sexta-feira, 14 de março de 2008

Se a protectora dos animais sabe...


A aldeia reconhece que a arte é algo de muito estimulante.
E, por vezes, tem a noção que a mensagem subjacente a muitas obras está vertida apenas na mente criadora de quem as elabora, não estando ao alcance dos restantes mortais.
Contudo, tem algumas dúvidas sobre a estátua que ora apresenta.
Será que o escultor queria revelar ao mundo a sã convivência que deverá existir entre a espécie humana e os primatas ou as restantes espécies do mundo animal?
Haverá um qualquer outro desígnio, porventura mais maroto, que explique aquela figura?
Ou será que estão, "ambos os dois", a fazer macacadas?
Ajuda, precisa-se...
Hic Hic Hurra

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro vizinho,

Como dizia um filósofo francês chamado Paul Ricoeur, a obra de arte (por acaso ele falava em obra literária mas enfim, para nós é o mesmo) ganha autonomia semântica quando é terminada e é exposta ao mundo. A partir desse momento o significado da obra de arte já não é determinado pela intenção do autor mas sim pelo significado que cada espectador lhe dá. E isto porque entre nós e o autor da obra que ali apresenta há um vazio que nos impede de aceder à psique do autor. Ricoeur mostrou que é impossível saber o que o autor tinha em mente quando escreveu ou concretizou algo.

Assim, o que é que para o fil. francês determina o significado de uma obra de arte? A própria psique de quem a observa. Portanto, o significado que damos àquela magnífica escultura é determinado pelos nossos pré-conceitos, pela nossa cultura, pelas nossas vivências, pelos nossos desejos...Não sei se me estou a fazer entender...

Anónimo disse...

Ou seja, nunca saberemos se o autor da escultura tinha um «desígnio mais maroto». Mas se a protecção dos animais se passar já sabemos em que maldades eles têm andado a pensar.

Anónimo disse...

Eu não guardo "Rincoeur" a quem vê ali coisas escabrosas e apenas acho que se deveria avisar a PSP, pois o primata menor parece estar a tentar roubar a carteira do primata maior.
Pelo sim, pelo não, tenta meter a mão esquerda no casaco e a direita no bolso traseiro(salvo seja) da calça.
Quanto ao resto, honni soit qui mal y pense...

Onde é que eu já li isto?



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