Parecer de Vale e Azevedo contraria as conclusões de Freitas do Amaral

A polémica continua instalada no futebol lusitano.

Com efeito, a aldeia ficou a saber em primeira-mão que o FC Porto, pela mão do seu presidente vitalício Pinto da Costa, contratou o experiente jurista Vale e Azevedo, no seu escritório, que é igualmente residência oficial e suíte de luxo, em Londres, e que este se teria pronunciado sobre o que sucedeu na última reunião do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol.

Para Vale e Azevedo, ao contrário do que foi defendido por Freitas do Amaral, a situação é bem clara, já que, como se pode ler num excerto do seu parecer subscrito no verso de um guardanapo de papel de um estabelecimento de restauração e bebidas sito em frente à Abadia de Westminster, é intolerável, num Estado de Direito Democrático, que as instituições não respeitem as decisões dos Presidentes validamente eleitos para o exercício das funções nos vários órgãos e queiram, à semelhança do que sucedeu num passado recente com ele próprio, arranjar bodes expiatórios naqueles que se empenham e lutam em prol do desenvolvimento de uma modalidade com os pergaminhos do pontapé na bola.

Indignado, considera que a reunião deveria ter terminado quando o Presidente do Conselho de Justiça assim o determinou, equiparando os restantes membros daquele órgão federativo a terroristas que usurparam o poder, pelo que não poderiam proferir qualquer decisão válida, muito menos a que condenou um clube tão nobre e excelso como o FC do Porto.

Pinto da Costa, por seu turno, em parcas declarações, explicou a escolha de Vale e Azevedo com um lacónico: "Era do Benfica, não era? Foi dispensado por eles, não foi? Então o FC Porto, por uma maquia generosa, não tem dúvidas que pode servir para nós! Além do mais, tem muitos pontos de contacto com a filosofia que eu próprio professo e, neste breve contacto que mantivemos, ainda me deu umas quantas dicas de locais para fuga caso a coisa dê para o torto..."

Hic Hic Hurra