sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Filme porno na TV pública nacional

Parece que a TV sueca, malandreca, num noticiário já noite dentro e em pano de fundo, num dos muitos televisores que vão passando imagens de outras estações emissoras (cenário muito em voga nos dias que correm) não reparou que ao mesmo tempo que o pivot de serviço ía debitando as notícias os telespectadores podiam deliciar-se com um filme pornográfico checoslovaco que ía passando, descontraidamente, numa dessas televisões de fundo.
A aldeia, para aumentar os indíces nacionais de audiência televisiva sem ser a custo de Morangos com Açúcar, Floribellas e coisas do género faz uma sugestão.
Porque não ir aos primórdios da carreira do nosso grande Manoel Oliveira buscar o único filme pornográfico que ele fez até hoje?
É uma raridade, pouca gente sabe da história, mas o enredo conta-se facilmente.
Era o Manoelito ainda imberbe e eis que agarra na câmara de filmar para mais uma das suas longas curtas-metragens.
Desta feita, era a história de um rendeiro de um monte alentejano que, à noite, sem saber o que fazer, se sentava na sua cadeira de baloiço e ía lendo o jornal até, no suave embalar e ao som das cigarras da planície exterior, cair em sono profundo.
O filme lá se iniciou e, nos primeiros 20 minutos da película, o rendeiro deslocou-se, pé ante pé, com algumas hesitações e grandes planos das peúgas, até à cadeira de baloiço.
Nos 10 minutos subsequentes coloca um dos braços na referida cadeira e fá-la balançar docemente até atingir a pretendida velocidade de cruzeiro de 12 cagagésimos de nonagésimos de décimos de segundos por minuto (pelo menos 7 minutos são um grande plano da cadeira a atingir a velocidade desejada).
Os restantes 25 minutos é o tempo que ele se demora a sentar sem perder o ritmo de balanço (destaque para o grande plano do cajado que coloca junto da cadeira quando acaba de se sentar, num total de 12 minutos).
Nos 40 minutos que se seguem ele coça a cabeça como que a fazer um grande esforço para se recordar de algo, mantendo uma pose filosófica, até que, finalmente, chega a grande deixa final, quando diz, alto e a bom som: "- Foda-se, que me vim..." e aqui acaba a película, deixando o nosso Manoel de Oliveira desesperado.
É que, no guião original, escrito obviamente para mais película, o homem dizia: "- Foda-se, que me vim sentar sem a merda do jornal e dos óculos e agora vou ter de me levantar outra vez para os ir buscar, já me viram bem esta porra!!!!?", o que dava para aí mais 6 horas de filme, no mínimo.
Eis como, por um mero acaso, nasceu o primeiro filme porno nacional, que pouca gente hoje conhece, e que a aldeia propunha que passasse assim num canal público, também em pano de fundo, tendo em atenção o tempo que andam a demorar os noticiários.
Se calhar a malta ía gostar, não acham?
Hic Hic Hurra

4 comentários:

Virgilio Ribeiro disse...

Finalmente, alguém com sentido de humor. já me tinha constado que andavam por aí uns subsidiositos disfarçados de chaparros, porno. É que esse dinheiro tem sempre um destino f****o.Às vezes é delicioso, ler coisas a sério brincando.

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