terça-feira, 8 de novembro de 2005

Actualização d´"Os Maias"

Na sequência do sucesso da versão actualizada do "O Crime do Padre Amaro", muito graças ao fabuloso corpo da Soraia Chaves, houve um dos produtores menores da nossa praça que decidiu pedir-me uma sinopse para uma versão actualizada do "Os Maias", também do Eça.
Eu disse que concordava, desde que o papel da Maria Eduarda fosse desempenhado pela Soraia Chaves.
E a coisa saiu-me assim:
"Carlos e Maria Eduarda são dois irmãos separados em tenra idade em virtude da mãe de ambos ter fugido para Espanha com um engenheiro espanhol, levando consigo Maria Eduarda e deixando Carlos com o pai. Angustiado pela fuga da mulher, o pai de Carlos suicida-se, levando Carlos a viver com o avô paterno. Decorrem cerca de trinta anos. Carlos tornou-se num cirurgião plástico de renome. Maria Eduarda é uma mulher divorciada, que regressa a Portugal para viver com a sua filha de oito anos em Lisboa e trabalhar, como arquitecta, numa empresa da capital. Um dia, Maria Eduarda entra na clínica onde Carlos exerce a fim de proceder à implantação de silicone nos seios. Conhecem-se nos meandros da clínica, apaixonam-se e envolvem-se numa espiral de sexo, desconhecendo a existência de laços fraternais. Após melhores conversas entre ambos na sua intimidade e algumas coincidências familiares que vão sendo estabelecidas, Carlos e Maria Eduarda descobrem que são irmãos, para grande felicidade do avô paterno e da filha de Maria Eduarda. Entretanto, Carlos e Maria Eduarda não conseguem reprimir as paixões que sentem um pelo outro e, apesar da angústia existente por serem irmãos, voltam a envolver-se numa espiral de sexo. Durante a espiral (lá para o final da mesma – corpinho da Soraia Chaves oblige), a filha de Maria Eduarda surpreende-os, levando Carlos a ter uma reacção impensada de bater com a cabeça da miúda numa parede, que morre na sequência. Perante o horror de Maria Eduarda, Carlos corta em retalhos o corpo da criança, mete-os na sua mala profissional e leva-os para o consultório, onde os mistura no lixo médico, com outros pedaços de pele e de ossos entretanto retirados aos pacientes da sua clínica. A Polícia Judiciária mete-se ao barulho e prende Carlos e Maria Eduarda por suspeita de homicídio (soa familiar com um caso algarvio, não soa? São os novos tempos!). Depois de ser espancada várias vezes pelos agentes da PJ, e ainda angustiada com o sucedido com a sua filha, Maria Eduarda suicida-se nos calabouços da PJ. Ao saber do sucedido com os netos, o avô de Carlos e Eduarda suicida-se. Carlos fica preso preventivamente e, graças ao seu advogado, consegue sair da prisão ao fim de um ano, sendo julgado mas não condenado porque graças a várias irregularidades processuais e recursos, o processo entretanto prescreve ao fim de vinte anos.
A história termina no momento em que, após receber uma carta do Tribunal declarando o processo prescrito, Carlos dirige-se, acompanhado da sua mulher e dos dois filhos, ao cemitério, para depositar coroas de flores nos túmulos de Maria Eduarda e do avô, seguindo depois a caminho de Espanha a fim de assumir a direcção de uma clínica plástica de uma sociedade multinacional".
Eça decerto aprovaria esta nova versão.
Sobretudo com a Soraia Chaves no papel da Maria Eduarda.

1 comentário:

ENGº. Viriato disse...

Ah, ganda maluco!!!És o meu orgulho!!!