terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

E na realidade foi assim...

(depoimento prestado ontem na P.S.P. por um dos intervenientes no caso Adriaanse)

Eramos prái uns seis ou sete. Iamos todos do bairro lá para um bar no Olibal, em que habia morconas boas. De repente, ao passar por um parque, oubimos alguém dizer “Mádarfacas, uái tintiu saporte te time?”. A gente não percebeu nada tirando a primeira palabra, e não é qualquer marmelo, muito menos um bife, que nos chama de “mádarfacas”. Fomos lá pedir-lhe explicações, muito gentilmente, e foi então que o “Gibas” se apercebeu de que o gajo era o treinador do Porto. Nós até eramos todos do Benfica, e por isso, quando o “Gibas” nos disse quem era, até pensábamos que o gajo nos tibesse chamado nomes por sermos de outro clube. Por gestos, tentámos perguntar ao homem o que se passaba, tendo o “Teixas”, que se orgulhaba de falar um bocadinho de holandês, lhe perguntado qualquer coisa que me soou como “que quieres, hombre?”.
O bife olhou para nós com ar de quem tinha enfiado umas pingas balentes nos bofes, e disse-nos “mádarfacas, iú sinque iu quéne condicioneite mi uite iour namber?”. O “Gibas” olhou para mim, depois para o “Teixas”, ao que este lhe disse que lhe parecia que o homem tinha dito que estaba com problemas no ar condicionado. Mas seria com o ar quente ou com o ar frio? “Fuliche gáis”, continuou ele, “banche of tréche ére”. “É do ar frio. Quer o bidro de trás aberto, ao que parece”, disse o Teixas. Foi então que o “Lérias” agarrou num pau e partiu o bidro traseiro do carro para entrar o ar frio. Só bimos o homem ligar o carro e sair dali disparado. Birámo-nos uns para os outros e chegamos à mesma conclusão: o gajo era doido! Saímos dalí e fomos curtir com as morconas. Nunca chamámos nomes ao sujeito e tudo o que fizemos no que toca ao carro foi a pedido dele. Nenhum de nós pertence ou pertenceu aos super-dragões. Posto isto, já posso ir para o estádio do Dragão para ber o jogo com o Braga?

Sem comentários: