terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Átila, Átila, por onde andas?

Depois de três anos de caça ao socialista, entramos na fase da caça ao social-democrata.
Hoje foi Lisboa. Dizem que devido à Feira Popular e ao Parque Mayer.
Sinceramente, ainda pensei que se o pessoal votasse todo no Bloco de Esquerda para as autarquias, todos os podres partidários viriam ao de cima, independentemente de quem estivesse no Governo.
Enganei-me. Até em Salvaterra de Magos houve problemas.
E assim continuamos.
Alegres e serenos nas irregularidades autárquicas, até a Câmara em apreço mudar de mãos ou aparecer um vereador mais honesto e disposto a arregaçar as mangas (em Lisboa rumoriza-se que foi Sá Fernandes quem provocou esta última incursão da PJ na capital).
Na nossa Aldeia não há corrupção porque não temos dinheiro. Penso que o gajo mais rico da Aldeia até será o chefe, que tem um telemóvel que custa mais de 50 euros.
Em Portugal, ao que dizem, também não há dinheiro.
Penso eu que por ter sido todo gasto em reservas de passagens de ano no Brasil e em Cabo Verde.
Sim, meus caros, as reservas estão praticamente todas esgotadas para estes paises. Agora só com overbooking, essa coisa fenomenal dos tempos do turismo moderno (memorandum do autor-um destes dias ainda tenho de escrever algo sobre overbooking nos tempos das invasões romanas).
Estamos em crise, dizem.
Os portugueses têm 118% de endividamento mensal por referência ao seu salário.
Parece-me que os portugueses estão-se pouco borrifando para o seu futuro e para o futuro dos dos outros.
Portugal é um país de corruptos? Ou simplesmente de hedonistas?
Toda a gente o diz, ninguém nada faz.
E quando aparecem escutas telefónicas o confirmando, o problema está sempre no modo como foram colhidas, nunca no seu conteúdo.
Ninguém se preocupa com o conteúdo.
Ninguém quer saber.
Estranhamente, a nossa sociedade parece-se cada vez mais com a sociedade de Roma nos seus tempos finais de glória.
Por onde andarão os hunos do nosso tempo?

Sem comentários: