quinta-feira, 30 de março de 2006

Sobre os “Contratos de Fidelização”

De há uns anos a esta parte tornou-se vulgar neste chavascal que é Portugal as grandes empresas obrigarem os consumidores a subscreverem “contratos de fidelização” para lhes ser fornecido determinado serviço. Deste modo, assistimos a empresas de TV por cabo a exigirem a permanência dos utilizadores durante um ano, ou companhias de telecomunicações a obrigarem os utilizadores a uma “fidelidade” de 2 anos ou a lojas a lançarem constantemente os conhecidos “cartões de fidelização”.
Ora, antes de tudo cumpre dizer que fiéis são os cães, pelo que o próprio nome dos “contratos de fidelização” já deixa bem patente a falta de respeito e consideração que as empresas têm pelas pessoas que as sustentam.
Numa outra vertente, se uma empresa tiver confiança na qualidade dos seus produtos e serviços, por um lado, e na competitividade dos seus preços, por outro, não tem de se preocupar em obrigar por via legal os seus clientes a continuarem a consumir o que produz: serão os clientes a, naturalmente, manterem os seus hábitos de consumo perante quem bem os serve. Ou seja, se a empresa exige a fidelização dos clientes por via legal é porque reconhece que a qualidade do que vende e o respectivo preço não são competitivos ou poderão não vir a sê-lo a curto prazo. E se assim é, torna-se altamente injusto obrigar - por via legal - os consumidores a continuarem a gastar o seu dinheiro de forma irracional.
Parece-me que, como quase tudo em Portugal, também aqui os cidadãos estão a ser lixados e nem se apercebem porque, como tantas outras coisas, “é assim”!

1 comentário:

Bottled (em português, Botelho) disse...

É assim... mesmo, Chefe!!!!

E contra mim falo, que tenho um contrato de fidelização perpétuo em vida com a vinhaça!!!!

Hic Hic Hurra