sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Se tivesse sido em Portugal (parte VIII)

"Chega-nos agora a informação de que António Costa, Ministro da Administração Interna, está a falar com os jornalistas após ter saído de uma reunião com empresários. Vamos já em directo para o local.
"AC - ... e por isso repensámos a situação e decidimos aceitar a proposta que nos foi feita.
J1 – Senhor Ministro, em directo para o Jornal Lusitano. Estava a dizer que decidiu aceitar o auxílio dos empresários da noite. Em que medida se vai processar essa ajuda?
AC – Conforme acabei de dizer aos seus colegas, os empresários da noite têm sido grandemente prejudicados com os desacatos que se têm verificado, uma vez que os seus clientes normais passaram a ter medo de saírem à noite e de irem divertir-se para os estabelecimentos existentes. Houve uma reunião com representantes desses mesmos empresários onde os mesmos fizeram notar a sua preocupação e demonstraram uma séria vontade de auxiliar-nos na célere resolução da situação criada. Por nós foi-lhes dito que necessitávamos de pessoas que pudessem, de forma temporária, auxiliar as nossas polícias na pacificação das ruas e no combate à violência que tem vindo a ocorrer. Pelos senhores empresários foram disponibilizadas as senhoras funcionárias dos estabelecimentos para o efeito, afirmando que ninguém melhor do que elas poderiam contribuir para a diminuição da violência nas ruas.
J1 – Desculpe, senhor ministro, mas quando o senhor Ministro fala em funcionárias do estabelecimento, estamos a falar de quem?
AC – Funcionárias desses estabelecimentos.
J2 – Mas estamos a falar daquele tipo de funcionárias que são emigrantes ilegais?
AC – Estamos a falar de pessoas que se disponibilizaram a ajudar o Estado Português num momento difícil e, que por isso, serão devidamente recompensadas se desempenharem as suas funções com reconhecido esforço.
J1 – Mas qual vai ser o papel dessas senhoras na resolução dos desacatos?
AC- Essas senhoras irão colaborar com a P.S.P. na resolução dos conflitos, dada a sua especial apetência para desviar o pensamento dos homens de condutas mais violentas. Aliás, e para o efeito, a fim de se distinguirem de outras pessoas ditas normais na rua, serão equipadas com o mesmo material que a P.S.P., designadamente, fardas e equipamento, com excepção óbvia das armas.
J1 – Estamos a falar de algemas e vibradores?
AC – Não sei a que se refere quando fala em vibradores.
J1 – Bom, parece que a P.S.P. da Amadora adquiriu uma grande quantidade de vibradores numa sex-shop devido ao facto do Estado não lhes ter enviado bastões para substituírem os entretanto desaparecidos.
AC – Desconheço a situação de que fala, mas penso que será mais uma invenção daquele senhor sindicalista da P.S.P.. O Estado nunca faltou aos seus deveres para com as suas polícias. Mas, de qualquer forma, vou averiguar o que acabou de me dizer. Boa noite, meus senhores".
Esta explicação do senhor Ministro vem, por fim, clarificar o sentido de uma fotografia divulgada pela Lusa há poucos minutos, relativo a uma senhora envergando uma farda policial mas que não nos parece ser agente da P.S.P., e que agora pode ver no seu écran.

Estas e outras notícias serão desenvolvidas às 20 horas no Jornal Lusitano Nacional.
Foi um prazer estar consigo. Vemo-nos às vinte
".

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