quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Portugal no seu melhor - Descobrimentos (Parte II)

Acta Segunda
Corre o Ano do Senhor de mil quatrocentos e dezanove e, neste Mosteiro cujo nome não me atrevo sequer escrever (El-Rei recentemente fez questão de me recordar do quão importante é, para um monge, possuir os seus dois membros superiores intactos) encontram-se novamente reunidos os seis monges já "habitués" nestas reuniões secretas.
Conseguido que foi o intento de, a coberto de uma expedição militar, colocar a salvo das mãos da Rainha a amante de Sua Majestade, o nosso amado soberano incumbiu-nos de zelar igualmente pela protecção de um jovem fidalgo que desonrou uma donzela muy bem vista na Corte.
Aqui reunidos, o irmão Plátones sugeriu que a melhor forma de o fazer seria colocar o jovem fidalgo em alto-mar, esperando que as coisas acalmassem. Não sem antes, é claro, o referido jovem fidalgo desfilar, em trajos de noite e ao som do novo conjunto de trovadores que tanta euforia está a causar nos Reinos da Europa, os Gente da Aldeia, perante este concílio, por forma a que se possa aquilatar de seus atributos (nesta parte, terei de acrescentar que todos os irmãos ficaram impressionadíssimos com o porte altivo do jovem Gonçalves Zarco).
Deliberou-se, então, que ao jovem fosse atribuído o comando de uma Caravela e que o mesmo tivesse carta branca para arribar a Ceuta, para nada servindo o facto do mesmo protestar dizendo que nunca navegara na vida.
Nada mais havendo a tratar, deliberou-se dar por encerrado o concílio, dele se elaborando a presente acta que irá ser trancada em cofre e este escondido em lugar secreto, sempre com a lembrança nas recomendações efectuadas por Sua Majestade (ou, em alternativa, nas penas que nos serão impostas caso estas reuniões venham a ser do conhecimento público).

2 comentários:

ENGº. Viriato disse...

Caro Zé,
Recentes achados documentais na Torre do Tombo vieram trazer à luz do dia novas e importantes informações sobre o assunto que tão bem tratas. Ao que parece, a lembrança de El-Rei ao monge não se referia a possuir os dois membros superiores intactos mas sim em possuir as duas bolas inferiores, de todo...Assim sendo, parece que a expansão portuguesa se deveu sobretudo ao facto dos portugueses serem homens de tomates e desejarem continuar a sê-lo ao longo de toda a vida. Espero que este pequeno contributo histórico contribua de algum modo para o avanço da tua interessante pesquisa.
Cumprimentos vínicos

Bottled (em português, Botelho) disse...

Grande e Ilustre Chefe,
Mais uma vez muito grato lhe fico por esta sua incursão na História e pela sua prestimosa ajuda na reposição da verdade.
Devo, entre um copo e outro, ter saltado um ou mais documentos. Digamos que estou a fazer um resumo compilado (não tem nada de sexual esta palavra) da tremenda Odisseia Marítima que esta Nação levou a cabo, pelo que todos os contributos são bem recebidos. Para breve virá a publicação, em poste de alta tensão, da Acta Terceira e aí... Deus nos Proteja a todos.
Hic Hic Hurra