quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Juízes vingam-se do Governo

Esta era, no fundo, a ideia transmitida por um artigo do Expresso deste fim de semana, com destacada chamada para a 1.ª página.
Afinal, esta onda de impune criminalidade que se assiste no país, com assaltos à mão, pé e sei lá mais que armado, sendo os pouco apanhados depois soltos após serem ouvidos por um JIC, resume-se a uma atitude revanchista dos magistrados pela perda de privilégios.

Não podiam estar mais cheios de razão!
E a revolta prossegue.
Ainda ontem se soube que um juiz deu nova «porrada» no Estado, ao condená-lo a pagar uma pesada indemnização a Paulo Pedroso por este ter sido abusivamente sujeito à medida de coacção de prisão preventiva.

Pena pena, é não haver práí um juiz com tintins que passasse uns mandados de captura a essa corja de criminosos que se acoitam lá no eixo São Bento - Terreiro do Paço (é que conheço uma boa dúzia de agentes que se degladiariam para cumprir, zelosamente, tais ordens!)...

2 comentários:

Ana disse...

E também resta saber se o Ministério Público vai ter a coragem de recorrer.
Essa dúvida é que me atormenta.
E há-de atormentar muita gente no Largo do Rato.

A seguir virão as indemnizações devidas ao Carlos Cruz, ao Ferreira Diniz e por aí adiante.
Aquilo foi um fartote de erros grosseiros.

Abraço

Anónimo disse...

Os portugueses são os reais culpados da situação em que o país se encontra porque não são capazes de "dar um pontapé no rabo dos políticos que temos". Eu não me revejo em nenhum dos partidos do panorama político português, da extrema direita à extrema esquerda: os primeiros, apesar de falarem agora na questão da criminalidade tiveram uma política igual à que o actual Governo seguiu até agora, e, para desviar a atenção, fala muito na violência doméstica (que até mudou drásticamente, para melhor, no pós 25 de Abril); os outros, os de esquerda, têm o complexo do excesso de segurança e preferem a anarquia actual. Devem ter ficado traumatizados pelo anterior regime e pela perseguição política. Falam também muito na tal questão da violência doméstica.

Uma coisa é certa apenas mais polícia não resolve nada se não tiver autoridade para actuar eficazmente e isso representa por vezes ferir e matar alguém. Os polícias são homens e como tal podem falhar. A polícia do Rio de Janeiro tem tido bastante sucesso nas suas investidas nas Favelas mas tem morrido muita gente: criminosos, polícias e outras pessoas apanhadas em fogo cruzado. É assim que a pouco e pouco a polícia vai recuperando zonas onde já não se aventurava e que estavam abandonadas pelas autoridades: são zonas onde são as máfias quem manda.

Zé da Burra o Alentejano