sexta-feira, 26 de maio de 2006

O Código da Vinci, versão portuguesa

Mais uma vez, como é habitual, a reduzida troupe de produções cinematográficas portuguesas veio falar comigo pedindo que esquematizasse uma sinopse para que pudessem proceder à adaptação portuguesa do romance de Dan Brown, “O Código da Vinci”.
A coisa saiu-me assim:“Roberto Luís é um detective brasileiro que vem a Portugal a convite do Director da Gulbenkian. Ao chegar à instituição, apercebe-se que o Director se encontra morto, com rastos de jogo do Mikado em cima do corpo nu. Após aparecer Sofia, a neta do Director, apercebem-se de que, atirando-se leite magro de uma vaca beirã contra um quadro de um pintor holandês obscuro, aparecem notas relacionadas com Alcácer – Quibir e com D. Sebastião. Após uma cena de sexo de 15 minutos nas instalações da Gulbenkian, a sequência do casal é interrompida pela entrada em cena do Inspector Serôdio (em homenagem ao nosso ilustre habitante), que desconfia ter sido Roberto a assassinar o Director. Entretanto, as pistas vão conduzindo a outros locais onde são encontradas mais pistas, designadamente, e entre outros, Chelas, Saldanha e Anjos, até que encontram um especialista em história sebastianista, D. Teles de Policarpo, que os elucida da existência da possibilidade de D. Sebastião ter sobrevivido a Alcácer Quibir e ter passado o seu tempo fugindo dos mouros e dos espanhóis, tendo rumado em direcção a Timor Leste. Há cenas de sexo entre os dois protagonistas, Roberto e Sofia, pelo menos em Chelas e no Saldanha. Após seguirem novas pistas, o casal termina a sua viagem na Sé de Lisboa, onde o Cardeal Patriarca os informa que Sofia é descendente de D. Sebastião, tal como o Zézinho “Careca”, seu irmão de sangue e dela separado à nascença, que se encontra preso no E.P.L. por andar a vender droga no Bairro Alto. Descobrem ainda que D. Teles de Policarpo é o assassino do avô de Sofia, por entender que a Casa de Bragança é a única digna de reinar em Portugal e que os demais pretendentes devem ser eliminados. D. Teles morre, por acidente, atropelado por um eléctrico à saida da Sé, quando se preparava para amaldiçoar a casta dos Sebastião. Roberto Luís fica a residir em Portugal sem qualquer visto e consegue obter a nacionalidade portuguesa após casar com Sofia. O filme termina com o Inspector Seródio à porta do E.P.L. à espera que o Zézinho “Careca” saia e, após perguntar a este qual o objectivo da sua vida, este diz ser um homem regenerado e que vai conseguir de volta o que era dos seus antepassados nem que para isso tenha de casar com a infanta Leonor de Espanha”.

1 comentário:

ENGº. Viriato disse...

Magnifico, genial, fabuloso: uma obra-prima do cinema europeu. Mal posso esperar pela estreia mundial na sala Três do “Quarteto”, sessão da meia-noite, com espaço aberto a fumadores e intervalo para bica e bagaço.