quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Não crucifiquem o chouriço

E pronto, um tipo anda uns tempitos metido nos copos e quando regressa depara com a bela da polémica instalada em território lusitano.
E logo com os chouriços, por amor de Deus!
Ficamos a saber que não se pode comparar um crucifixo a um chouriço em Portugal (será pecado?).
Seria bom, contudo, que fosse possível crucificar alguns "chouriços" que eu cá conheço, mas, infelizmente, ninguém parece disposto a tal procedimento!
No âmbito da liberdade religiosa que caracteriza a nossa valente e imortal nação, já existe quem condene a existência de crucifixos nas escolas públicas!
Cá por mim, tal em nada influencia as tendências religiosas de cada um: então quem trabalhasse num local cuja janela desse para uma igreja católica, só de a ver todos os dias teria tendências para a prática do catolicismo? E um tipo que trabalhe ali para a Praça de Espanha e tenha de ver todos os dias a mesquita ali existente passaria a ter o incontrolável desejo de abraçar a fé muçulmana?
(Notem bem que existe a palavra fé a separar, nada de confusões).
Sinceramente, entendo que existem questões bem mais polémicas e a necessitar de discussão do que toda a celeuma provocada pelas declarações da nossa Queen Drago!
Ou então, querendo, discutam a sugestão de um industrial do sector de enchidos com visão estratégica que ontem me fez companhia num digestivozito mais prolongado na Taverna, o qual já está a pensar em proceder ao fabrico de chouriços em forma de crucifixos e de outros objectos de cariz religioso para pendurar nas escolas públicas, sinagogas, igrejas, mesquitas, templos hindus, mosteiros budistas, and so on, tendo encetado já contactos com os vários líderes espirituais mundais no sentido de os exportar em larga escala!
Isto, meus amigos, é que é ter olho para o negócio!
E acompanhem os ditos enchidos com o belo do Tinto, pois então!
Hic Hic Hurra

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