segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Um mistério chamado D. Sebastião - um pouco da nossa estória em suaves prestações diárias



(continuação)

PARTE VI

D. Luís Adorado aceitou o convite que lhe foi endereçado para Ministro para a Representação do Reino de Portugal Além-Mar, Além-Rios, Além-Lagos e Além-pequenas poças de água da chuva, ele que era um nobre formado em Diplomacia Mais Que Subtil Onde Tudo Se Consegue Sem Que Os Outros Notem E Quando Dão Pela Coisa Já Não Há Volta A Dar Ao Texto pela Universidade de Freetown.
A ele competia velar pelas boas relações internacionais existentes entre Portugal e as outras Nações (sobretudo com os chatos dos Holandeses, Franceses, Espanhóis e Ingleses, que teimavam em não deixar os mares só para os navegadores portugueses), assim como abafar os eventuais escândalos do reino a nível internacional.
Para além de ser membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Aliadas e de pertencer ao famoso G3 (onde todos falavam ao mesmo tempo e de forma ininterrupta, o que, mais tarde, inspiraria um modelo de arma que seguia o mesmo princípio político, mas desta vez com munições a sério, vulgo balas, no interior dos cartuchos), ficou conhecido por fazer entrar para o seu Ministério um grupo de pessoas que possuíam tendências sexuais esquisitas, já que falavam de modo estranho, bamboleando-se com frequência, com uma voz fininha e abusavam das cabeleiras brancas encaracoladas, das pinturas faciais e do pó-de-arroz, dando-lhes cargos de relevo, tais como embaixadores ou adidos culturais.
Para Ministra dos Ensinamentos À Reguada Que Até Ferve foi nomeada Madre Maria Gertrudes Intrigues, uma alta representante do Clero formada em Persistência Técnica Natural de Adoração ao Altíssimo Mas Numa Perspectiva Mais Terrena pela Universidade dos Pastéis de Belém (onde, segundo contava a íntimos, lhe foi revelado que aqueles doces deveriam ser servidos quentes, acompanhados de canela e cana-de-açúcar em pó).
A ela competia a criação de novas escolas, o apoio aos desportos nos estabelecimentos de ensino, bem como a boa implementação e conservação dos equipamentos escolares, desportivos ou não.
A ela se ficou a dever a criação da primeira Universidade privada em Portugal (no Cartaxo, em 1582), a criação das primeiras propinas de valores astronómicos nas Universidades Privadas e o forte apoio à Selecção Nacional Juvenil de Tiro aos Alentejanos, Algarvios, Tartarugas, Preguiças, Caracóis e outros Bichos Irrequietos do Género.
A ela, por fim, se ficou a dever a criação de um visionário projecto de ensino à distância, colocado em prática em parceria com o Ministério de D. Açaime Urtiga, que consistia em levar a escola até às populações, onde os professores eram colocados em aparelhos de tracção animal cuja ralha, à medida que eles passavam e ensinavam os mais jovens que traziam sacos com sementes, tratava de rasgar, revolver e tornar plantáveis os solos, assim crescendo o nível literário do povo em simultâneo com o cultivo dos vegetais e legumes do reino. Este projecto ficou conhecido por haver sido baptizado, pelo povo, de "Charrua que vais para a Rua" e por, séculos mais tarde, ter servido de inspiração para um triste fado.
(a continuar)

Hic Hic Hurra

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