segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pregado à função... pública



A Caixa Geral de Aposentações não deixa de nos surpreender com os seus inovadores critérios de apreciação das deficiências e problemas de saúde dos funcionários públicos.
Já nem falamos dos casos dos professores que, tendo sido diagnosticada a existência de tumores, foram considerados aptos e colocados a leccionar até lhes dar o badagaio.
Também não queremos referir o caso, ainda a quente, daquela senhora que, tendo realizado, faz agora três anos, uma cirurgia à coluna vertebral que não correu bem e que a incapacitou, situação já diagnosticada e acompanhada dos respectivos relatórios médicos, hoje regressa ao activo porque a Junta Médica decidiu que ela estava em condições de o fazer.
A aldeia sabe, porém, que tudo resulta apenas do cumprimento de uma promessa que o nosso actual Primeiro fez quando se candidatou: o de criar mais postos de trabalho. Estamos, pois - rejubilemos todos - a experienciar uma situação que raramente é vivida nos dias que correm: um político que cumpre promessas.
Obviamente que o facto de os postos de trabalho já existirem e estarem a ser preenchidos por quem já não tem condições de saúde, infelizmente, não fazia parte da promessa.
E até temo pelo veredicto deste meu amigo que, sendo funcionário público encarregue da realização de pequenas reparações num estabelecimento prisional, sempre que tinha de ir colocar um quadro à cela dos presos mais violentos vinha de lá com uma pequena surpresa, bem visível nas radiografias que leva para a Junta Médica que tem marcada para amanhã.
A ver vamos se a enfermidade é relevante ou se, tal como os outros, ele apenas vai lá pregar para os peixes, qual Santo António.
Hic Hic Hurra

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