quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Crónica de mais uma conquista além-mar


Neste dia dezoito do mês de Outubro do ano do Senhor de dois mil e sete depois de Cristo, aqui relato no diário de bordo, para a posteridade, mais um feito lusitano.
Depois de nos havermos feito ao mar de novo, logo após a travessia do Estreito do Azerbaijão, onde deixámos dois papo-secos aos indígenas para que de nós não se esquecessem, toda a comitiva zarpou para um novo destino, onde desconhecidos perigos espreitavam os bravos elementos que foram chamados a marcar presença em nome da pátria.
E, precisamente no dia de ontem, parecia que em Almaty ficava um novo Cabo das Tormentas, pois a quase invencível armada lusa estava a tentar perfurar a linha de defesa das forças locais que resistia, estoicamente, a todos os esforços que o Comandante Murtosa, após nomeação directa de D. Felipão, o I do Brasil em Portugal, desenvolvia no sentido de encontrar uma brecha na muralha.
Eis quando o Infante Quaresma se lembra de lançar uma investida brilhante contra a esquadra inimiga e, enquanto os defensores de serviço ficavam com os olhos no burro, esquecendo-se do cigano, fez chegar a munição apropriada ao mais lusitano em campo, baptizado com o típico nome tuga de Ariza Makukula, da família dos Makukulas de São Bento, que teve cabeça suficiente para descobrir o caminho Marítimo para as redes adversárias, estragando-lhes a pescaria e evitando o naufrágio que se aproximava.
Ainda mal refeitos daquela investida, eis que os opositores ficaram a ver o fidalgo que faz o diabo a 7 dos adversários, Ronaldo, o da Madeira, grande adepto da fé do Cristianismo, converter os restantes indígenas à boa causa lusitana, sentenciando-os a uma resignação total que só não sucedeu porque aqueles, aproveitando o encantamento dos portugueses, pela calada, lançaram uma última investida gloriosa e conseguiram, também eles, deixar a sua marca nesta verdadeira Epopeia dos Seis Pontos, ganhando assim por um aos Violinos d'outrora.
Resta acrescentar, para abrilhantar o feito, que eles já se encontram de regresso, contra os ventos aziagos e os Velhos do Restelo.
E o grito de alegria, com referência a mais três pontos duramente extraídos em pleno território do contendedor, espalhado aos quatro ventos, é o seguinte: CASA, AQUI ESTÃO!!!!
Hic Hic Hurra
Nota - Sem esquecer a peripécia das chuteiras, que se desvenda a todo aquele que tenha a gentileza de clicar no título deste post.

2 comentários:

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Grande Zé,
Excelente narrativa!
O título é que, a meu ver, ficaria melhor como «Crónica de uma epopeia além Urais», visto que mar entre os dois territórios é coisa que não nos separa.

Anónimo disse...

Makukula perdeu-se por Espanha aos 22 anos e encontrou-se na Madeira aos 26... Espero que ainda venha a tempo, de dar algumas alegrias no Euro e na Àfrica do Sul...