A Guerra das Estrelas - versão portuguesa
Deu-me carta branca e eu não fui de modas.
Assim, na minha versão portuguesa do filme, Anda Aqui Caminhante dos Céus (papel a ser interpretado por Saúl, que também assina a banda sonora do filme com o hit "O Dardo Verde Quer Alho") é um puto que consegue construir uma nave espacial a partir de uma lata de conserva de atum vazia que comprou um dia numa promoção num hipermercado espacial do Chumbo.
Com ela participa numa corrida, que vence, e é contactado por uma entidade que irá ser seu mestre, Bobby Wan (papel a ser interpretado por um canídeo treinado, pode ser a Argúcia com um boné à Bob Marley), e fica a saber que o Universo, tal como o conhece, está prestes a ser conquistado por um vilão enlatado, com ataques de asma, chamado Dardo Verde (papel a ser interpretado por Paulo Bento), que pretende apoderar-se de um Reino dos Bons, governado por uma princesa chamada Leia Mais K Vai Guztare (papel interpretado, caso aceite, por Soraia Chaves, estando Merche Romero na calha para as cenas sexuais, tendo em conta as suas recentes declarações a esse respeito), mal sabendo que ele próprio vai ser esse vilão e que seu filho Lucas Caminhante dos Céus (papel a ser desempenhado pelo próprio Lucas, se o conseguirmos convencer a abandonar o sotaque brasileiro e a vir sem o irmão Mateus, embora possam participar na banda sonora com uma fantástica versão da música "Bebo e Choro") vai ser o seu grande rival no futuro, cometendo um parricídio que, no ano 124923,5 d.C., já deixou de ser crime e passou a delito de mera ordenação social, acompanhado pelo grande capitão Anzol (papel que irá ser interpretado alternadamente pelo Senhor Marquês e por mim, embora eu só tenha intervenção nas cenas sexuais com a Merche... a propósito, Vossa Senhoria, quando é me paga o suplemento em tinto de Nafarros por eu ter conseguido colocá-lo a contracenar com a Soraia Chaves?), que irá acabar por ser o futuro Rei, desposando a princesa, já que desde muito cedo na película se nota a imensa química sexual entre os dois.
O nome do filme vai ser: A Guerra das Estrelas - A saga do abre-latas.
E, tendo em conta as figurantes que eu contratei para fazerem de soldados percebe-se porque é que todo o homem que participa no filme vai andar com um abre-latas a laser a tira-colo, o qual será utilizado na grande cena final, como apetrecho de luta entre o Bem e o Mal, rodada na nave-pipa mãe, batalha essa que será ganha acidentalmente graças a um espirro de um constipado Chewinggum da Babba (a ser interpretado por Tony Ramos), um animal peludo que adora pastilhas elásticas, que distrai a atenção do vilão Dardo Verde ao enviar-lhe para cima uma catrefada de muco nasal recheado com pêlos e assim permite a vitória do Bem.
Só estou à espera que o Ministério da Cultura liberte o subsídiozito da ordem...
O que acham?
Hic Hic Hurra
2 comentários:
Muito bom!
Se precisar de um produtor (de filmes, não de vinhos), conte comigo, em especial para o casting dos soldados.
Agora aquela dos abra-latas a lazer...
Caro Senhor Inspector,
Não o esquecerei, embora me desse mais jeito, como deve calcular, um produtor de vinhos...
Hic Hic Hurra
PS - Há tipos que têm cá... um abre-latas!!!!
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