Reflexões de retrete
Não sei se já repararam, mas sempre que há alguma notícia importante - ou que querem fazer passar por importante - as televisões mandam para o local um repórter a que chamam de enviado especial.
E aqui começa o mistério.
Tamos a ver o telejornal e o José Rodrigues dos Santos ora nos atira com o «nosso enviado especial ao Iraque», ora nos presenteia com a «enviada especial ao Afeganistão».
Já há muitos anos que papamos com enviados especiais das televisões em tudo quanto é lado, mas nunca, nem uma única singela vez, nos mostraram um enviado a qualquer recôndito canto do Globo.
Acaso se trata de um jornalista residente - estilo Vasco Fino nos saudosos tempos da URSS - então estamos perante um correspondente.
Deixo então aqui a pergunta, a que sinceramente gostaria que alguém respondesse (ao cuidado dos Provedores da RTP e RDP): Qual a diferença, nos meandros jornalísticos, entre um enviado especial e um simples enviado?
3 comentários:
tenho a impressão que é a mesma diferença que existe entre correio normal e correio azul... chegam os dois ao mesmo tempo, mas um tem um nome mais pomposo... e é mais caro...
Caríssimo Inspector,
Essa história do “especial” mais não é do que uma forma jocosa dos colegas tratarem o jornalista que foi escolhido para ir passar uns dias no estrangeiro com tudo pago e a receber remuneração extra pela deslocação. É como quem diz: “olha o menino do chefe, aquele que é tão melhor que nós que é ele o escolhido para ir passear quando eu estou cá há muito mais tempo, o lambe-botas, o hipócrita, o especial!”.
Está desfeito o mistério, ou não!?
carlos fino, Carlos Fino!!!
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