segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Portugal dos Pequeninos - futebolisticamente falando, mas não só...


Este fim-de-semana futebolístico, em mais uma aventura pela Carlsberg Cup (para quando uma Superliga Porta da Ravessa?), veio revelar umas quantas curiosidades relativamente aos chamados dois grandes do futebol português que ainda estão em prova (e estão provavelmente porque agora existem dois jogos...), sendo de destacar esta: a situação não está famosa.
Em Belém, a equipa-sensação da prova, que já havia eliminado o FC Porto, veio vencer o Sporting por 2-1, num jogo onde se viram dois golos fabulosos, um à Arantes do Nascimento (o de Liedson) e o outro à da Silva Ferreira (o do Falardo, que já foi e continuará a ser muito... falado durante os próximos tempos), numa pequena surpresa que vai obrigar os pupilos de Paulo Bento a jogar com menos tranquilidade na segunda mão, em casa do adversário, se querem continuar a defender o título conquistado na época passada, precisamente contra o Belenenses.
A este respeito sempre se dirá que a equipa leonina não anda muito católica, embora tudo aponte para a renovação da fé, já que depois de Fátima segue-se Roma.
O Benfica, por seu turno, viu-se e desejou-se para empatar o jogo em casa com o Vitória de Setúbal, equipa que está a praticar um futebol agradável e que já havia surpreendido precisamente o Sporting em casa, para a Superliga, empatando a 2 bolas depois de se encontrar a ganhar por duas vezes.
E foi nos descontos que o filho de Rui Costa, perdão, Freddy Adu descansou um pouco mais a equipa de Camacho, depois de um golo de Matheus que começou, de acordo com os comentadores desportivos de serviço ao jogo televisionado, por ser escandalosamente marcado em situação irregular para ao intervalo, após o visionamento mais claro das imagens, existir uma mudança de opinião e, uma vez que a bola fora cabeceada por Luisão contra as costas de um jogador do Vitória, de forma perfeitamente casual e mercê da acção do defesa do Benfica, tendo sobrado para Matheus, que estaria em posição irregular caso o passe tivesse sido feito por um seu colega de equipa, passar a ser um tento legal, pelo menos até às notícias da hora do almoço do dia seguinte, em que já não era legal, mas sim duvidoso.
Continuam no seu melhor, os comentadores desportivos deste país, talvez só comparáveis com as gargalhadas que me proporcionou o repórter destacado para fazer um directo na Nova Luz, à hora do almoço, nas horas que antecederam a partida, que dizia à boca cheia que o Vitória vinha jogar na sua máxima força, apenas se encontrando ausente Cláudio Pitbull, o seu melhor marcador. Ou seja, cumpre questionar o seguinte: uma equipa que vai jogar fora de casa sem o seu melhor marcador apresenta-se na sua máxima força? Só se for defensiva...
É por estas e por outras que eu vou escrevendo, para quem me quer ler, que continuamos a ser um Portugal dos Pequeninos.
Hic Hic Hurra

1 comentário:

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Pois é, Zé, como eu já disse despachem-se a canonizar os pastorinhos, antes que os milagres continuem...

E já agora, por causa dessas nossas pérolas jornalísitcas é que me entretive no sábado a ver a final da Taça do Mundo de Râguebi, onde a África de Sul (a julgar pelos seus rapagões altos e loiros, fica mesmo em África?) deu na pá dos ingleses (que foram prejudicados pela arbitragem, a bem da verdade).