terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Iguais

Todos somos iguais...
Quem escreveu uma barbaridade dessas deve andar mesmo muito mal da vista!
Até mesmo os gémeos genuínos acabam por ter algumas diferenças, porque razão não as haveríamos de ter todos nós?
Vem esta reflexão profunda (para esta hora da manhã, no meu caso, após uma noitada de bebidas fortes na Taberna da aldeia é mesmo profunda) a propósito dos "posts" anteriores (Chefe, em vez de se retractar, que tal uma ida ao pintor da aldeia para se retratar?).
Quem vive, depressa se apercebe da realidade: há uns que são mais iguais que outros.
E se um mais igual fala, os menos iguais escutam para ver se aprendem (veja-se o caso do nosso Governo, que vai comparecer em peso à Conferência que o Tio Bill Gates vem dar sobre a "modernização administrativa" a este luso país).
No fundo, o que todos querem é ficar um bocadito mais iguais. Se bem que, no caso do nosso Tio Bill, que vem da terra de outro tio, no caso o Sam, esse não é apenas mais igual... é bilionariamente mais igual que os outros, o que acaba por fazer alguma diferença.
Numa sociedade de posses, quem tem mais papel moeda é que tem o poder de determinar as regras do jogo, pelo que todos adquirem a legítima expectativa de alcançar poder e prestígio por essa via, à custa sabe-se lá do quê (muitas vezes, à custa dos menos iguais e até do seu amor-próprio ou mesmo das suas convicções).
Mas pronto, eis a nossa realidade: art.º 13.º da Constituição da República:
"1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social."
Para que foi todo este raciocínio? Sei lá... vocês que são tão iguais a mim, que descubram.
Eu, vou voltar aos copos que já me dói o cérebro de tanto esforço.
Um abracinho nos rapazes e beijinhos com sabor a Borba nas meninas.
Hic Hic Hurra!

1 comentário:

ENGº. Viriato disse...

Pois é, Carissimo Zé, pois é...como diz o jornaleiro ali junto aos cacilheiros: "Olha à caras, olha ò jornal do dia, uns comem perdiz outros comem pardal..."!