quarta-feira, 4 de abril de 2007

Quando a esmola é pouca, o pároco desconfia

Foi capa de primeira página no dia de hoje as queixas, pela Igreja Católica portuguesa, de que o valor das esmolas à dita cuja caiu cerca de 25% .
O primeiro facto que podemos deduzir desta notícia é que a crise chega quase a todo o lado. E digo quase porque ainda não vi o bispo Edir Macedo se queixar.
O segundo facto provém da simples constatação de que a Igreja Católica ainda não se adaptou aos novos tempos no que toca à obtenção de esmolas.
Quanto a este último, como todos já se aperceberam, os novos ventos levantados pelos toxicodependentes levaram a que as pessoas estejam mais habituadas a dar esmolas (ou o quer que lhe chamem) em parques de estacionamento do que em igrejas, ali dando todas as moedinhas disponíveis para essa finalidade.
A Igreja tem de saber se adaptar a essa realidade. E tal passa pela formação dos novos párocos no sentido de antes e depois das missas, andarem a arrumar carros no exterior das igrejas, com a tal solicitação da moedinha.
Outra adaptação dessa realidade poderia passar pela celebração das missas em parques de estacionamento, a qual contaria com a vantagem da habituação a que as pessoas estão sujeitas em dar moedas nesses locais, por pior aspecto que tenha o receptor ou receptáculo.
A ponderar.

1 comentário:

Bottled (em português, Botelho) disse...

Caro Senhor Marquês, Senhoria,

Só acredito que a coisa não andará católica para os lados da Igreja quando der por mim, numa visita papal ao Santuário de Fátima, a ver uma equipa de reportagem a filmar Dom José da Cruz Policarpo a ajudar a estacionar o Papamóvel e a ficar, de mão estendida, à espera que Sua Santidade lhe dê uma moedinha.

Até que tal suceda... serei um herege: não acredito, e pronto!

Hic Hic Hurra