quinta-feira, 21 de junho de 2007

People are strange

A polícia indiana descobriu o esconderijo de centenas de ossos humanos e procedeu à detenção de um gang suspeito de realizar contrabando de esqueletos para serem usados em mosteiros budistas no Butão (reino que fica entra a China e a Índia).
"Durante o interrogatório, eles confessaram que fémures humanos ocos têm grande procura em mosteiros, onde são usados como instrumentos musicais. As caveiras servem, também, como taças em cerimónias religiosas", disse o encarregado da investigação, Ravinder Nalwa.
É a segunda vez que a polícia encontra ossos humanos no leste da Índia desde Abril, o que os leva a acreditarem que aquela região seja o centro de um grande mercado negro, o qual teria igualmente entre os compradores países como a Tailândia e o Japão.
Os dois casos parecem ter como fornecedores os crematórios de Varanasi, uma cidade sagrada hindu no norte da Índia, onde milhões de pessoas são (ou deveriam ser) cremadas anualmente.
"Nós pensávamos que os ossos dos crematórios de Varanasi serviam secretamente para acções de aprendizagem realizadas pelos estudantes de medicina", afirmou Ravinder Nalwa.
Refira-se que este comércio macabro é uma realidade antiga no país e a própria Europa já figurou nas listas de clientes.
Nos anos 80, o governo federal baniu as exportações já que associações de defesa de direitos humanos questionaram o modo como os ossos eram obtidos, o que levou ao aparecimento de um mercado negro.
Mukti Biswas, um dos homens presos, disse à polícia que agarrava os cadáveres que flutuavam no rio Ganges ou recolhia os restos mortais nos crematórios onde pessoas pobres não tinham madeira suficiente para fazer o serviço completo.
Monges budistas na Índia disseram que os fémures e os crânios são usados pelos budistas da linha tibetana, tendo Bhikkhu Bodhipala, sacerdote-chefe do templo Mahabodhi acrescentado que um ou dois ossos podem durar uma vida, pelo que uma quantidade como a que foi detectada deve ter conexão com outros países.
Isto anda lindo, anda...
Hic Hic Hurra

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