E porque não os Blasted?

Fiquei doente no domingo de manhã, mal soube quem era o novo treinador do Benfica.

Hoje estou melhor, mas só ficarei totalmente curado quando souber o nome do que o vier substituir.

Isto a propósito de só hoje poder dar o meu contributo para descrever, com atraso, uma das noites de sábado em que mais me ri lá no Solar.

Tudo havia começado na 5.ª feira. Estava a dar o Eurofestival e, curiosamente, só consegui ver a música da Filândia. Pensei para os meus botões que aquilo tinha tudo para ganhar. Nem sequer vi a portuguesa, vindo apenas a saber no sábado que as Non-Stop (quem?) haviam sido eliminadas (a surpresa do costume).

No sábado, apanhei aquilo já na parte final, com o que o Eládio Clímaco denominou como o "Ricky Martin" da Arménia, e uma gaja turca que cantava pior que o Zé após ter ingerido mais de 10 litros de palheto.

Vejo o rol desfiar, e vejo lá os filandeses metidos no meio daquela confusão, tal qual elefante no meio das formigas. Disse imediatamente à marquesa que os Lordi eram os meus favoritos e que iam ganhar. Sua Excelência riu-se na minha cara e disse-me que nunca.

À medida que a votação ia decorrendo, eu ia-me rindo às gargalhadas. Desde o Eládio declarar-se chocado a declarar-se estupefacto e, por fim, declarar-se conformado com o facto de todos os países votarem nos Lordi já por si foi hilariante.

Mas giro, giro, foi ver o ridículo a que chegou a Eurovisão, que mais não representa, actualmente, do que uma forma de nos apercebermos, através dos telefonemas efectuados, onde se encontram os grandes fluxos migratórios.

A música (?!) turca recebeu pontuação máxima da Alemanha e da Suiça.

A música ucraniana só recebeu pontuação máxima de Portugal.

E outros pequenos desvios de gostos bastante representativos se foram verificando.

Para mim, venceu o melhor, ou seja, aquele que não precisou de quaisquer esferas de influências.

Pode ser que depois da lição deste ano, o Eládio convença a RTP a mandar para lá os Blind Zero na próxima edição.