6.ª ETAPA: Tan Tan - Zouérat
Entramos na Mauritânia. As duríssimas pistas marroquinas ficaram para trás, mas o deserto continua, assumindo a navegação - ainda e sempre - papel fulcral no bom desempenho dos concorrentes.
Zé Porvinho conseguiu atenuar os seus problemas de abastecimento vínico, o que, como está bom de ver, agravou os problemas de orientação. De tal sorte que andou perdido no Sahara Ocidental, deu um salto ao Mali, voltou a Marrocos até entrar na Mauritânia. «Vê-se mesmo que estes gajos não tocam na pinga, senão como é que davam com os países - esta gaita é só areia!», pensou ele, enquanto mandava mais um penálti para aclarar as ideias.
Marquês, após penalisar à partida, em todos os controlos e à chegada, manteve-se fiel a si mesmo: obediente à Senhora Marquesa sua esposa, parou em todos os bazares e, à conta do excesso de peso de todos os tapetes e demais bujigangas adquiridas para o seu Solar de Nafarros, foi vê-lo a atascar-se nas areias. Valeu o seu Zé Negão para o ajudar a desatolar-se. «Que potente me saiu este rapagão!», cogitava para si.
Viriato é que não baixa a guarda (nem o resto...). Sentindo-se ameaçado por uma caravana de mercadores em seus camelos, mandou a equipa desmontar e imediatamente tomaram posições defensivas: escavaram um fosso a toda a volta, erigiram um muro de areia, cada um colocou-se a defender um ângulo de 120º devidamente armados, enquanto Urraca Mamadona ficava de guarda à petiz. Foi o cabo dos traballhos, 3 horas depois, para Sertório tentou convencer o Chefe de que os infiéis tinham desistido de atacar e que seria melhor retomarem a marcha. «Filhos de uma grande meretriz: e apareceram mesmo a meio da minha mamada!», vocifrou.
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