terça-feira, 25 de julho de 2006

Há quanto tempo não falavámos de padres?

Por um destes dias, o senhor padre Mário, titular da Paróquia de Trofa do Vouga, em Águeda, estava muitíssimo bem a celebrar a sua missa, na sua paróquia, quando um indivíduo ucraniano bateu-lhe com violência no carro, que se encontrava estacionado a escassos metros da igreja.
Quando terminou a eucaristia e viu um ajuntamento de populares junto ao seu carro, todo amassado, o sacerdote soube então que o estrondo que tinha ouvido durante a missa e que causou um certo burburinho, sobretudo ao fundo da igreja, tinha envolvido a sua viatura, e não que aquilo se destinava a qualquer efeito especial divino em virtude do seu sermão.
Os paroquianos que ali se encontravam contaram, então, ao sacerdote, que os estragos tinham sido causados por um ucraniano, que tinha tentado fugir, mas que já tinha sido apanhado pelos populares e entregue à GNR. Populares não paroquianos, entenda-se, uma vez que estes últimos supostamente ainda estariam dentro da Paróquia no momento do embate.
Chegada ao local, a GNR verificou que o ucraniano não tinha carta de condução (também já começam a serem raros os portugueses que a tem).
“Amassou-me as duas portas do lado esquerdo e partiu-me o espelho retrovisor”, explicou o padre Mário à comunicação social.
Por incrivel que pareça, três informações bastante pertinentes não foram elucidadas pela comunicação social.
A primeira, qual a marca do "Bolinhas" do senhor Padre. Valeria a pena tanta choradeira por uma lata velha ou também era um Audi como o do senhor Padre Melícias? (vi a carripana do Padre Melicias na "Sábado" e ainda continuo parvo com o que os franciscanos fazem hoje em dia).
A segunda, é se o ucraniano bateu no carro do senhor Padre só com o corpinho ou também com um carro.
A terceira, porque carga de água o senhor Padre estacionou à porta da Igreja, sabendo que aquele é um local onde passa muita gente embriagada após beber o "sangue do senhor", entenda-se tintol, durante a eucaristia. Ou seja, o senhor Padre estava a pedi-las.
Moral da história: os padres deviam cumprir voto de pobreza nas suas deslocações para a missa e deixar o Audi na garagem de casa nessas ocasiões.
Andar de bicicleta é um acto glorioso e andar a pé é um acto divino (já Jesus andava a pé sobre as águas, sem precisar de barcos ou de outros transportes de luxo).

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