Não, não é o filme (que até tinha uma banda sonora jeitosa)!
O título é apropriado tendo em conta a actuação (ou talvez não, uma vez que ele a nega, mesmo vendo as imagens) do eurodeputado Paulo Casaca, do PS (leia-se Partido do Sócrates), que se viu em amena confraternização com um grupo de terroristas.
Sinceramente, não sei qual é o espanto!
E digo-o por vários motivos:
1.º Um tipo do PS já está habituado a lidar com terroristas, sentindo-se em casa quando está perto de um, quanto mais estando no meio da alcateia;
2.º Qualquer tuga que se preze, esteja em que lugar do mundo estiver, e mesmo que sejam os acordes da marcha fúnebre que antecedem o seu fuzilamento, tem sempre o bichinho da música e da dança no corpo, pelo que dificilmente o conseguem manter sentado logo que os seus tímpanos ouvem o primeiro acorde, seja lá de que música se trate. Então se for o "Apita o Comboio" ou o "Quero Cheirar Teu Bacalhau", saiam da frente, que a pista é do artista!
3.º Seria extremamente indelicado, contrariando todas as regras protocolares nacionais e internacionais, dizer que não a amáveis convites, fazendo cara de contrariado e recusando-se a participar dos festejos, tanto mais que, ao que se sabe, os terroristas conseguem ter, não se sabe bem como, a arte mágica de bem persuadir todos aqueles que não alinham nos seus jogos.
4.º A questão também poderia ser colocada desta forma: saberiam os terroristas com quem dançavam? O perigo que corriam? Olha se ele soltasse uma flatulência no meio da música, sem que a Carolina Salgado estivesse por perto para acender um cigarro? A guerra química, mesmo entre os terroristas, é ainda um tema tabú! Mandar pelos ares uns quantos carros, desviar aviões e levá-los a embater em Pentágonos ou Torres Gémeas, treinar uns quantos homens-bomba para missões suicidas ainda é admissível, mas ele há coisas para as quais nem o mais treinado dos terroristas está preparado! E se o Casaca se vira e solta uma bojarda? Acabava-se logo a festa!
5.º Boatos que escutei na Taberna afirmam que ele estava lá em missão governamental secreta, portanto não era matéria da União Europeia, que pretendia apurar se aquele grupo terrorista também aceitava pequenas missões. Ao que parece, o nome de Marques Mendes teria vindo ao baile, perdão, à baila. Mas, infelizmente, são meros rumores e não posso confirmar a veracidade dos mesmos.
Hic Hic and the show must go on, como cantavam os Queen!