Primeiro decide-se, as consequências aparecem depois na comunicação social

Parece ser este o lema do Governo, pois uma vez mais chegamos à conclusão que só depois de tomadas as medidas é que se lembram dos efeitos que produzem.
Vem a conversa a propósito da justificação aventada (ou inventada, se querem saber tanto me faz) pelo actual Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, o qual reconheceu publicamente que não sabia os efeitos da medida tomada pelo Ministério em prescindir dos serviços das chamadas "tarefeiras" que, em Viseu, possibilitavam que crianças deficientes (e pelo menos uma tem uma deficiência que obriga a constantes cuidados) continuassem a sua vida e conseguissem estudar.
Não sabemos se alguém poderá ficar indiferente à mensagem manuscrita pelo jovem em causa, na qual solicitava o retorno da "tarefeira" em questão, mas não podemos deixar de salientar que esta política de corte a direito nos gastos está a conduzir-nos a situações de graves injustiças sociais e seria bom que alguém, com responsabilidades na matéria, se recordasse do nome do Partido actualmente no Governo e no que significa a palavra social, que está na génese da sua designação.
Quando, por outro lado, verificamos que o Orçamento de Estado para 2008 prevê uma rubrica no valor de 61 milhões de euros (e mais alguns trocos, para o gasto) só para viagens, num acréscimo de 10 milhões relativamente ao ano transacto, e se nos lembrarmos que nessa altura Portugal já não estará a presidir aos destinos da Europa, estas medidas apenas me suscitam uma grande e desolada, porquanto incrédula, gargalhada!
Apertem o cinto, malta, que isto cá nos centros decisórios é porreiro, pá...
Hic Hic Hurra