sábado, 5 de maio de 2007

Que tal começarmos os cortes na função pública por um determinado sítio que nós conhecemos?

A história é de Sónia Trigueirão, do "24 Horas", e transcreve-se, com a devida vénia:
"Os deputados baldaram-se ao debate sobre o acesso à Justiça. Dos 230 deputados, só 30 estavam no hemiciclo. «Parecia a escolinha... O vice-presidente da Assembleia da República, António Filipe, viu-se ontem obrigado a mandar tocar a campainha a chamar os meninos, perdão, os deputados».
Na tarde de ontem, poucos foram os deputados que quiseram ouvir os argumentos sobre a proposta de lei do Governo para facilitar o acesso à Justiça. No fim da discussão, só estavam dentro da sala do plenário o secretário de Estado João Tiago Silveira, 36 parlamentares... e algumas moscas.Pelas 19h30, estava Helena Pinto do Bloco de Esquerda a falar quando a campainha se ouviu nos corredores para chamar os senhores deputados à sala. Havia falta de quórum e António Filipe, deputado do PCP e vice-presidente da Assembleia da República - que ontem estava a presidir os trabalhos em substituição de Jaime Gama - foi obrigado a intervir.Às 19h40 o número de parlamentares já passava os 40, mas ainda não era suficiente. Para uma reunião plenária continuar têm de estar, no mínimo, 46 deputados, dos 230 que lá têm lugar.Por volta das 20h00 o quórum compôs-se, mas ficou pelos 47 deputados. Valeu o esforço de cada grupo parlamentar, que, depois do aviso de António Filipe, começou a chamar os seus deputados.Estiveram em falta deputados como Alberto Martins, o líder da bancada parlamentar socialista, Paulo Portas, do CDS-PP, Telmo Correia, do mesmo partido - que apareceu enquanto soavam as campainhas - e Marques Mendes, o líder do PSD. Entre muitos outros, claro".
No fim de contas, a redução do número de deputados até seria bem-vinda pelos próprios. É que a maior parte do pessoal que lá está não tem vida nem tempo para estas coisas!

1 comentário:

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Senhor Marquês,

Apoio inteiramente a iniciativa de V. Senhoria.

É que no nosso tempo, um gajo que faltasse a certa disciplina mais do triplo de horas semanais da mesma estava ía para o olho da rua sem apelo nem agravo.
E que porra, um gajo cumpria - andava sempre com a contabilidade em dia, numa folhinha bem dobrada no bolso das calças e aí pelo meio do ano estava já «tapado» a quase todas.

Agora, ainda que se queira, não deixam os putos chumbar, seja por burrice, seja por faltas.

Bons velhos tempos...


(e depois queixam-se de saudosismos do António)