quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Um mistério chamado D. Sebastião - Um pouco da nossa estória em suaves prestações diárias


(continuação)

PARTE IV

Para Ministro dos Ofícios e das Artes Produtivas foi solicitada a presença de D. José Pieira da Selva, respeitável nobre que andava sempre com um olho no burro e outro no cigano, formado em Recursos Desumanos e Animalescos pela Universidade da Bairrada.
A ele competia solucionar o problema dos desempregados, o que conseguiu mediante a implementação de duas medidas de extraordinário alcance prático: em primeiro lugar, decretou o despedimento de todos aqueles que já tinham um emprego e ordenou a colocação no seu lugar, em regime de substituição, de todos aqueles que estavam desempregados; depois, realizou um protocolo com D. António Chicote de Matos, que necessitava de povoar umas quantas propriedades de repouso eterno e reencaminhou para lá todos os que se atreviam a entrar nas casernas da Segurança Social à procura de um subsídio de desemprego.
Para Ministro do Sector Recuado do Reino, e jogando a líbero, foi requisitado D. Nuno Gentiliano da Beira, um nobre formado em Técnicas Psico-Tácticas para Reformar Coronéis à beira da Promoção pela Universidade de Marrocos.
A ele cabia a administração das tropas reais, a sua mobilização em tempo de guerra e a manutenção de elevados índices de moral nos combatentes em tempo de paz (nomeadamente, através do fomento da prática de jogos de dominó e de xadrez, que permitiam manter o vigor físico e a agilidade daqueles corpos musculados, bem como um concurso sobre os maiores contadores de anedotas sobre um particular filósofo grego da antiguidade, cujo prémio supremo era a expulsão do exército e, se não fosse lesto de pernas, o empalamento em cerimónia pública).
(a continuar)

Hic Hic Hurra

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