À semelhança das trocas de cromos na nossa juventude

A Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana, em mais uma iniciativa política de louvar, terminaram ontem a troca de esquadras que estava projectada pelo Governo.

Desta forma, existem muitos locais onde a GNR vai aparecer de surpresa e apanhar os meliantes que, estando à espera da PSP, não conseguirão reagir, e vice-versa, e a criminalidade irá, por certo, diminuir para níveis muito próximos da nulidade, que é igualmente a característica, pensamos nós, de quem julgou que assim se resolveriam os problemas sociais de segurança.

E lá se gastam mais umas coroas em placas, papel, logotipos e outras coisas semelhantes, sendo que, uma vez mais, só o balde é que muda.

Valeu a apoteose da festa de passagem de esquadras, com muita música e convívio, onde polícias e criminosos (não estamos a falar dos presos, falamos mesmo dos políticos no local) trocaram vivas e dançaram ritmos quentes, como se vê pela foto, na presença da comunicação social para que tudo fique registado para a posteridade.

São as trocas e baldrocas do costume, que acabam quase sempre em tiro no pé.

Hic Hic Hurra