Warcraft
“O telefone tocou novamente. Era definitivo. Ninguém naquela noite o queria deixar pregar olho. Depois do seu homologo russo e do tipo chinês, só faltava a Condolezza. Acertou na interlocutora.
- Diogo, my dear friend, como estás?
- Olá, Lezza. Eu sei que aí nos States ainda não é de noite, mas sabes que horas são em Portugal?
- Meu caro, o que significam as horas quando está em causa o destino do mundo e da humanidade? Sabes do que estou a falar, não sabes?
- Sim, os teus amigos russos e chineses já falaram comigo, dizendo-me para me manter firme e não ceder a pressões.
- Não lhes ligues. Sabes perfeitamente o que está em jogo. Portugal tem de avançar e declarar guerra ao Irão. É a única esperança que temos de vencer o terrorismo nuclear.
- Não percebo porque temos de ser nós, vocês é que têm a maior força militar do mundo. Quero dizer, a China também deve ter, não sei… isto já não são horas de pensar nisso!
- Meu caro Diogo, é muito simples. Os iranianos não conhecem Portugal. Sabem apenas que vão jogar contra vocês naquele desporto estúpido que vocês europeus adoram. Eles disseram que atacavam Israel se nós os atacássemos. Os ingleses não querem meter-se em mais nenhuma confusão depois do Iraque. Os franceses e os alemães falam muito como bons europeus, mas na hora da acção, calam-se. Os espanhóis estão mais entretidos com as questões internas e depois do atentado de Madrid querem ver-se longe de outras guerras. Sobram vocês. Vocês são a única potência aliada sobre a qual o Irão ainda não se pronunciou sobre o que irá fazer no caso de ser atacada. Vocês não têm qualquer relação especial de amizade com Israel e até são mais conhecidos por defender as posições do Hamas, tendo uma imagem mais reforçada depois de terem defendido o mundo muçulmano naquela questão ridícula das caricaturas. Além do mais, não são conhecidos quaisquer planos terroristas para atacar alvos em Portugal, ao contrário dos outros países, pelo que as vossas bases militares dificilmente seriam surpreendidas nos próximos tempos por qualquer ataque árabe, dado o tempo necessário para preparar um ataque dessa dimensão. Vocês são, indiscutivelmente, o país mais capacitado para atacar o Irão e salvar o mundo das garras do perigo nuclear.
- Já percebi, já percebi. Mas como é que vou explicar isso aos meus compatriotas?
- Diga que é tudo enquadrado no âmbito da intervenção das Nações Unidas. Penso que nenhum compatriota seu de boa saúde mental irá pensar que Portugal se irá meter nisso sozinho sem o apoio da ONU. É o chamado factor surpresa, meu caro.
- Vou pensar nisso. Boa noite, Lezza. E, por favor, não me telefone mais esta noite, está bem?
- Bye Bye, Diogo”.
Perceberam agora o discurso de Freitas do Amaral ontem na Assembleia da República?
- Diogo, my dear friend, como estás?
- Olá, Lezza. Eu sei que aí nos States ainda não é de noite, mas sabes que horas são em Portugal?
- Meu caro, o que significam as horas quando está em causa o destino do mundo e da humanidade? Sabes do que estou a falar, não sabes?
- Sim, os teus amigos russos e chineses já falaram comigo, dizendo-me para me manter firme e não ceder a pressões.
- Não lhes ligues. Sabes perfeitamente o que está em jogo. Portugal tem de avançar e declarar guerra ao Irão. É a única esperança que temos de vencer o terrorismo nuclear.
- Não percebo porque temos de ser nós, vocês é que têm a maior força militar do mundo. Quero dizer, a China também deve ter, não sei… isto já não são horas de pensar nisso!
- Meu caro Diogo, é muito simples. Os iranianos não conhecem Portugal. Sabem apenas que vão jogar contra vocês naquele desporto estúpido que vocês europeus adoram. Eles disseram que atacavam Israel se nós os atacássemos. Os ingleses não querem meter-se em mais nenhuma confusão depois do Iraque. Os franceses e os alemães falam muito como bons europeus, mas na hora da acção, calam-se. Os espanhóis estão mais entretidos com as questões internas e depois do atentado de Madrid querem ver-se longe de outras guerras. Sobram vocês. Vocês são a única potência aliada sobre a qual o Irão ainda não se pronunciou sobre o que irá fazer no caso de ser atacada. Vocês não têm qualquer relação especial de amizade com Israel e até são mais conhecidos por defender as posições do Hamas, tendo uma imagem mais reforçada depois de terem defendido o mundo muçulmano naquela questão ridícula das caricaturas. Além do mais, não são conhecidos quaisquer planos terroristas para atacar alvos em Portugal, ao contrário dos outros países, pelo que as vossas bases militares dificilmente seriam surpreendidas nos próximos tempos por qualquer ataque árabe, dado o tempo necessário para preparar um ataque dessa dimensão. Vocês são, indiscutivelmente, o país mais capacitado para atacar o Irão e salvar o mundo das garras do perigo nuclear.
- Já percebi, já percebi. Mas como é que vou explicar isso aos meus compatriotas?
- Diga que é tudo enquadrado no âmbito da intervenção das Nações Unidas. Penso que nenhum compatriota seu de boa saúde mental irá pensar que Portugal se irá meter nisso sozinho sem o apoio da ONU. É o chamado factor surpresa, meu caro.
- Vou pensar nisso. Boa noite, Lezza. E, por favor, não me telefone mais esta noite, está bem?
- Bye Bye, Diogo”.
Perceberam agora o discurso de Freitas do Amaral ontem na Assembleia da República?
2 comentários:
Primeiro o Irão, depois a Siria, de seguida O MUNDO...o F. Pessoa tinha razão: o V Império está à porta!Por mim avançava-se já com o processo de reconversão das traineiras em barcos de guerra e das alfaias agrícolas em carros de assalto...pelo menos dava-se-lhes alguma aplicação pratica.
P.S. - Será que a U.E. nos subsidiava isto?
Brilhante!!!
Depois, o Freitas acordou!...
(tem que deixar de tomar aqueles comprimidos fora do prazo de validade para dormir)
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