Rescaldo benfiquista

Quando foram divulgados os dois onzes, pensei logo que o Benfica partia em vantagem.

De facto, jogar contra 10 contra 9 desde o início do jogo era algo que havia que aproveitar.

Jogar com Bueno e Romagnoli é jogar com menos dois; jogar com Nuno Gomes, actualmente, é jogar com menos um.

E tanto foi assim que, quando o Romagnoli foi substituído, a equipa do Sporting começou a reagir porque passou a jogar em igualdade numérica; quando o Nuno Gomes foi expulso, a equipa do Benfica nem se ressentiu porque já andava a jogar com dez desde o início.

O incrível da história é que o Sporting é a única equipa do campeonato que sofre golos do Ricardo Rocha em Portugal. Isto se excluirmos o golo em Braga há quinze dias, que foi mais um auto-golo do Paulo Santos que um golo do Ricardo Rocha.

Por outro lado, o Liedson, desde que noticiou que não se importaria de jogar pela selecção portuguesa, desatou a jogar como um avançado português: ou seja, não marca golos nem chuta à baliza (o Pauleta só marcava golos e chutava à baliza porque, apesar de ser português, nunca jogou no nosso campeonato primodivisionário e há coisas em que o hábito faz o monge).

Também gostaria de acrescentar que os sportinguistas bem podem chorar que lhes roubaram um penalti que nós também fomos roubados aos 35 minutos! E não foi o Veiga!!

Sugestão aos leões: da próxima vez, e alegando o precedente do Benfica-Estoril da época de Trapattoni, peçam à Liga para o jogo ser marcado para Vila Real de Santo António. Pode ser que lá tenham mais sorte.

Única deficiência na exibição da equipa do Benfica (além do Nuno Gomes): não vi o Fernando Santos pôr gajas nuas em campo. Há que corrigir este aspecto nos próximos jogos.