quarta-feira, 30 de maio de 2007

Candidatos principais à CML - que fazer com eles?

Hoje, como era dia de greve geral, tentámos falar com alguns dos candidatos à CML antes de colocar no blog a secção CCB, já que, de todos, apenas o Sapo Cocas se mostrou totalmente disponível, através do seu porta-voz para a comunicação social, para fazer chegar à aldeia, como aliás vem sendo habitual, o seu resumo diário da campanha, acompanhado das suas ideias sobre determinados assuntos de natureza política e acabando tudo com uma prova de degustação de vinhos que acompanham a receita do dia, habilmente proporcionada pelo Chefe Sueco.
António Costa estava muito ocupado, uma vez que se encontrava reunido com os seus apoiantes a tentar descortinar o que raio seria uma Câmara Municipal e se lhe era possível geri-la segundo os padrões utilizados no Ministério da Administração Interna. Desta forma, um simpático agente da autoridade que estava de serviço à porta da sala de reuniões, após ter tentado, infrutiferamente, dar-nos três bastonadas na cabeça e, pela zona da Lapa, ter desistido de nos perseguir a pé, extenuado, solicitou-nos que a entrevista fosse adiada para data mais oportuna, no que concedemos, uma vez que também já não podíamos com uma gata pelo rabo de tanto correr à sua frente.
Fernando Negrão mostrou-se logo disponível e ainda chegou a responder à nossa primeira questão, que era a de aceitar, sabendo-se que não fora ele o candidato inicialmente convidado pelo seu partido, concorrer a estas eleições, tendo esclarecido que, no seu entender, qualquer militante deve estar disponível para avançar em prol do partido, prestando-se a todos os sacrifícios. Infelizmente, não conseguimos continuar com a entrevista, já que, entretanto, recebeu um telefonema de Marques Mendes a dizer-lhe que, estando as trabalhadoras de limpeza da sede do partido em greve, ele havia sido o grande escolhido para realizar essas funções durante o dia de hoje e lá foi ele, célere, de vassoura a tira-colo, pano do pó atado na cabeça e de esfregona e Cif metidos num balde cor-de-laranja, para demonstrar, uma vez mais, o seu amor pelo partido.
José de Sá Fernandes, por seu turno, nem nos deu hipótese de lhe fazer qualquer pergunta, já que estava extremamente absorvido a ultimar a impugnação que irá apresentar caso ele próprio vença as eleições, e ainda lhe faltava preparar as restantes impugnações, uma vez que vai elaborar uma para cada candidato (parece-nos que o seu lema será: candidato prevenido, vale por dois).
Helena Roseta esteve incontactável durante toda a manhã, já que está a estudar os efeitos negativos que poderão advir, para a sua candidatura, da utilização da palavra independente. As suas grandes dúvidas, ao que conseguimos apurar, prendem-se sobretudo com a eventual confusão que poderá, nos debates, ser lançada pelos restantes candidatos que poderão apelidá-la de engenheira, em vez de arquitecta, e ela não terá como responder-lhes à altura. Por outro lado, depois de ler a secção People are strange, deste blog, do dia de ontem, uma nova perspectiva de fazer política começou a tomar conta de si e, igualmente ao que nos foi dito, está a ponderar seriamente seguir o exemplo belga da coisa.
Ruben de Carvalho mostrou-se de impossível acesso, já que na altura em que o íamos entrevistar encontrava-se a ser levado em ombros por camaradas que haviam aderido à greve numa zona do Alentejo que não possuía qualquer tipo de empresas empregadoras ou serviços públicos e que ficaram tão extasiados perante o seu discurso que não se importaram de o carregar até Espanha, deixando-o lá ficar com 10 € no bolso para o regresso, só para poderem regressar àquela letargia que lhes é habitual sem que "o cabrão do tipo com o megafone (n)os importunasse" (e isto é uma citação).
Carmona Rodrigues, por fim, conhecido já pelos votantes como o Pimenta Machado de Lisboa (uma vez que o que ontem era verdade - o facto de não se recandidatar - hoje já poderá ser mentira - o facto de pretender recandidatar-se), obrigou-nos a fugir a sete pés dele, já que, assim que nos apanhou na sua sede de candidatura, ali ao Saldanha, pensou que estaríamos lá para assinar a sua candidatura e perseguiu-nos estoicamente, com a folha das assinaturas, pelo Túnel do Marquês e só o conseguimos despistar em Monsanto, onde se encantou por umas lindas meninas de vestes curtas que estavam à beira da estrada e ali ficou, totalmente rendido aos encantos das lisboetas, a cravar assinaturas e algo mais a troco de uns quantos euros.
Depois desta aventura, digna de um qualquer Indiana Jones da Reportagem, pergunta a aldeia: o que é que lhes fazemos, malta?
Hic Hic Hurra

1 comentário:

Rabodesaia disse...

Eu voto no sapo!