terça-feira, 31 de janeiro de 2006

As prioridades da “democracia” portuguesa

Nos últimos anos assistimos a uma crescente preocupação por parte dos sucessivos governos em aumentar e melhorar o número de Tribunais existentes, dotando os mesmos de cada vez mais magistrados, funcionários e meios de trabalho (apesar de todos os que lá trabalham se queixarem têm de admitir que hoje em dia as condições para o exercício das suas funções são infinitamente superiores ao que eram há 10 ou 20 anos atrás).
No mesmo sentido foi o reforço de todas as forças policiais, aumentando os vencimentos dos operacionais e o respectivo efectivo, tornando os mesmos numa parte essencial na manutenção do sistema.
Assistimos igualmente a uma crescente ofensiva dos direitos e garantias dos cidadãos, por via legal e costumeira, culminando com a proletarização e precarização das condições de trabalho dos advogados, quem os defendia no passado e não defende actualmente por tão frágil estatuto ter.
Observámos, impávidos e serenos, a destruição da já de si insípida classe média portuguesa, do tecido produtivo nacional, industrial e agrícola, e constatámos que meia dúzia de famílias detêm todo o poder económico e politico da nação que se vai dissolvendo. Os pobres, financeiramente e de espírito, não param de engrossar diariamente as suas fileiras, ao passo que os ricos reforçam a acumulação de fortunas que não serão gastas antes do fim do mundo.
Quando chegará o dia em que as prioridades da “democracia” portuguesa se vão realmente fazer sentir? Penso que será quando a massa imensa de pobres em desespero vier para a rua em protesto mais acalorado, assustando a elite dos ricos. Nesse momento os “guardas” vão ser soltos e a máquina judicial não se deterá até triturar com “justiça” tudo o que coloque em causa o sistema.
Vamos pensar nisto um momento, talvez num qualquer intervalo de um jogo de bola?!
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A propósito, para quem ainda não leu, recomendo o consumo urgentíssimo do “1984” do George Orwell!!!

1 comentário:

Bottled (em português, Botelho) disse...

Lamento, Chefe,
Mas a minha querida Professora da Primária só me ensinou a escrever, não a ler.
Hic Hic Hurra