sábado, 15 de julho de 2006

Tenham medo, tenham muito medo: ELE ESTÁ VIVO!

Pois é, os mais profundos receios confirmaram-se, os piores pesadelos tornaram-se realidade, as torturas de infância renasceram das cinzas, mas mais cruéis que nunca: José Cid está vivo e pior que tudo, continua a cantar!

Agora, vem rotulado de José, o Progressista, apresentando um look recauchutado (algo entre António Calvário e John Lennon) e acha-se um ídolo da malta jovem: «sou um oásis onde as novas gerações procuram coisas que as divirtam e façam rir» (Ah, Cavaco, afinal aquela da geração rasca...).

Bem pode cair neve em Nova Iorque, o Zé esconder cachos de bananas de baixo da cama e estarmos aqui a levar com um calor de Marrocos nos cornos que o homem não se deixa desanimar: «sou um dinossauro, sim, mas ainda vivo».

Mas nada de bater mais no ceguinho (esta foi de mau gosto...). Afinal, qualquer espécie em vias de extinção tem que tomar as suas precauções: «A minha vozita está cá. Mas não canto naqueles exageros dos anos 70 e 80, quando quem cantava mais alto era quem cantava melhor. Baixei o tom, estou mais "cool"».

A explicação para a convicção de 98,7% da população portuguesa com mais de 33 anos (os mais novos pensam que José Cid é o massagista do Paços de Ferreira) segundo a qual o artista estria morto, ou pelo menos calado para sempre nas galáxias da sua ilusão, dá-la ele mesmo: «sou muito camaleónico».

Por isso, meus amigos, em resposta aos expressos desejos do cançonetista que «daqui a 20 anos tenho 84 anos (...) gostava de estar fisicamente muito bem, sem dores, mas completamente tontinho da cabeça», sós nos resta deixar-lhe dois recados:

1. Zé, pá, quanto à do tontinho, anima-te, já não precisas de esperar;

2. Quanto ao físico, parafraseando-te, cantamos

Addio, adieu, aufwiedersehen, Goodbye

1 comentário:

Bottled (em português, Botelho) disse...

Senhor Inspector,

Mas o exemplar em questão canta?

É que nem quando estou acometido de uma alcoolémia galopante da ponta das unhas dos pés ao extremo oposto capilar consigo qualificar os discos do cidadão em causa.

E diz ele que é um dinossauro vivo? Faço uma pequena idéia do que um long-play do artista, em altos berros, faria a uma manada de T-Rex's!

Aliás, a minha teoria é que os dinossauros foram extintos porque o único da espécie vivo deu um concerto e os pobres bichanos não aguentaram a pedalada camaleónica do animal de palco!

Talvez agora se safasse um ou outro, uma vez que ele já berra mais baixo, ou seja e nas suas palavras, já baixou o tom.

Hic Hic a colocar algodão nos ouvidos!