sexta-feira, 7 de setembro de 2007

STRESS PÓS-TRAUMÁTICO

Pois é, meus amigos, é aquilo de que padeço e não estive no Vietname, em Angola ou, mais recentemente, no Iraque.
É que depois de estar um mesito de férias, em rigoroso recolhimento balnear em costa ainda razoavelmente preservada e privado de ligação ao mundo via www, retomar a labuta do dia a dia, a confusão do trânsito, o calor - chegou! - e as notícias deprimentes dos media, é muito, mesmo muito para um tipo aguentar.

Acho é que os médicos ainda não diagnosticaram esta maleita, que em bom rigor se deveria chamar qualquer coisa como stress bem vindo à filha da putice da tua vida. Com efeito, o trauma não são as férias.

Umas vacances bem desfrutadas - daquelas em que a preocupação não seja o social ou as aparências, ou em que nos deixemos apanhar por aqueloutro stress de tenho que aproveitar bem estas semanitas, porra, já só faltam oito dias e ainda não fiz metade do que queria, olha prá merda de tempo, é sempre a mesma coisa, etc. - ajudam-nos a reencontrarmo-nos, a sermos mais autênticos, no fundo a viver interiormente (e porventura na relação com os outros) da forma como o deveríamos fazer ao longo de todo o ano.

Daí que uma entrada de chapão na rotina do trabalho e da cidade (mesmo que aqui tenhamos permanecido nas férias) se mostre altamente contraproducente para a saúde e mesmo prejudicial para a produtividade laboral.

Como sei que o Vieira da Silva, o Ludgero Marques e o Carvalho da Silva são assíduos frequentadores deste estaminé, deixo aqui uma sugestão: após pelo menos 15 dias de férias gozados ininterruptamente pelo trabalhador, este deveria ter direito a um período de transicção para a normal jornada laboral, qualquer coisa como:
- na primeira semana trabalha apenas 3 dias, no período da manhã ou da tarde;
- na segunda semana trabalha já quatro dias, sempre a meio tempo;
- na terceira semana aumenta a jornada diária para 6 horas;
- nas quarta e quinta semanas já trabalha as 8 horas diárias, mas ainda e apenas durante quatro dias úteis;
- na sexta semana - e mediante parecer médico certificado por uma junta do Serviço Nacional de Saúde da especialidade de medicina do trabalho a dar o trabalhador como apto - passaria este ao horário completo.

4 comentários:

Rabodesaia disse...

caro vizinho,

eu acho uma excelente ideia... nada do que não se faça por este pais fora ( ainda que não oficialmente) por este país fora.
Roeria as unhas dos pés, so não o faço porque é um nojo, não consigo... e também já agora nunca roi as unhas das mãos!

Bottled (em português, Botelho) disse...

Caro Senhor Inspector,

Tem toda a minha solidariedade e só lhe peço que mova as suas influências para que tudo isto se torne uma agradável realidade no meu regresso às lides.

Aquele abraço especial,

Hic Hic Hurra

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha,

Não faça isso que depois paga uma conta do camandro na manicure.

Beba para comemorar, que é bem melhor.

Hic Hic Hurra

Ticha disse...

Apoio totalmente....desde que voltei de férias ando altamente deprimida!