segunda-feira, 24 de outubro de 2005

"Overdose" de candidaturas

Estou a ficar deveras surpreendido com a quantidade de candidatos a candidato que estão a aparecer para disputar estas eleições presidenciais.
No mesmo dia em que Cavaco Silva anunciava perante o País o que toda a gente já sabia, apareceu um António Ribeiro, dizendo-se do Bloco de Esquerda e afirmando ser a sua candidatura uma candidatura contra o aparelho do seu partido. Ou seja, o Bloco de Esquerda também já tem o seu Manuel Alegre, com a diferença que ninguém sabe quem é este indivíduo.
No sábado, a SIC, no seu jornal da noite, passa uma peça sobre um auto-intitulado "veterano da guerra", filmada junto à zona da Torre do Belém, de cujo nome apreendi apenas um "Almeida", que também se propõe ir a votos.
Pensei que a coisa estava a começar a atingir um fundo de ridículo, e estava a verberar em voz alta a minha indignação, quando me aparece o meu fiel Jacinto, algo embaraçado, a enrolar o boné nas mãos.
"Bom, a propósito dessa coisa das presidenciais, senhor Marquês... não sei como lhe pedir isto... lembra-se da minha irmã Ermelinda que vive na Musgueira, lá em Lisboa?...não se lembra?...pois....ela tem um filho, o Tóli... quero dizer, o António Luís...é um bom filho, sabe... de vez em quando é que se mete naquelas coisas das drogas... mas é bom rapaz... bom, parece que ele também quer ser candidato a presidente...e uma vez que não conhece ninguém com importância, sabe como é... pediu-me para lhe perguntar se conhece alguém que pudesse divulgar a campanha dele, dar a conhecer as ideias...".
Este homem estava, decididamente, aliado com o Viriato e com o Zé Porvinho para me tirarem do sério no final da semana passada!

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