quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Um mistério chamado D. Sebastião - um pouco da nossa estória em suaves prestações diárias



(continuação)

EPÍLOGO

E D. Sebastião?
Teria El-Rei mesmo perecido no campo de batalha ou, como o Chuck Norris, apenas se mostrou desaparecido em combate?
A pergunta, que já muita tinta fez correr entre os historiadores e até entre autores de romances históricos, permaneceu ao longo dos séculos.
Contudo, num pergaminho amarelado e muito mal estimado, cheio de nódoas de vinho, recentemente encontrado por alguém de grande fiabilidade, surge-nos um relato, subscrito pelo seu fiel escudeiro Marquês Mendes (que, não se sabe como, passou despercebido no combate, embrulhado na bandeira do estandarte luso), em que este conta a seus filhos que conseguira escutar um excerto da conversa que El-Rei havia tido com Ara-Fate, tendo apanhado a seguinte frase, proferida por um D. Sebastião mais exaltado ou animado:
" - Então é certo que, por estes lados, eu não sou obrigado a pagar IVA, IRS ou IRC!".
Repugna-nos pensar que o nosso monarca tenha desaparecido para fugir ao Fisco, naquele que seria o primeiro grande embuste histórico da Nação, resultado de um acordo diplomático entre reinos com o intuito de promover a sua fuga no calor da contenda, providenciando-se o seu asilo político junto do vizir, embora tenhamos de reconhecer que é mesmo melhor que ele hoje se encontre morto ou muito bem escondido, e isto porque os serviços administrativos da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos estão a contabilizar juros de mora desde 1578, resultantes de actualizações anuais dos seus presumíveis rendimentos, não nos surpreendendo que a sua identidade conste, algures, da lista de devedores que se encontra publicitada na internet, a qual não consultámos porque depois deste aturado e rigoroso estudo nos recusamos a ler documentos com mais de 10.000 páginas.

FIM

Sem comentários: