sábado, 1 de novembro de 2008

Agora a parte mais séria da coisa

Não deixo para amanhã o que posso escrever hoje:
Muito obrigado, Magra Carta, pelos excelentes momentos! Espero que Escriba e Carteiro sintam novamente o bichinho dos blogues a morder-lhes o dedo que embala a tecla e que regressem, contrariando a intenção já concretizada. Insisto no que referi: 8000 é um número bem mais redondo! Pode ser que...
Tenho, igualmente, uma Pedra no Sapato. Só pode ter sido um motivo forte, resultado de uma daquelas situações imponderáveis, tão férteis em nossas vidas. Seja qual for, Ana, espero que se resolva a contento e que, em breve, possa regressar com a qualidade costumeira ao nosso alegre convívio. A aldeia cá fica à espera...
Finalizo com algo simples e inteligente: não sei, caros vizinhos Luís Nogueira e Cláudia Elias, como é que poderei voltar a consultar o vosso blogue, apenas sei que não mais nos brindaram com os vossos comentários. O acesso é reservado, algo que muito respeito e compreendo, por isso não posso igualmente deixar de aproveitar a ocasião para vos agradecer os momentos agradáveis que passei a ler-vos e a comentar-vos. Pode ser que, um dia, nos voltemos a ler...
Fica a percepção de que nada é imutável, que as vontades e as circunstâncias da vida levam a que, em determinados momentos, se trilhem novos caminhos, se busquem outras soluções ou se imponha o retiro da palavra, dando primazia ao valor do pensamento ou de qualquer outro princípio que nos oriente.
Mas fica, sobretudo, algo dentro de nós, esse algo que nos possibilita, agora e de forma muito singela, demonstrar o quanto nos interessamos por Vós, por aquilo que são, pelo que construiram e pelo valor que assumem todos os que ousam escrever o que lhes vai na alma, independentemente do tema, forma e feitio como o fazem.
A gerência há-de estar, sempre, agradecida.
E com os braços abertos!
Hic Hic Hurra

5 comentários:

CARTEIRO disse...

Caro Zé,
Apenas porque é bom partilharmos ideias, gostaria de te dizer que a nossa decisão de interrompermos a distribuição da Magra Carta se deve ao facto de não sentirmos estímulo para continuarmos.
Nós não concebemos a escrita no blogue como um prazer solitário, antes achamos que o exercício só vale a pena e dá prazer quando há reacções palpáveis, quando sentimos que o que fazemos agrada e que alguém está em sintonia connosco ao ponto de entrar em diálogo.
Assim aconteceu em muitos casos, mas não de forma suficiente para o nosso apetite de partilha, de convívio e de roda de cumplicidades.
Terá isto acontecido por várias razões, a principal das quais, certamente, a nossa fraca qualidade de escrevinhadores.
Felizmente, esta aventura levou-nos a levar cartas a certos destinatários, como tu, que ficaram nossos amigos.
Por isso, aqui estou, só não venho fardado nem trago correspondência.
A vida e a nossa amizade continuam.

Deixo um grande abraço.

Ticha disse...

Hum, não deveria ser eu a dizer, mas acho que os autores não me levam a mal. O Luís e Cláudia interromperam mesmo o blog, ficou só em modo de consulta para os autores. E como o vizinho refere ..."as circunstâncias da vida levam a que, em determinados momentos, se trilhem novos caminhos"...ficou o cortaacorrente.blogspot.com para dar continuidade. Ps: se os autores levarem mal, podemos sempre acertar as contas :P

Anónimo disse...

Caro vizinho. É só para deixar um sinal de vida. Já não se escreve no simple. Acabou mesmo. E não tenho nenhum outro blog. Se tivesse o caro vizinho seria imediatamente informado. Agora fico-me pelas escrituras académicas, coisa que ocupa o meu tempo, o meu espaço mental (e o meu coração). Mas por vezes visito a aldeia! Não ando aqui a dormir, não. Obrigada pela lembrança e hic hic hurra ao nosso caro vizinho Zé!

Ana disse...

Caro Vizinho:
Fiquei sensibilizada com a referência feita na "PARTE MAIS SÉRIA DA COISA".
19 dias estão passados sobre o encerramento às pressas do meu estaminé (por agravamento súbito do estado de saúde do meu marido). Agora, com a situação francamente melhor, dei a primeira vista de olhos pelos blogs da minha preferência.
A começar, levei logo com a suspensão da correspondência por parte do primeiro comentador aqui do post.
Fiquei murcha.
Faço figas, disfarçadamente, para que ele, a exemplo de tanto funcionário público, não resolva entrar com um pedido de reforma antecipada.

Depois, chegada aqui, leio as palavras simpáticas a meu respeito e a disposição melhora sensìvelmente.
Por enquanto, o tempo que tenho para me sentar em frente desta janelinha, continua escasso.
Tive que adoptar novos hábitos como seja o de me deitar muito mais cedo, porque o despertador, agora, começa a tocar antes dos galos aí da aldeia.
E o que antes era dividido por dois passou a ser feito só por um.
Prevê-se um breve regresso à normalidade, se tudo correr como espero.
Entretanto, vou lendo um aqui, outro acolá, até retomar o ritmo anterior.
Comentários surgirão, se o tempo permitir.

Gosto muito desta vizinhança virtual.
Quem me dera gostar assim da que me cabe em sorte na vida real, no andar aqui do lado...

Meu caro Zé, hoje leva um beijinho nessa bochecha que adivinho um pouco encarniçada:))

À sua!

Bottled (em português, Botelho) disse...

Meus caros vizinhos,

Infelizmente, também a vida não me tem permitido vir aqui divertir-me com a frequência habitual, daí só agora me ser possível responder a tão simpáticos comentários.

Carteiro e Escriba, a minha admiração por Vós é pública e notória, mas há algo mais que me faz sentir de forma dura o rude golpe que foi o fechar da estação Magra Carta: a amizade. Não posso influenciar ninguém, nem me atrevo a tal, mas mentiria se escrevesse que para mim é uma mágoa vê-los afastados destes pequenos tubos de escape do dia-a-dia que são os blogues e que não gostaria de os ver de regresso ao activo. Pensem nisso, já que os almoços, pelo menos esses, irão continuar...

Ticha, agradeço a amabilidade de me informar a respeito do simple e só espero que não esteja agora a recuperar de uma convalescença hospitalar após algum ajuste de contas...

Cláudia Elias, é um prazer tornar a relê-la, em nome do simple, e agradeço a explicação. Apenas lhe posso desejar a melhor sorte para essas andanças académicas e, aproveitando o balanço, para a vida pessoal e profissional que, teimosamente, passa por nós a uma velocidade tão imperceptível quanto real.

Ana, eu já calculava que teria de ser uma situação delicada. De tanta ingestão de tinto, uma pessoa ganha assim a modos que um sexto sentido... a dobrar. As palavras, poucas, que aqui lhe dediquei são totalmente merecidas e sentidas, pelo que aguardo com ansiedade o seu regresso a estas lides. É um facto, esta vizinhança virtual é um pequeno passo para que se consiga algo de grandioso: a amizade e estima entre todos, valores tão importantes que ainda hoje não consigo compreender como andam tão arredados da nossa sociedade e deste mundo. Também já percebi que apenas nós podemos ir mudando gradualmente as coisas e que, às vezes, levamos vidas para que tal suceda. O segredo será, talvez, acreditar sempre e nunca desesperar (embora tal não seja, reconheço-o, de todo fácil). Espero que o Seu marido recupere rapidamente para que tudo volte à normalidade em Vossas vidas, e que as mesmas prossigam da mesma maneira que eu desejo que a minha prossiga (embora, se não fosse pedir muito, eu ficasse com a parte do tinto toda para mim... sabe como é... vícios antigos...).
Permita-me que levante o copo à saúde, literalmente, de Seu marido e à Sua.
Ah... e, de facto, estou ruborizado com o beijinho que fez o favor de me deixar, de tal forma que já nem sei se o que me deixou a face avermelhada foi esse pequeno ósculo ou a industrial quantidade de vinho ingerida durante o dia de hoje. Bom, provavelmente foram "ambas as duas"...

Beijos e abraços para todos e obrigado pela atenção que tiveram, manifestada nos Vossos comentários.

Hic Hic Hurra