segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Para quem apreciou As Porcas

Romance notável escrito pela pena do nosso Chefe, e se perguntou como reagiu o nobre Marquês à fuga das brasileiras, fazemos questão de mostrar o quanto ficou afectado, pois logo após o rapto das raparigas e das duas garrafas de tinto, em estado de desespero puro, pegou nas chaves do primeiro carro que tinha à mão na garagem e lançou-se numa perseguição digna dos melhores filmes americanos do género (basta pensar que o Chefe conduzia o veículo perseguido com uma das brasileiras ao colo e uma garrafa de tinto na mão e eu era o co-piloto que tinha a outra brasileira ao colo, a garrafa de tinto que o chefe tinha na mão na minha boca e ainda tinha a outra mão livre para guardar preciosamente a garrafa que sobejava.
Nestes preparos, fomos perseguidos pelo Senhor Marquês, que nos tentava alcançar lançado-nos os máximos para que perdessemos o Norte, mas aí gabo o sangue frio do nosso Chefe, que, com toda a mestria, simulou que íamos virar para a direita, fazendo pisca nessa direcção, num determinado cruzamento e, em cima da hora, voltou para esquerda.
Já o nosso Marquês, que não esperava tal, voltou para a direita à velocidade em que ía e, diz quem sabe, apenas conseguiu voltar para casa com a perna engessada e a promessa, assinada em contrato com uma caçadeira apontada à cabeça pelo jovem dono da casa destruída, de que repararia todos os danos causados.
E, para que a situação não se tornasse ainda mais embaraçosa, afirmou a todos que tinha adormecido ao volante, pois sentia-se muito cansado.
Ambrósio, o seu fiel motorista, que lhe faz também o avio dos Ferrero Rocher, confidenciou-nos, a posteriori, que no regresso, entre ais e uis, o Senhor Marquês só conseguia dizer, entre soluços e lágrimas grossas que escorriam por sua face: As porcas... Aquelas porcas!!!!
Hic Hic desculpe, Chefe, mas o mundo que nos lê tinha o direito de saber o epílogo da coisa em relação ao Senhor Marquês, que quanto a nós...

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