoma… e o desemprego galopante é um sinal de retoma… e a cada vez maior emigração de jovens quadros é um sinal de retoma… e o colapso antecipado da segurança social é um sinal de retoma… abençoados olhos, Senhor Engenheiro, que captam tal mundo cor-de-rosa. Só falta dizer que Portugal é um oásis no flagelo da gripe das aves e ficamos conversados de vez!

BUTE LANÇAR UMA OPA?

Ó pá, atão ninguém se quer chegar à frente e lançar uma OPA sobre o Governo?...
Garanto-vos que não será considerada hostil, e com a cotação ao preço que está, sai por tuta e meia.
(e não se esqueçam que que controla o Governo, controla o Estado, que segundo me consta ainda tem pr'aí uns imoveisitos e umas EPs)

NOVA AMEAÇA TERRORISTA

segunda-feira, 13 de março de 2006

Má Temática - Pornografia (I -Cumshots)

Após um curto trajecto efectuado pela rede, uma das primeiras coisas de que nos apercebemos é de que a maior parte das imagens e clips porno que por ali andam referem-se a situações de cumshots.
A questão é porquê.
Sentirão os homens um prazer especial em ver isso? Ou as mulheres? Curiosamente, o cumshot é uma prática que ainda não vi institucionalizada.
Quero com isto dizer que nunca vi tal prática ser sujeita a discussão pública (incluindo na revista Maria e o que poderia ser uma clara pergunta de “Apanhei com esperma do meu namorado nas trombas. Estarei grávida?”) ou sequer sujeita a sondagens. Já li sondagens sobre a masturbação, sexo anal, sexo oral, ou até se as mulheres engolem o esperma ou não, mas nunca sobre o cumshot.
Coloca-se então a questão de saber se o cumshot é apenas uma prática que visa satisfazer interesses comerciais da própria pornografia (no sentido de existir um direito do/da cliente a verificar quando é que o gajo que se está a divertir efectivamente ejacula) ou se realmente é um comportamento que dá prazer aos envolvidos.
O pessoal da pornografia não conta, dado que esses, mesmo quando não querem ou não gostam, são obrigados a mostrar um ar divertido.
E o mundo real?
Sempre ouvi, em redor, todos colocarem a questão do “engole ou não”.
Mas, do resto, nada. Ninguém sabe, realmente, o que as mulheres pensam dessa prática.
Para mim, a primeira questão pertinente é se não fará bem à pele facial feminina. De facto, das mulheres que tive oportunidade de ver com o liquido a escorrer pela face, nenhuma delas apresentava problemas com borbulhas e pontos negros.
A segunda questão pertinente é se os homens, efectivamente, também sentem prazer nisso.
Fico à espera que a revista Maria, avançada como sempre no seu tempo, um dia se lembre de averiguar o assunto.

Um Ano de Governo

Li com atenção todos os comentadores da nossa praça durante este fim-de-semana e quase todos consideram, unanimemente, que José Sócrates está a ser um grande Primeiro-Ministro.
É nestas alturas que começo a pensar que a censura voltou e ninguém me avisou.
Tirando o sector da educação, onde reconheço o esforço denotado que tem sido efectuado pela senhora ministra do sector, o resto não me beneficiou, ou os portugueses, em nada.
Nas Finanças, correram com um Ministro isento, trocaram a direcção da C.G.D. para lá colocar o Armando Vara, aumentaram todos os impostos indirectos com excepção do I.V.A. (dava demasiada bandeira). Sem falar na colocação de Oliveira Martins no Tribunal de Contas.
Na Justiça, Alberto Costa e sus muchachos são claros erros de casting de quem não sabe o que anda a fazer. Não é à toa que este Governo apanha, pela segunda vez em toda a história da democracia portuguesa, com uma greve de juízes.
Na Saúde, o que era tendencialmente gratuito viu triplicado o seu preço (taxas moderadoras), sendo que o atendimento e o tempo de espera estão cada vez piores. Aliás, já este ano, fui às urgências de um hospital público, e depois de ter aguardado sete horas pela minha vez (eu mais os demais cinco gatos pingados que lá estiveram todo esse tempo a aguardar), dirigi-me à recepcionista e, perante o ar aflito desta, disse-lhe que preferia morrer em casa, para onde imediatamente me dirigi mas não morri.
No Ambiente, não existem planos de ordenamento do território, nem políticas. Apenas se fala em co-incineração como se isso fosse resolver todos os problemas ambientais dos portugueses. Além de que inserir um sistema de co-incineração num Parque Natural (Arrábida) diz tudo sobre o pensamento destes sujeitos para o ambiente.
Nas Obras Públicas, a OTA e a TGV já mereceram toda a discussão pública. Sou contra as mesmas nos moldes apresentados e penso que em nada vêm beneficiar a vida dos portugueses.
Na Economia, Manuel Pinho conseguiu trazer duas ou três empresas multinacionais para Portugal. A Coreia do Sul também conseguiu levar umas quantas lá para o sítio, ao que julgo. Além de se ter arranjado um tachozinho para o Fernando Gomes na “Galp”.
Na Tecnologia, apenas tive um choque, quiçá tecnológico, com a presença de oito ministros no beija-mão a Bill Gates. No resto, continuamos na mesma.
Na Administração Interna, as Polícias e Guardas continuam a protestar e a verem diminuídas as suas regalias. O que desmotiva e desencoraja. António Costa continua a ser excelente para os media e é isso que interessa.
Freitas do Amaral continua a ser um óptimo factor de primeiras páginas do “Expresso” pelas suas constantes gaffes.
A cultura não existe.
Alguém me explica mesmo porque é que o homem se revelou neste último ano um “grande Primeiro-Ministro”? Será por ser alto?

Assim Nadá, assim...

... Naval a pena jogar! Parece mentira de 1.º de... Maio!!!!!

Hic Hic Hurra

sexta-feira, 10 de março de 2006

O escândalo do aperto de mão

Como sempre sucede quando tenho noitada de Taberna, não resisto hoje a dar-vos a explicação real para o sucedido durante o dia de ontem, na tomada de posse do nosso novo Presidente.
Com efeito, um dos candidatos perdedores não terá cumprimentado, com o habitual aperto de mão, o novo titular do cargo, facto esse que, sei-o bem, foi largamente relatado nos pasquins desta aldeia lusa.
O que os pasquins não sabem, e me apresto a revelar, foi o que se passou na realidade, embora os personagens sejam, por razões óbvias, identificados por nomes fictícios:
"Johannes Suarez (JS) - Papá... papá... onde estás?
Marius Suarez (MS) - Aqui, entalado na sanita!
JS- Papá... tens de tomar os comprimidos para a memória. Isso não é a sanita, é a mala da escola do teu neto!
MS - Então olha, tens de o lembrar de não dar a maçã do costume à Professora, porque a mesma leva molho!
JS - Blargh... que nojo!
MS - Mas que me querias tu?
JS - Então... já não se recorda. Temos de ir a Belém!
MS - É verdade... é hoje, não é? Tenho de ir tomar posse! Faz as malas, Maria, vamos voltar ao Palácio!!!!
JS - Papá... então? O papá perdeu as eleições, não se recorda?
MS - Perdi? Mas eu nunca perdi nada na vida! Onde raio é que está a gravata azul, Maria?
JS - Pronto, papá... não se exalte. Venha lá, com cuidado, que eu durante o caminho explico-lhe tudo!"
(Durante o caminho tudo foi explicado e MS assegurou que se iria lembrar de que não seria ele o Presidente)
Já no local da cerimónia:
JS - Papá, onde vais?
MS - Vou só ali assinar o livrito...
JS - Papá, não podes... não és tu!!!
MS - Caramba, filho... larga-me! Olha o respeito devido ao teu progenitor!
JS - Calma, papá... vem comigo vamos apanhar um bocado de ar!
MS - Não posso, olha a comunicação social! Todos me querem fotografar. E o horário! Não posso quebrar as regras protocolares...
JS - Sim, papá... sim... vá, vamos lá tomar um leitinho quente ali à pastelaria, já voltamos, pode ser?
(contrariado e a resmungar lá foi o MS)
Após a cerimónia de tomada de posse, já à porta do Palácio de Belém:
JS - Papá, onde vais?
MS - Então, filho... vou entrar em casa! Até trouxe as pantufas com a insígnia presidencial que usei na minha primeira presidência!
JS - Papá... mas... venha cá... não é o papá!!!!
MS - Como não sou eu?!!!! Como não sou eu?!!!!! Larga-me ou então tenho de te dar uns açoites!
JS - Vá, largue lá o puxador do portão e venha para casa descansar um pouco...
MS - Mas... já estou em casa, raios!!!!
JS - Vá, papá... não me obrigue a levá-lo à força! E comporte-se, porque daqui a nada vem aí o Presidente e o papá deve mostrar dignidade e cumprimentá-lo!
MS - Raios!!!!! Mas como é que pode vir o Presidente se eu já aqui estou???? Estás bonzinho da cabeça ou quê?????!!!!
JS - Pronto, está bem, papá... largue lá o puxador e venha comigo!
MS - Não vou!!!!!
JS - Vá lá... largue lá isso e venha comigo a bem!!!!
MS - Já te disse que não vou!!!! Só à força saio daqui!
JS - O papá lá sabe!!!! (que chatice, tenho de o levar logo agora que já ali vem o carro do Aníbalus... e não se vão cumprimentar... paciência!!!!).
E foi assim a história do aperto de mão que, afinal, não o foi!
Para que conste também, o primeiro acto oficial do novo Presidente foi mandar colocar um novo puxador no portão de entrada para o Palácio de Belém... é que, para pasmo dos presentes, o que ali existia desapareceu misteriosamente.
Porque pugnamos pela verdade dos factos, ela aqui fica.
Hic Hic Hurra

Novo atentado terrorista em Espanha

As forças policiais do país irmão já estão em polvorosa.
Com efeito, já se sabe quando é que irá ser perpetrado um novo atentado terrorista em Espanha e mais, onde é que ele vai ocorrer.
Com efeito, soube de fonte segura (ao ler um pasquim desportivo de hoje), que um novo atentado irá ocorrer em Barcelona, no próximo dia 5 de Abril de 2006.
Está lá tudo escarrapachadinho: só não lê quem não quer ler!
O grande terrorista Luís Filipe Vieira (p'rós amigos, o Bigode d'Águia), declara de forma inequívoca: "Sempre dissemos que quem vier a seguir morre!"
Eu, se fosse ao Ryjkaard e sus muchachos, nesse dia ficava em casa a ver DVD's com os concertos do Júlio Iglésias, que sempre era mais seguro!
Hic Hic Hurra

Armado em João Querido Manha

Ao contrário de muito boa gente, penso que a eliminatória com o Barcelona vai ser extremamente equilibrada e, como afirmou um amigo meu, ainda poderá ficar mais equilibrada se o Beto der uma trancada decente no Ronaldinho antes dos primeiros cinco minutos da 1.ª mão.
O Puyol não joga a primeira mão e o Messi, em princípio, não joga ambas. O Benfica ainda tem a vantagem do Nuno Gomes se encontrar suspenso no jogo da 1.ª mão.
Vai ser jogo para pessoal rápido, por isso é melhor Koeman começar a pensar em colocar o Nelson em forma para ocupar o lugar do Alcides, porque caso contrário, este vai ser facilmente devorado pelo Ronaldinho, que cai sempre para aquele flanco.
Aliás, penso que este poderá ser o jogo ideal para os baixinhos e também para Moretto: o Barcelona praticamente não faz uso de jogo aéreo.
Resta saber se o pessoal do meio campo tem pedalada para aguentar o Thiago Motta, o Deco e o Ronaldinho em noite sim, sem serem expulsos. Por via das dúvidas, eu, se fosse o Veiga, contratava já uns mânfios das equipas da Liga Espanhola para liquidar os ditos cujos nos próximos jogos internos do Barça.
Serve de consolo o facto de, se o Benfica passar o Barça, o caminho fica mais fácil: só há que liquidar o Lyon ou o Milan.

SLB é o maior!

Então agora é o Barcelona? Até os comemos, carago! Vai ser o ano de ouro do Benfica, eliminando o Manchester, O liverpool e o Barcelona, tudo no mesmo ano! Ficam a faltar o Milan e o Ajax. Cá os esperamos...

A estabilidade é algo de bom para os portugueses?!

Na sequência da tomada de posse do novo PR voltou a falar-se muito da estabilidade em Portugal, de como ela é essencial para o desenvolvimento e fundamental para o bem-estar dos portugueses. Será assim? Vejamos:
O que é estável:
- O aumento constante do desemprego;
- A inflação sempre crescente;
- O encerramento de inúmeras empresas nacionais;
- O enriquecimento crescente dos que já são ricos;
- A saída de sectores estratégicos da economia do controlo nacional;
- A conquista do mercado português por empresas espanholas;
- A deslocalização das multinacionais para o Leste Europeu e Ásia;
- A perda dos mercados Africanos e Brasileiro por parte dos portugueses;
- O domínio da corrupção, da cunha e do compadrio;
- A demagogia dos políticos;
- O pessimismo dos portugueses.
Não seria melhor um bocadinho de instabilidade, para variar?!

quinta-feira, 9 de março de 2006

Eis uma pista para o facto dos gatos também sofrerem de gripe das aves...

Os gajos aguentaram-se!

Isto de substituir o Viriato nestas alturas começa a ser tramado.
Como resultou da flash interview após o jogo, nem o próprio Koeman acreditava na sorte que tinha tido.
De facto, já há largos anos que uma equipa do Benfica não tinha tanta sorte num jogo: alguma vez teriam de ser os calejados.
O Moretto continuou a ser o que está, infelizmente, a ser: um desastre nas saídas aos cruzamentos. Não tem timing e não sabe sair. Moreira e Quim (sobretudo o primeiro) continuam a ser melhores neste campo. Ontem só não comeu uns quantos porque em duas ocasiões o poste substituiu-o, em três ocasiões os ingleses não tiveram pontaria, e nas demais valeu-lhe aquela dupla de centrais que, quando acertam com as bolas altas, ninguém passa por eles num jogo.
Os dois centrais estiveram autênticos gigantes, Anderson na 1.ª parte, Luisão na 2.ª. Alcides esteve mal a atacar, mas também o que interessava era defender. Leo foi o gigante do costume, mesmo quando passou para o meio campo.
No meio campo, Beto e Manuel Fernandes estiveram ao seu melhor nível, sendo que a sorte desta vez foi tanta que até o pé torto do Beto deu jeito: num primeiro momento, para errar a própria baliza; num segundo momento, para falhar a direcção do remate e entregar por acidente a bola ao Miccoli para o segundo golo.
Nas laterais, Robert não se viu e Simão apenas se viu quando houve que fazer a diferença, a marcar um golo de bandeira e a defender.
Na frente, Geovanni fez o que pode e Nuno Gomes continua a pedir um período de descanso no banco.
Karagounis, Miccoli e Ricardo Rocha entraram bem.
No fim de contas, apesar da exibição não ter sido grande coisa, ganharam. E fizeram o que o Chelsea, em quatro jogos da Liga dos Campeões, não fez a este Liverpool: marcar golos e ganhar. Fez-me lembrar os jogos das equipas italianas que, quando vinham a Portugal, defendiam bem, iam uma ou duas vezes à baliza adversária e marcavam.
Venha quem vier, o Benfica já fez mais do que lhe era esperado.

quarta-feira, 8 de março de 2006

Sem Petit, a pergunta coloca-se



Será que este gajo, sozinho, consegue matar os ingleses do meio-campo sem ser expulso antes do intervalo?

Proposta ao Governo da República Portuguesa

Nos últimos dias alguns frequentadores deste blog vieram-me com a conversa de que nós só criticamos, que só dizemos mal e deitamos abaixo o Governo de Portugal. Fiquei ofendido! Logo nós que somos gente responsável e isenta (infelizmente, não isentos de pagar impostos)!
Para mostrar o erro em que laboram os que nos fazem estas injustas criticas vou hoje deixar aqui algumas sugestões/conselhos ao Governo da República Portuguesa para acabar com o flagelo do défice nas contas públicas portuguesas. Vai como segue:
1 – Criação de um Imposto Sobre o Consumo do Ar. O ar é um bem limitado e raro (deste, só no planeta terra). Não é justo que o Estado gaste tanto dinheiro a manter o ar respirável e depois os cidadãos usem e abusem do mesmo. Assim, o imposto seria progressivo e teria escalões directamente relacionados com a idade e peso dos utilizadores. Propomos um valor mensal de 5 euros/mês para o escalão mais baixo, subindo até 25 euros/mês para os grandes gastadores;
2 – Lançamento do Imposto de circulação de Peão. O peão desgasta a pedra dos passeios e o alcatrão que pisa. Não faz sentido ser o Estado a continuar a pagar o desgaste do piso e, mais, é injusto para quem não utiliza o chão (por exemplo, os acamados crónicos, os doentes em coma, os bebés e os idosos que já não andam);
3 – Aumento do IVA para 31%. A verdade é que após uma primeira reacção negativa os cidadãos já se habituaram a ter o IVA a 21% e ninguém sofreu por aí além. Isto só prova que o aumento do IVA só afecta as pessoas psicologicamente, pelo que a fixação da taxa em 31% não vai chocar nem afectar em excesso a população e vai ter efeitos evidentes no controle do défice público;
4 – Institucionalização do Imposto Sobre o Uso dos Lavabos. Não há português que não use os lavabos diariamente. Esta situação gera um aumento tremendo na carga suportada nas canalizações e esgotos, contribuindo para um desgaste acelerado dos mesmos. Com este imposto, a incidir sobre a totalidade dos cidadãos, pretende-se uma maior justiça fiscal e a efectiva aplicação do princípio do utilizador/pagador.
Aqui fica a prova de que os membros deste blog se preocupam com o bem-estar dos portugueses, são responsáveis e sabem o significado da expressão “solidariedade institucional”. Agora é consigo, Senhor Primeiro-Ministro!

"Má Temática" - Apresentação

Como devem ter reparado os nossos habituais frequentadores, ultimamente andamos a trocar o texto criado pelas imagens e desenhos. Sintomas da falta de tempo, digo eu.
O que não deixa de ser pouco abonatório para a nossa capacidade crítica e criativa, tendo em conta que somos quatro (sem contar com a cadela do Inspector).
Por essa via, e depois dos choques criados pelo Governo, muitos dos quais relacionados com o aumento da miséria quotidiana dos portugueses, os residentes da "Aldeia" decidiram introduzir também os seus choques. No caso, a ver se espevitamos um pouco o blogue, impomo-nos um certo ritmo de escrita e voltamos às origens.
Nessa medida, e não obstante o projecto "Viagens na minha Terra" do Viriato, que nunca mais sai da gaveta cerebral em que ele o meteu, estar quase a colocar a cabeça de fora, aqui o vosso ilustre decidiu também avançar com um projecto da sua autoria, denominado "Má Temática".
O projecto tem esse nome por três razões: primeira, porque as temáticas do projecto não são exactamente as melhores; segunda, porque combinadas as palavras temos uma ciência exacta, que é coisa em que os portugueses são reconhecidamente maus; terceira, porque em francês (muito adaptado) tal expressão corresponde a "minha temática".
O "Má Temática" abordará todas as semanas um tema diferente, com subtítulos diários de segunda a sexta-feira. Ou seja, um tema semanal será sempre subdividido em cinco diferentes temas com ele relacionados. Sem prejuízo dos normais posts que entretanto poderei ir inserindo e assim se justifique face à caminhada do País para o abismo.
O primeira tema, já seleccionado para a próxima semana, será, segundo tudo leva a crer, "a pornografia". Nada como arrancar com um tema polémico para ver se depois a coisa vai piorando de nível escrito ao longo das demais semanas, como acontece em todo o lado (surpreendentemente, a meu ver, até com o Espectro do Vasco Pulido Valente e da Constança Cunha e Sá).
A única dúvida que ainda subsiste é se, pelo menos nos textos da próxima semana, junto ou não imagens do tema aos textos. Deverá este blogue baixar assim tanto de nível? Deixo a questão em aberto para os demais residentes.

A ALDEIA DÁ AS BOAS VINDAS

NÃO HÁ FANS COMO OS DA ALDEIA

A ALDEIA ESTÁ DE LUTO

terça-feira, 7 de março de 2006

Para quando o cargo de "mediador ministerial de viagens ao Estrangeiro"?


Os gajos têm umas piadas giras de quando em quando...

Se o que é preciso é dar a cara...

Está na altura de darmos a cara

Taxas moderadoras aumentam 23%

É esta a notícia do dia: o nosso iluminado Governo resolveu aumentar as taxas moderadoras em mais 23%.
Além do referido aumento representar uma grande ajuda para a inflação, também simboliza o apoio do Estado a todos os cidadãos que se encontrem numa frágil situação de doença…quiçá é um aumento simbólico, preparando-nos a todos psicologicamente para brevemente a taxa do IVA subir, também ela, para os tais 23%.
Dentro da lógica do Governo eu até diria mais:
- Não há razão para os pais alimentarem e cuidarem dos filhos; quando eles nascem deviam ser abandonados à porta da maternidade, com fraldas e leite para cinco dias, e ir à vidinha deles;
- Qual o motivo para os filhos cuidarem dos pais idosos; uma bala na nuca, na altura certa, e tudo fica resolvido (e, ainda por cima, os filhos da mãe abandonaram-nos à porta de maternidade);
- Inexiste justificação para os doentes serem apoiados pelo Estado; querem saúde, pagam! (oopppssss, parece que desta última o Governo já tratou).
Gooooooo Xócrates!!!!

segunda-feira, 6 de março de 2006

Para variar, um pouco de velocidade

Prossegue o esforço de modernização das nossas polícias

A P.S.P. de Queluz já desesperava.
Finalmente, na passada sexta-feira de manhã, após mais de quatro anos de espera, chegaram os tão desejados dois coletes antimotim.
Vinham directamente da Direcção Nacional da PSP. Fabricados pela empresa sueca Swedish Body Armour, pesavam nove quilos cada um.
No entanto, quando abriram os coletes, os agentes da P.S.P. verificaram que a validade dos mesmos tinha expirado em 1996.
Ao que parece, fora de prazo, os equipamentos oferecem uma protecção quase nula.
Reclamam silenciosamente os policias.
Ingratos, digo eu, uma vez que lhes podia ter calhado em sorte os coletes não utilizados na guerra colonial.
Pergunta indiscreta: alguém já verificou as características dos computadores seleccionados para o choque tecnológico?

Quanto custava a bica em escudos?

Ocioso, fui ao café e pedi uma bica. Na conversa com o dono do estabelecimento logo lhe disse: “50 cêntimos por um cafezito deve ser quase só lucro, han?!”.
Resposta pronta: “A bica não aumentou desde o escudo: era 100 escudos e agora é 50 cêntimos; está na mesma!”.
Digo eu: “C’um caneco, Senhor V., onde é que a bica era a 100 paus? Uma bica era 50-60 escudos; agora, passados quatro anos, está no dobro”.
O empresário tentou manter a dele e disse já mais timidamente: “Era 100 escudos…”.
Foi nessa altura que os outros clientes saltaram em minha defesa, alguns falando já mais alto, dizendo que nunca foi a 100 escudos e que era a 50-60 e só nalguns lados a 65; nunca a 100!
O Senhor V., já vencido, disse baixinho: “Vocês têm de ver que as nossas despesas também aumentaram…!”.

“O espectáculo dos carros roubados”

Aqui há uns dias o Telejornal transmitiu uma noticia segundo a qual à porta do Tribunal do Seixal havia um sem número de viaturas apreendidas à ordem daquela instituição, as quais se encontravam no estacionamento da mesma, totalmente vandalizadas. Dizia-se ainda que esses automóveis iam ser rebocados e transportados para um sucateiro, o que, efectivamente (e finalmente), veio a acontecer.
É claro que a existência daquela situação à porta do referido Tribunal não é notícia para quem o frequenta ou junto dele habita. Nem sequer afectou, estou certo, os responsáveis por impedir que tais factos tivessem ocorrido repetidamente ao longo de anos e à vista de todos.
O insólito ocorreu quando na semana passada este vosso amigo estava junto do edifício em causa e foi abordado por um casal de idosos que, muito delicadamente, perguntaram se lhes podia apontar onde era “o espectáculo dos carros roubados”.
Tive imensa pena mas fui obrigado a apontar e dizer: “era ali, mas chegaram tarde, já foram todos rebocados”. Em resposta o Senhor logo disse: “já é azar…isto em Portugal funciona tudo mal; dão a notícia na televisão e quando a pessoa cá vem já não há nada para ver!”.
Caramba, já nem na televisão se pode confiar!

sexta-feira, 3 de março de 2006

A obra e a pastilha

Um miúdo americano, quiçá herdeiro das melhores castas americanas como a família Bush, resolveu colar uma pastilha a um quadro que vale uns milhõezitos de dólares.
Ninguém terá explicado ao miúdo que aquilo não era uma exposição de desenhos do pessoal da creche ao lado, penso eu.
O surpreendente da história é que o miúdo só levou uma suspensão escolar. Nos E.U.A. até era de esperar que uma coisa destas fosse punida com a prisão perpétua (no mínimo).
Tivesse sucedido cá em Portugal e a TVI já tinha posto o Ministro Alberto Costa a dizer cobras e lagartos das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens.

A razão porque o Viriato deixou de andar ao engate na net

Duplo olé!


Meu caro Inspector, esqueceste-te, quando foste a Espanha, de um dos idolos mais queridos dos Portugueses nos anos 50 e 60: o puto com voz de rouxinol espanhol chamado Joselito e que, ao crescer, transformou a sua voz em pio de gavião. Quantos e quantos não perderam as suas tardes em cinemas, ávidos de ouvir a voz do puto Joselito e da adolescente Marisol em filmes plenos de levar as lágrimas aos olhos e que nada têm a ver com os filmes sobre homossexuais candidatos este ano aos Oscares (que, a meu ver, e tal como bem refere hoje o "Inimigo Público", deve estar quase a mudar o nome para Fábia).
Este sim, é o representante do verdadeiro baú ibérico.

DEL FUNDO DEL BAU - OLÉ

Meus amigos,
Isto no que toca a pérolas conçonetistas, há que aprender com os romanos aqui do lado - façam uma busca na net e verão o que se pode encontrar.
Quando ao espécime que vos trago, tem clube de fans na net e tudo.
Ele é um romântico incansável, uma mescla dos nossos Tony de Matos e Marco Paulo, já com umas décadas de sucessos no pêlo.
Se o puderem ouvir, façam-no, que vale a pena.
Y arriba!

No fundo do baú



E já agora, porque não falar de Lindomar Castilho, esse brasileiro da chamada "música brega" que punha as senhoras a suspirar nos anos 70?

O homem ainda canta e continua a ser insultado pelo seu estilo brega no Brasil, ao que sei.

Mais um herói musical não reconhecido, com excepção notória do povo angolano. Ao que consta, ergueram-lhe lá um busto.

Se vamos ao baú, vamos todos



Já que estamos em momento de decência, chamo à colação o também sempre fabuloso e eterno "Conjunto António Mafra", que desde sempre tem merecido a melhor e maior atenção dos adeptos dos bailes e da música ligeira. Quem não se recorda de momentos musicais fabulosos, como o "Arrebita, Arrebita, Arrebita"? Quem não se recorda disto:


"Ai cachopa se queres ser bonita
Arrebita, arrebita, arrebita.

Casei com a Gabriela
por ela ter muita guita
Agora a minha espinhela
Arrebita, arrebita, arrebita

Ai cachopa
Se queres ser bonita
Arrebita, arrebita, arrebita

Mas que mulher ciumenta
No homem não se acredita
É de raça barulhenta
Arrebita, arrebita, arrebita

Ai cachopa se queres ser bonita
Arrebita, arrebita, arrrebita

Se à noite vou trabalhar
Ao sair há sempre fita
E quando me vê chegar
Arrebita, arrebita, arrebita

Ai cachopa se queres ser bonita
Arrebita, arrebita, arrebita


Pra mais tem pelo na venta
Será sempre uma esquisita
Ai com nada se contenta
Arrebita, arrebita, arrebita

Ai cachopa se queres ser bonita
Arrebita, arrebita, arrebita"
Nunca José Cid, Trovante, G.N.R. ou João Pedro Pais tiveram músicas com letras de tão longo alcance e cujo sentido fossem perceptível por todos os que ouvissem.
Hajam músicos que compreendam o sentimento intímo dos portugueses.
Obrigado por existirem, caro "Conjunto António Mafra".

quinta-feira, 2 de março de 2006

5 breves notas

1 – Quanto às criticas apontadas a este blog sobre não termos elementos femininos sempre gostava de esclarecer que os mesmos sempre estiveram presentes nas nossas vidas: há as mulheres que nos lavam a roupa, as que nos cozinham as refeições, as que nos... aquecem a cama! O que é que querem mais, carago?!

2 – Sobre a falta de criatividade sempre gostava de dizer que se os comentários fossem mais frequentes e ricos a tal criatividade dos membros do blog era muito ajudada...ainda assim estamos a pensar na criação de uma série de posts absolutamente originais intitulada “Viagens na Minha Terra”! Que tal?

3 – Quanto à questão do blog estar a evoluir para a pornochachada: isso é mau?!

4 – Há quem não nos ache piada? Mas esses julgam que nós estamos cá para os fazer rir?! Querem rir ouçam os discursos dos deputados no Parlamento...isto é um blog sério (esta teve piada, han?!).

5 - Quanto às fotografias que me foram enviadas devo dizer que eram...grandes, perfeitas e de aspecto delicioso.

RECORDAR É VIVER


Quem não se lembra deste memorável grupo, que nos saudosos idos de 60 animava bailes com sucessos inesquecíveis como «Milena» (da praia) ou «Diz-lhe»?
Pois é, olhando para o actual panorama da música da Aldeia, quanta saudade da criatividade desses outros tempos, onde reinava a ordem e a dessência moral, sem cartoons nem Lilianas.
E para todos quantos, cansados destes dias invernosos, relembram aquele amor de verão, ao som do doce e suave marulhar do mar, nada como trautear Foi noutra praia, num outro mar, no Verão passado, para quê recordar...

P.S. - A minha Argúcia uiva durante 2 horas sempre que houve a Milena - lembra-lhe aquele másculo doberman que conheceu num Agosto passado, em São Martinho do Porto.

Finalmente... eis que chega a luz ao fundo do túnel a esta aldeia

Resposta às queixas

Hoje decidi tirar um "post" para responder às críticas que têm sido cordialmente dirigidas a este blogue pelos poucos habitantes que nos povoam.
Assim:
Temos sido acusados de estarmos a introduzir posts pouco criativos com o passar do tempo.
É verdade, mas a culpa é do frio, o qual não leva à criatividade, mas à lareira. Com o calor, a coisa é capaz de voltar.
Temos sido acusados de não termos elementos femininos.
É mentira. Temos a cadela do inspector, que de vez em quando dá a sua opinião.
Temos sido acusados de não atendermos aos interesses das leitoras.
Não é verdade, tendo em conta que os habitantes da Aldeia têm os mesmos interesses que as leitoras lésbicas.
Temos sido acusados de não sermos sérios.
Este blogue não é para ser levado a sério, quantas vezes preciso de repetir?
Temos sido acusados de não termos piada.
Era suposto termos??
Temos sido acusados de estarmos a fazer evoluir o blogue para a pornochachada.
Meus caros, tirando a primeira fotografia da praia, em que andei a fazer experiências, e em que só por acaso estava lá uma jovem meio despida (não se via se as traseiras tinham ou não roupa) a brincar junto à agua, não foi junta qualquer fotografia a este blogue com poses porno ou mulheres nuas até agora. Por isso, não sei a que se referem. Se não sabem o que é arte fotográfica (com a Isabel, a Soraia e a Liliana, nossas ilustres ex-musas e musa, respectivamente), azar o vosso.
Por fim, o Viriato tem sido acusado de andar a receber fotografias de mulheres nuas no correio electrónico do blogue.
Desconheço a veracidade da coisa, mas, como sempre, o dono do poder é sempre o que se diverte mais...

A marca em cinco segundos

José Sócrates avançou ontem, felicíssimo, com a proposta de criação de um sistema para criação de marcas numa hora.
Penso que o Governo não está a ver bem a coisa, sobretudo quando possui uma entidade interna que já cria marcas em cinco segundos.
Quem queira criar uma marca própria, basta dirigir-se ao agente da P.S.P. mais próximo, chamar-lhe "c..." e verá que em menos de cinco segundos já tem pelo menos uma marca criada no corpo.
Para quê esperar uma hora, como pretende o Governo?

quarta-feira, 1 de março de 2006

Bruxelas garante fundo para desempregados

Depois do fundo, não há mais nada mesmo!
(Sim, é verdade, esta é o primeiro post da "Aldeia" com link externo a partir do título. Demorámos dois meses para aprender a trabalhar com imagens e 5 meses e meio para aprender a trabalhar com links externos a partir de títulos. Os links externos a partir de textos ficam para o próximo milénio).

O meu momento de felicidade!

Isto estava a ficar religioso demais.
Por isso, decidi apelar à musa do blogue para melhorar as aparências do mesmo.
Cuidai de nós, ó Liliana!

Momentos de felicidade

O Governo anda feliz porque a sua criação “Empresa na Hora”, que permite a criação de uma empresa em menos de 60 minutos ao invés dos cerca de 30 dias, teve, no mês de Fevereiro, mais de 46 constituições solicitadas por dia.
Antevejo, com grande sucesso, o fenómeno da criação seguinte "Liquidação de Empresa na Hora".

Vamos dar uma oportunidade ao Irão...