Será possível fazer uma pobre mãe feliz?
A presente história é tocante e surge numa altura natalícia, onde todos acreditam em milagres e na melhoria da condição humana, mesmo ao nível emocional.
Antes de a revelarmos, porém, pensamos ser útil, assim a modos que a título de intróito, contar uma pequena história que ocorreu numa aldeia do interior lusitano, em tempos de ditadura, onde o Presidente da Câmara em exercício era um facínora da pior espécie, prepotente, autoritário e temido por todos os seus conterrâneos.
Nessa altura, a senhora que fazia a limpeza do pequeno palacete em que habitava era uma simpática velhota que, ao vê-lo, todos os dias lhe sorria amigavelmente e lhe dirigia a seguinte frase: "Bom dia, Senhor Doutor, que Deus Nosso Senhor o conserve por muitos e longos anos.". De seguida, remetia-se ao silêncio e executava, na perfeição, as tarefas domésticas.
O dito político local andava intrigado, pois sabia que ninguém gostava dele e achava muito estranho que aquela velhinha lhe fizesse tais votos.
Um dia decidiu averiguar o motivo para tal comportamento e, chamando a velhinha a seu escritório, perguntou-lhe: "Oiça lá, mas o que é que a leva a desejar, todo o santo dia, que Deus Nosso Senhor me conserve a saúde por muito tempo?".
A velhinha, sempre sorrindo, fez uma pequena pausa e explicou: "Senhor Doutor, é simples. O avô de V. Exa., também Presidente da Câmara, era um filho-da-mãe do tamanho de toda a aldeia, só fazia o mal, pretendia a desgraça de todos e era incapaz de ter um acto de simpatia para com o seu semelhante. Depois, com a sua morte, foi para Presidente o paizinho de V. Exa. que ainda conseguiu ser pior, pois não havia habitante da aldeia que gostasse dele. Mais tarde, com o seu falecimento, foi o Senhor Doutor o seu natural sucessor e a verdade é que em pouco tempo mostrou-nos a todos que conseguia ser pior que os seus antecessores juntos. Ora, como o Senhor Doutor tem um filho, da maneira como tudo tem evoluído naturalmente, só me resta rezar todos os dias a Nosso Senhor que o conserve assim, por muitos e longos anos.".
Feita a introdução, a aldeia vem aqui, com o coração nas mãos, revelar que conseguiu chegar à fala, numa aldeia perdida do Zimbabué, com a mãe do actual Presidente da República daquele país que, triste e esquecida, no meio de copioso choro, nos revelou a angústia que a vem atormentando desde o nascimento daquele seu filho.
Explicou-nos ela que o seu filho sempre teve um feitio muito difícil e desde cedo se incompatibilizou com a maior parte dos vizinhos, apenas gostando daqueles que lhe prestavam vassalagem e aderiam aos seus planos.
Foi assim que ela viu passar os anos e nem a ascensão de seu filho ao poder a alegrou, antes pelo contrário.
E isto porque, como nos veio a revelar, esvaída em lágrimas e soluços, a sua tristeza é profunda e resulta da sua condição de mãe.
É que, nas suas palavras, "eu sei que ele é meu filho, mas não há ninguém que Mugabe!".
Hic Hic Hurra
Antes de a revelarmos, porém, pensamos ser útil, assim a modos que a título de intróito, contar uma pequena história que ocorreu numa aldeia do interior lusitano, em tempos de ditadura, onde o Presidente da Câmara em exercício era um facínora da pior espécie, prepotente, autoritário e temido por todos os seus conterrâneos.
Nessa altura, a senhora que fazia a limpeza do pequeno palacete em que habitava era uma simpática velhota que, ao vê-lo, todos os dias lhe sorria amigavelmente e lhe dirigia a seguinte frase: "Bom dia, Senhor Doutor, que Deus Nosso Senhor o conserve por muitos e longos anos.". De seguida, remetia-se ao silêncio e executava, na perfeição, as tarefas domésticas.
O dito político local andava intrigado, pois sabia que ninguém gostava dele e achava muito estranho que aquela velhinha lhe fizesse tais votos.
Um dia decidiu averiguar o motivo para tal comportamento e, chamando a velhinha a seu escritório, perguntou-lhe: "Oiça lá, mas o que é que a leva a desejar, todo o santo dia, que Deus Nosso Senhor me conserve a saúde por muito tempo?".
A velhinha, sempre sorrindo, fez uma pequena pausa e explicou: "Senhor Doutor, é simples. O avô de V. Exa., também Presidente da Câmara, era um filho-da-mãe do tamanho de toda a aldeia, só fazia o mal, pretendia a desgraça de todos e era incapaz de ter um acto de simpatia para com o seu semelhante. Depois, com a sua morte, foi para Presidente o paizinho de V. Exa. que ainda conseguiu ser pior, pois não havia habitante da aldeia que gostasse dele. Mais tarde, com o seu falecimento, foi o Senhor Doutor o seu natural sucessor e a verdade é que em pouco tempo mostrou-nos a todos que conseguia ser pior que os seus antecessores juntos. Ora, como o Senhor Doutor tem um filho, da maneira como tudo tem evoluído naturalmente, só me resta rezar todos os dias a Nosso Senhor que o conserve assim, por muitos e longos anos.".
Feita a introdução, a aldeia vem aqui, com o coração nas mãos, revelar que conseguiu chegar à fala, numa aldeia perdida do Zimbabué, com a mãe do actual Presidente da República daquele país que, triste e esquecida, no meio de copioso choro, nos revelou a angústia que a vem atormentando desde o nascimento daquele seu filho.
Explicou-nos ela que o seu filho sempre teve um feitio muito difícil e desde cedo se incompatibilizou com a maior parte dos vizinhos, apenas gostando daqueles que lhe prestavam vassalagem e aderiam aos seus planos.
Foi assim que ela viu passar os anos e nem a ascensão de seu filho ao poder a alegrou, antes pelo contrário.
E isto porque, como nos veio a revelar, esvaída em lágrimas e soluços, a sua tristeza é profunda e resulta da sua condição de mãe.
É que, nas suas palavras, "eu sei que ele é meu filho, mas não há ninguém que Mugabe!".
Hic Hic Hurra
2 comentários:
Confirma-se o que muitos pensavam.
O tirano é mesmo um filho da mãe...
Caro bué ba zim,
Coitada da senhora, que nos confidenciou que a maior parte das vezes nem mãe lhe chamavam.
Olhavam para o filho e diziam que ele era um grande filho da...
Hic Hic Hurra
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