terça-feira, 8 de maio de 2007

A crise chegou aos sanitários públicos


No seu último acto de gestão corrente à frente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues celebrou um contrato que visa a aquisição, pelo município, de 600 casas-de-banho públicas que se revelaram as mais baratas no concurso público que havia sido aberto para atingir esse desiderato.
De acordo com a representante da empresa fornecedora, a espanhola Mercedes Cappotavel, os preços são os mais baixos do mercado porque se poupou imenso no material de revestimento e a mão-de-obra fica totalmente por conta do utilizador.
Os tempos são de contenção de despesas, não há dúvidas!
Hic Hic Hurra

2 comentários:

Ticha disse...

No outro dia reflectia com a vizinha rabodesaia sobre este assunto, e os wc são proporcionais aos lugares...logo podemos concluir que a capital está de tanga...hehe

Bottled (em português, Botelho) disse...

Caras vizinhas (resposta conjunta, para poupar dinheiro em consumíveis, segundo as novas orientações do Chefe, expressas na Nota Interna n.º 32409/97, de ontem, que em apenas 7.324 folhas explica as enormes vantagens de poupança no uso do papel e de outros bens),

O que eu gostaria de ter visto, na verdade, era uma casa-de-banho como esta instalada no Gabinete do Ministro da Cultura no tempo em que aquele excelso lugar foi exercido por um ex-candidato à ora autarquia.

Pois, acaso tivesse sido ele o vencedor, por certo este concurso seria diferente, e os sanitários públicos seriam revestidos a ouro branco, com portas de cristal escurecido e fecho centralizado, autoclismos forrados a prata, com o brasão da cidade bordado a fio-de-ouro e sanita forrada a veludo alcatifado, já para não falar do papel higiénico de folha triplamente amaciada e em rosa choque, das descargas com água com gás, do piaçá eléctrico automático revestido a diamante, da música clássica ambiente, totalmente interpretada por músicos portugueses em directo da Casa do Música no Porto, em equipamento de som do último modelo, em stéreo e com amplificador e surround system, bem como, para leitura, os jornais semanários e as revistas culturais, podendo, através do pagamento de uma quantia extra, ser fornecidos cachimbos com tabaco de origem cubana e café puro do Brasil, existindo, depois, um purificador do ar de alfazema-limão que deixaria um agradável odor no local após a utilização.

Já para não falar nas pinturas, originais, que decorariam as paredes e na internet, wireless, sempre à disposição do utilizador o que permitiria, por exemplo, a este pobre criado de V. Exas. possuir o dom da ubiquidade, ou seja, fazer bosta ao mesmo tempo em dois locais distintos!

Hic Hic Hurra