quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Afinal, pode-se ou não???

Ontem, Alberto Costa teve mais um dos seus grande momentos.
Desta vez, no Parlamento, cada mais transformado em Casa da Comédia, o ministro plagiou, indecorosamente, o já mítico sketch dos Gato Fedorento sobre a posição de Marcelo Rebelo de Sousa acerca da despenalização do aborto.
Quem o viu, nos noiticiários, poderá atestar a veracidade do seguinte diálogo num qualquer atellier daquela Escola:

Pergunta: Senhor Ministro, vão passar a ser distribuídas seringas aos presos?
Resposta: Sim, é uma medida que vai para a frente.

P: Mas então vai passar a ser permitido o consumo de drogas nas prisões?
R: Não, tudo se mantém como dantes.
P: Mas vão dar e trocar seringas a presos para que estes se injectem?
R: Sim, como forma de evitar a propagação de doenças infecto-contagiosas.
P: Mas então, se um preso for apanhado a consumir droga com a seringa que o estado lhe forneceu, fica impune?
R: Não, o guarda deverá comunicar tal facto à direcção da cadeia e, se for caso disso, é participado ao Ministério Público.


Esta teoria do mal menor (que quanto a mim já preside, em grande medida, à legislação sobre o aborto, mas adiante) é espantosa e está a 2 passos..., ou melhor, a um passo e meio daqueloutra, radical, segundo a qual os fins justificam os meios.

E já agora, para quando umas salas de chuto em Caxias?...
E os desgraçados heteros viciados em sexo, que têm de o praticar com homens porque não lhes fornecem mulheres?...

2 comentários:

Bottled (em português, Botelho) disse...

Caro Inspector,

E quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?

Poderia a seringa para injectar droga subsistir sem esta?

E a droga que deverá ser injectada pode entrar na veia sem a seringa?

E haverão nas prisões seringas sem droga?

E droga sem seringas?

Raios, isto começa a ser tudo areia a mais para a minha camioneta e já estou a deitar fumo por tudo quanto é orifício. Tenho de ir à taberna apagar o fogo, mas não o faço sem antes dar os parabéns ao autor do texto.

E agora, branco ou tinto?

De copo ou pela garrafa?...

Hic Hic Hurra

Anónimo disse...

Acho que esta medida da troca de seringas nas prisões, é apenas uma medida de recurso, sob a égide da protecção da saúde pública. A primeira medida a tomar, seria evitar por completo a entrada de droga nas instituições prisionais. Porque não se faz isso? Quem é que mete a droga lá dentro? Quem ganha com este fenómeno? Se responder-mos a estas perguntas, não precisamos de troca de seringas...