segunda-feira, 7 de novembro de 2005

"Rampage"

"Ainda me sinto toda húmida com o susto", relata-nos uma jovem garrafa de "Porto Vintage" de 2003 (na foto) num tom aterrorizado pelo sucedido.
"Ninguém se apercebeu da sua presença, até que começamos todos a ouvir alguém a gritar "onde é que tá mais?". Foi então que nos apercebemos que todas as garrafas de vinho que se encontravam nos expositores da porta de entrada tinham sido esvaziadas por um indivíduo que conseguia estar com três garrafas simultaneamente nas mãos, esvaziando-as de uma forma que ninguém pensava ser possível. Os expositores entraram em pânico porque ninguém segurava o sujeito na sua marcha. Chamaram os seguranças, que o tentaram segurar, mas ele, ao mesmo tempo que acabava de beber as garrafas, partia-as na cabeça dos seguranças e passava às bancadas imediatas. Vi amigas da mesma colheita desaparecerem num ápice, longas vizinhas de adega esvaírem-se num sopro, e vinhos que haviam sobrevivido a várias feiras tremerem pelo seu desaparecimento. Cheguei a pensar que chegara a minha vez quando ele aproximou-se, voraz, do meu expositor, mais aí aconteceu o que julgo ter sido intervenção divina. O meu expositor tinha água, para seu consumo, que estava metida numa garrafa de bagaço. O sujeito confundiu o conteúdo mesmo com bagaço, ingeriu-o e, de repente, ficou vermelhíssimo, vomitou o que tinha bebido, gritou que tinha acabado de ser envenenado e caiu redondo no chão. A partir daí os seguranças agarraram-no e levaram-no não sei para onde, Nunca mais o vi. Mas foi uma experiência terrível que nunca irei esquecer até ao momento em que for ingerida".
Pois, já adivinharam. Eis o que aconteceu ao Zé Porvinho na feira de vinhos e sabores que teve lugar este fim-de-semana na antiga FIL (pelo menos na versão das vítimas).

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