terça-feira, 5 de setembro de 2006

Apologia da fuga aos impostos – The real thing

O Chefe prometeu, prometeu, mas não cumpriu.
Como sempre, têm de ser os subordinados a dar o mote e a chamar os bois pelo nome.
Ora bem, cá vamos.
Existem três meios para um português não pagar quaisquer impostos em Portugal.
O primeiro meio é o que tem sido seguido pela maior parte das pessoas inteligentes deste país: ir viver para o estrangeiro. Estão nesta situação, entre outros, o nosso Nobel da Literatura, a nossa mais reputada pianista (Maria João Pires e o Brasil) e o nosso actor mais conhecido em Hollywood (Joaquim de Almeida e os States).
O segundo meio de fuga total aos impostos portugueses é o que tem merecido maior acolhimento da parte dos nossos conterrâneos: a chulice. Viver à custa dos pais, dos filhos, do marido/companheiro ou da mulher/companheira ainda é o principal e mais utilizado meio de fuga aos impostos. Cada niquel ganho ou gasto nunca é nosso. Logo, também nunca somos nós que pagamos os impostos.
O terceiro meio de fuga total aos impostos em Portugal é um sujeito morrer imediatamente após o parto (ou a mãe ou a segurança social é que têm de pagar o IVA do internamento materno e do parto).
Espero, assim, ter despertado a consciência do Chefe para as verdadeiras exigências desta temática.

4 comentários:

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Atão e os outros ilustres, como o Francis Obikwelu (caso único: nigeriano, pede nacionalidade portuguesa e vai viver e treinar para Espanha!), os Damásio nos EUA, o Figo (Itália), o Artur Jorge não sei onde, etc...

Bottled (em português, Botelho) disse...

Há uma outra opção: andar por aí aos caídos, cheio de bebida na carola, e não ter bens para penhorar!

Hic Hic eu conheço um tipo assim!

Marquês disse...

Meu caro Zé, pagaste o IVA da bebida...

Bottled (em português, Botelho) disse...

Meu caro Marquês,

Excelência,

Inda estava implantada a República em Portugal e já eu bebia fiado!

Quem pagou o IVA não fui eu!!!!!

Hic Hic Hurra