segunda-feira, 13 de março de 2006

Um Ano de Governo

Li com atenção todos os comentadores da nossa praça durante este fim-de-semana e quase todos consideram, unanimemente, que José Sócrates está a ser um grande Primeiro-Ministro.
É nestas alturas que começo a pensar que a censura voltou e ninguém me avisou.
Tirando o sector da educação, onde reconheço o esforço denotado que tem sido efectuado pela senhora ministra do sector, o resto não me beneficiou, ou os portugueses, em nada.
Nas Finanças, correram com um Ministro isento, trocaram a direcção da C.G.D. para lá colocar o Armando Vara, aumentaram todos os impostos indirectos com excepção do I.V.A. (dava demasiada bandeira). Sem falar na colocação de Oliveira Martins no Tribunal de Contas.
Na Justiça, Alberto Costa e sus muchachos são claros erros de casting de quem não sabe o que anda a fazer. Não é à toa que este Governo apanha, pela segunda vez em toda a história da democracia portuguesa, com uma greve de juízes.
Na Saúde, o que era tendencialmente gratuito viu triplicado o seu preço (taxas moderadoras), sendo que o atendimento e o tempo de espera estão cada vez piores. Aliás, já este ano, fui às urgências de um hospital público, e depois de ter aguardado sete horas pela minha vez (eu mais os demais cinco gatos pingados que lá estiveram todo esse tempo a aguardar), dirigi-me à recepcionista e, perante o ar aflito desta, disse-lhe que preferia morrer em casa, para onde imediatamente me dirigi mas não morri.
No Ambiente, não existem planos de ordenamento do território, nem políticas. Apenas se fala em co-incineração como se isso fosse resolver todos os problemas ambientais dos portugueses. Além de que inserir um sistema de co-incineração num Parque Natural (Arrábida) diz tudo sobre o pensamento destes sujeitos para o ambiente.
Nas Obras Públicas, a OTA e a TGV já mereceram toda a discussão pública. Sou contra as mesmas nos moldes apresentados e penso que em nada vêm beneficiar a vida dos portugueses.
Na Economia, Manuel Pinho conseguiu trazer duas ou três empresas multinacionais para Portugal. A Coreia do Sul também conseguiu levar umas quantas lá para o sítio, ao que julgo. Além de se ter arranjado um tachozinho para o Fernando Gomes na “Galp”.
Na Tecnologia, apenas tive um choque, quiçá tecnológico, com a presença de oito ministros no beija-mão a Bill Gates. No resto, continuamos na mesma.
Na Administração Interna, as Polícias e Guardas continuam a protestar e a verem diminuídas as suas regalias. O que desmotiva e desencoraja. António Costa continua a ser excelente para os media e é isso que interessa.
Freitas do Amaral continua a ser um óptimo factor de primeiras páginas do “Expresso” pelas suas constantes gaffes.
A cultura não existe.
Alguém me explica mesmo porque é que o homem se revelou neste último ano um “grande Primeiro-Ministro”? Será por ser alto?

1 comentário:

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Esqueces-te daquele brilhante ministro, o..., como é que se chama? é o..., ai, tou mesmo a vê-lo... o..., o nome tá mesmo na ponta da língua... o..., o..., porra, é o..., enfim, vocês sabem.