terça-feira, 27 de setembro de 2005

Os icunomistas da treta

Ficou hoje definitivamente confirmado aquilo que já muitos suspeitavam: o novo modelo da VolksWagen não vai mesmo ser produzido na Autoeuropa em Palmela. A questão é que a referida unidade fabril necessita de um novo carro para produzir na sua linha de montagem como de pão para a boca.
Ou seja, se as coisas prosseguirem no rumo actual pode muito bem ficar em causa a continuação da laboração de um dos maiores complexos industriais presentes em Portugal, o qual por si só representa cerca de 3% do PIB nacional. T-r-ê-s-p-o-r-c-e-n-t-o!!!! Bye, Bye equilíbrio do défice orçamental em 2008!!!
E isto sem referir que da Autoeuropa depende toda uma miríade de pequenas e médias empresas espalhadas um pouco por todo o Distrito de Setúbal, as quais certamente não sobreviverão ao encerramento da sua razão de existir.
Aos despedimentos em massa que ocorrerão no sector secundário seguir-se-ão os despedimentos no terciário que à sombra do mesmo se estabeleceu. Será uma hecatombe (mais uma) no Distrito de Setúbal.
Ora, o que espanta é que depois das experiências falhadas da Lisnave em Almada e da Quimigal no Barreiro, também elas mega-complexos industriais que iam resolver os problemas daquela região para todo o sempre, os nossos bem-amados e iluminados lideres políticos tivessem voltado a cometer a infantilidade de apostar tudo numa grande fábrica central para solucionar os estruturais problemas do Distrito de Setúbal.
É caso para dizer que cá na Aldeia só temos economistas da treta (Apre, que até me arrepio de lhes reconhecer o título: a partir de hoje chamo-lhes icunomistas!). E se a estes icunomistas da treta juntarmos os políticos da treta que normalmente ganham as eleições, então ficamos como uma aldeia…da treta!

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