segunda-feira, 9 de junho de 2008

Funcionário do MADRP em situação de incompatibilidade sem culpa sua

A aldeia sabe que um funcionário do Instituto Nacional dos Recursos Biológicos, organismo do Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, está a braços com um problema a nível interno por ter sido apanhado a estacionar carros numa artéria próxima daquele instituto, aceitando ser remunerado por tal.
A caótica situação financeira daquele Instituto tem feito que os seus cerca de 1500 funcionários tenham sofrido atrasos consideráveis no pagamento dos respectivos vencimentos e até já levou a que existissem dois cortes de fornecimento de energia eléctrica por falta de pagamento, o que conduziu o dito funcionário a recorrer a este estratagema que lhe permitia viver mais desafogadamente até que recebesse.
O problema é que, para além de não passar recibo (e, como tal, não descontar para as Finanças), a situação colide com o regime de incompatibilidades em vigor, que não permitia ao funcionário acumular qualquer outra função a não ser que estivesse devidamente autorizado, pelo que certamente irá ser-lhe movido um processo disciplinar.
O funcionário em questão, que solicitou anonimato, contactado pela aldeia, esclareceu de forma lapidar que "aqueles filhos da piiiiiiiiiiiiiiiiiiiii não me pagavam a tempo e horas e agora querem piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii-me a vida! Estes piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii de piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii o que mereciam era um pau cheio de pregos pelo piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii acima, para ver se gostavam! Não tinha guito, tinha de alimentar a família e ficava aqui sem me mexer à espera que a comidinha caísse do céu, não era? Piiiiiiiiiiiiiiiiii que os pariu a todos!!!".
Face a tão eloquentes argumentos apresentados, que aqui foram esgrimidos com mestria, a aldeia tende a colocar-se do lado deste funcionário, pois até sabe que para outras coisas, que não tenham a ver com o pagamento de vencimentos ou de bens essenciais ao normal funcionamento de organismos públicos, existe dinheiro com fartura.
É tudo, no fundo, uma questão de prioridades e, em bom rigor, já nada nos espanta..
Hic Hic Hurra

Sem comentários: