O Código da Vinni
E vero, a minha amizade pessoal com o Santo Padre remonta aos tempos em que ambos percorremos, a pé, encostados e amparados um ao outro, o Caminho de Santiago em Santa e Vínica peregrinação.
Desde essa altura que Sua Santidade faz o favor de, em suas homílias televisionadas para Portugal, enviar em código discreto a resposta às encomendas que me faz para a Sua garrafeira pessoal, que tenho o prazer de conhecer pessoalmente e se encontra nas catacumbas do Vaticano, em local secreto, onde apenas nós dois temos acesso através de intermináveis corredores naquele que constitui um dos maiores e mais bem guardados segredos da Igreja Católica actual.
A coisa funciona de forma simples.
Passo a explicar: eu escrevo um envelope ao Santo Padre e pergunto-lhe quantas caixas pretende Sua Eminência adquirir de Angelus tinto que ambos produzimos no nosso retiro do Douro.
Em resposta, Sua Santidade desloca-se à varanda que dá para a praça da Cidade do Vaticano e responde-me alegremente: 10 caixas! Ou 20, ou 30, depende das vezes que agitar os abençoados braços.
Segue-se logo o envio de outra carta a perguntar quantas caixas quer daquele néctar que também tem seu Santo Nome incluído.
A resposta não tarda. Nitidamente, Sua Santidade tem a garrafeira (Meu Deus, quão espiritual e abençoada é aquela garrafeira interminável) bem apetrechada dessas garrafas, pois apenas pede o envio de cinco caixotes.
Hic Hic de uma destas nem o Dan Brown se lembrava, não acham?
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